terça-feira, 2 de junho de 2015

CAOITULO 14 - 4 - A tua função na Expiação

1. Quando aceitares a inculpabilidade de um irmão, nele verás a Expiação. Pois ao proclamá-la nele, fazes com que seja tua e verás o que buscaste. Não verás o símbolo da inculpabilidade do teu irmão brilhando dentro dele, enquanto ainda acreditares que não está lá. A sua inculpabilidade é a tua Expiação. Dá isso a ele e verás a verdade do que reconheceste. No entanto, a verdade é oferecida para ser primeiro recebido, assim como Deus a deu primeiro ao Seu Filho. O primeiro no tempo nada significa, mas o Primeiro na eternidade é Deus, o Pai, Que é ao mesmo tempo Primeiro e único. Além do Primeiro não há nenhum outro, pois não há ordem, nem segundo, nem terceiro e nada a não ser o Primeiro.

2. Tu, que pertences à Primeira Causa, criado por Ele como Ele Mesmo e parte Dele, és mais do que apenas sem culpa. O estado de inculpabilidade é apenas a condição na qual o que não está presente foi removido da mente desordenada que pensava que estivesse. Esse estado, e somente esse, tu tens que atingir com Deus ao teu lado. Pois até que o faças ainda pensarás que estás separado Dele. Talvez possas sentir a Sua Presença ao teu lado, mas não podes ter o conhecimento de ser um com Ele. Isso não pode ser ensinado. O aprendizado aplica-se apenas à condição em que isso acontece por si mesmo.

3. Quando tiveres deixado que tudo que obscurece a verdade em tua mente santíssima seja desfeito para ti e, portanto, estiveres em graça diante do teu Pai, Ele dar-Se-á a ti como sempre fez. Dar-Se é tudo o que Ele conhece e assim é todo o conhecimento. 3Pois o que Ele não conhece não pode ser e, portanto, não pode ser dado. Não peças para ser perdoado, pois isso já foi realizado. Pede, ao contrário, para aprenderes como perdoar e a restaurar o que sempre existiu em tua mente sem perdão. A Expiação vem a ser real e visível para aqueles que a usam. Na terra essa é a tua única função e tens que aprender que isso é tudo o que queres aprender. Vais te sentir culpado até que aprendas isso. Pois em última instância, seja qual for a forma que tome, a tua culpa surge do teu fracasso em cumprir a tua função na Mente de Deus com toda a tua mente. É possível escapares dessa culpa falhando em cumprir a tua função aqui?

4. Não precisas compreender a criação para fazeres o que tem que ser feito antes que esse conhecimento seja significativo para ti. Deus não rompe barreiras e nem as construiu. Quando tu as libera, elas se vão. Deus não falhará, nem nunca falhou em coisa alguma. Decide que Deus está certo e tu estás errado a teu próprio respeito. Ele te criou a partir de Si Mesmo, mas ainda dentro de Si. Ele conhece o que tu és. Lembra-te que não há segundo para Ele. Não pode haver, portanto, ninguém que não tenha a Sua Santidade, nem ninguém que não seja digno do Seu Amor perfeito. Não falhes em tua função de amar em um lugar sem amor, feito de trevas e engano, pois é assim que as trevas e o engano são desfeitos. Não falhes para contigo mesmo, mas em vez disso, oferece a Deus e a ti mesmo o Seu Filho irrepreensível. Por essa pequena dádiva de apreciação pelo Seu Amor, o próprio Deus trocará a tua dádiva pela Sua.

5. Antes que tomes quaisquer decisões por conta própria, lembra-te que te decidiste contra a tua função no Céu e, então, considera com cuidado se queres tomar decisões aqui. A tua função aqui é somente decidir-te contra decidir o que queres em reconhecimento de que tu não sabes. Como, então, podes decidir o que deverias fazer? Deixa todas as decisões para Aquele Que fala por Deus e pela tua função conforme Ele a conhece. Assim Ele irá ensinar-te a remover a horrível carga que colocaste sobre ti mesmo por não amar o Filho de Deus e por tentar ensinar-lhe culpa em vez de amor. Desiste dessa tentativa frenética e insana que te rouba a alegria de viver com o teu Deus e Pai, e de despertar com contentamento para o Seu Amor e Santidade que se unem como a verdade em ti, fazendo com que sejas um com Ele.

6. Quando tiveres aprendido como decidir com Deus, todas as decisões vêm a ser tão fáceis e tão certas como o respirar. Não há esforço e serás conduzido tão gentilmente como se estivesses sendo carregado por um calmo atalho no verão. Só a tua própria volição parece fazer com que a decisão seja difícil. O Espírito Santo não demorará a responder a toda e qualquer pergunta que tiveres a respeito do que fazer. Ele sabe. E Ele vai te dizer e depois vai fazer por ti. Tu, que estás cansado, acharás que isso é mais repousante do que o sono. Pois podes levar contigo a tua culpa quando dormes, mas não podes trazê-la a isso.

7. A não ser que sejas sem culpa, não podes conhecera Deus Cuja Vontade é que tu O conheças. Por conseguinte, tens que ser sem culpa. Entretanto, se não aceitas as condições necessárias para conhecê-Lo, tu O terás negado e não O terás reconhecido embora Ele esteja em tudo à tua volta. Ele não pode ser conhecido sem Seu Filho, cuja inculpabilidade é a condição para conhecê-Lo. Aceitar o Seu Filho como culpado é uma negação tão completa do Pai, que o conhecimento é varrido do reconhecimento na própria mente na qual o próprio Deus o colocou. Se quisesses apenas escutar e aprender o quanto isso é impossível! Não Lhe concedas atributos que tu compreendes. Tu não O fizeste e qualquer coisa que compreendas não faz parte Dele.

8. A tua tarefa não é fazer a realidade. Ela está aqui sem a tua participação em fazê-la, mas não sem ti. Tu, que tens tentado jogar fora a ti mesmo e que valorizaste tão pouco a Deus, ouve-me falar por Ele e por ti. Não podes compreender o quanto o teu Pai te ama, pois não há nenhum paralelo na tua experiência do mundo que te ajude a compreender isso. Não há nada na terra que possas comparar a isso e nada do que jamais sentiste, à parte Dele, se parece com isso nem de leve. Não podes sequer dar uma bênção em perfeita gentileza. Poderias conhecer Aquele Que dá para sempre e Que nada conhece exceto o dar?

9. As crianças do Céu vivem na luz da bênção de seu Pa porque têm o conhecimento de que são sem pecado. A Expiação foi estabelecida como um meio de restaurar a inculpabilidade nas mentes que a têm negado e assim negaram o Céu a si próprias. A Expiação ensina-te a verdadeira condição do Filho de Deus. Ele não te ensina o que tu és, nem o que é o teu Pai. O Espírito Santo, Que Se lembra disso por ti, meramente te ensina como remover os bloqueios que se encontram entre tu e o que tu conheces. A Sua memória é a tua. Se te lembras do que tens feito, não estás te lembrando de nada. A lembrança da realidade está Nele e, portanto, está em ti.

10. Os que não têm culpa e os culpados são totalmente incapazes de se compreenderem mutuamente. Cada um percebe o outro como a si próprio, fazendo com que ambos sejam incapazes de se comunicar, porque cada um vê o outro de um modo diferente do que vê a si mesmo. Deus só pode comunicar-Se com o Espírito Santo na tua mente, porque só Ele compartilha o conhecimento do que tu és com Deus. E só o Espírito Santo pode responder a Deus por ti, pois somente Ele conhece o que Deus é. Tudo o mais que  colocaste dentro da tua mente não pode existir, pois o que não está em comunicação com a Mente de Deus nunca foi. Comunicação com Deus é vida. Nada que esteja fora dela existe de forma alguma.

segunda-feira, 1 de junho de 2015

CAPÍTULO 14 - 3 - A decisão a favor da inculpabilidade

1. O aprendiz feliz não pode sentir-se culpado em relação ao aprendizado. Isso é tão essencial ao aprendizado que não deveria ser esquecido nunca. O aprendiz sem culpa aprende com facilidade porque seus pensamentos são livres. No entanto, isso implica o reconhecimento de que a culpa é interferência, não salvação e não serve a absolutamente nenhuma função útil.

2. Talvez estejas acostumado a usar a inculpabilidade apenas como paliativo para a dor da culpa e não a consideras como algo de valor em si mesmo. Acreditas que tanto a culpa quanto a inculpabilidade têm valor, cada uma delas representando uma fuga daquilo que a outra não te oferece. Não queres nenhuma das duas sozinha, pois sem ambas não vês a ti mesmo como alguém íntegro e, portanto, feliz. Entretanto, tu só és íntegro na tua inculpabilidade e só na tua inculpabilidade podes ser feliz. Não há conflito aqui. Desejar a culpa em qualquer forma, de qualquer modo, fará com que a apreciação do valor da tua inculpabilidade seja perdida e a afastará da tua vista.

3. Não há nenhuma transigência que possas fazer com a culpa e ainda assim escapar da dor que só a inculpabilidade alivia. Aprender é viver aqui, assim como criar é estar no Céu. Sempre que a dor da culpa parecer atrair-te, lembra-te que se cederes a ela, estás te decidindo contra a tua felicidade e não aprenderás como ser feliz. Dize, portanto, a ti mesmo, gentilmente, mas com a convicção que nasce do Amor de Deus e de Seu Filho:

O que eu experimento eu manifestarei.
Se não tenho culpa, nada tenho a temer.
Escolho testemunhar minha aceitação da Expiação, não sua rejeição. 
Aceitarei minha inculpabilidade tornando-a manifesta e compartilhando-a. 
Que eu traga ao Filho de Deus a paz de seu Pai.


4. A cada dia, a cada hora, a cada minuto, e até mesmo a cada segundo estás te decidindo entre a crucificação e a ressurreição, entre o ego e o Espírito Santo. O ego é a escolha a favor da culpa, o Espírito Santo, a escolha pela inculpabilidade. Tudo o que é teu é o poder de decisão. Aquilo entre o que decides é fixo, porque não existem alternativas exceto verdade e ilusão. E não há nada que coincida entre elas, pois são opostos que não podem ser conciliados e não podem ser ambos verdadeiros. Tu és culpado ou sem culpa, preso ou livre, feliz ou infeliz.

5. O milagre te ensina que escolheste a inculpabilidade, a liberdade e a alegria. Não é uma causa, mas um efeito. É o resultado natural da escolha certa, atestando a tua felicidade que vem da escolha de estar livre da culpa. Todos aqueles a quem ofereces a cura a devolvem. Todos aqueles a quem atacas, guardam e valorizam esse ataque mantendo-o contra ti. Se fazem isso ou não, não fará nenhuma diferença, tu vais pensar que fazem. É impossível oferecer o que não queres sem essa penalidade. O custo de dar é receber. Ou uma penalidade que te fará sofrer, ou a aquisição feliz de um tesouro a ser valorizado.

6. Nenhuma penalidade é jamais imposta ao Filho de Deus, exceto por ele mesmo e a partir dele mesmo. Toda chance de curar que lhe é dada é uma nova oportunidade de substituir as trevas pela luz e o medo  pelo amor. Se ele recusa isso, se prende às trevas, porque não escolheu libertar o seu irmão e com ele entrar na luz. Ao dar poder ao nada, joga fora a feliz oportunidade de aprender que o nada não tem poder. E por não ter dissipado as trevas, passou a ter medo das trevas e da luz. A alegria de aprender que as trevas não têm poder sobre o Filho de Deus é a lição feliz que o Espírito Santo ensina e quer que ensines com Ele. Ensinar isso é a Sua alegria assim como será a tua.

7. A forma de ensinar essa simples lição é simplesmente a seguinte: inculpabilidade é invulnerabilidade. Portanto, faze com que a tua invulnerabilidade se manifeste para todas as pessoas. Ensina ao outro que não importa o que ele tente te fazer, o fato de estares perfeitamente livre da crença na qual é possível seres prejudicado, mostra-lhe que ele é sem culpa. Ele nada pode fazer que possa ferir-te, e por recusarte a permitir que ele pense que pode, tu lhe ensinas que a Expiação que aceitaste para ti mesmo também é sua. Nada há a perdoar. Ninguém pode ferir o Filho de Deus. A sua culpa é totalmente sem causa e, não tendo causa, não pode existir.

8. Deus é a única Causa e a culpa não é de Deus. Não ensines a ninguém que ele te feriu, pois se o fizeres, estás ensinando a ti mesmo que o que não vem de Deus tem poder sobre ti. O que não tem causa não pode ser. Não o testemunhes e não fomentes a crença nisso em mente alguma. Lembra-te sempre que a mente é uma só e a causa é uma só. Só aprenderás a comunicação com essa unicidade quando tiveres aprendido a negar o que não tem causa e aceitar a Causa de Deus como tua. O poder que Deus deu ao Filho é dele, e nenhuma outra coisa pode o Filho de Deus ver ou escolher contemplar sem impor a si mesmo a penalidade da culpa no lugar de todos os ensinamentos felizes que o Espírito Santo quer lhe oferecer com contentamento.

9. Sempre que escolhes tomar decisões por conta própria estás pensando de maneira destrutiva e a decisão estará errada. Ela irá ferir-te devido ao conceito de decisão que levou a ela. Não é verdade que tu possas tomar decisões por ti mesmo ou para ti mesmo sozinho. Nenhum pensamento do Filho de Deus pode ser separado ou isolado em seus efeitos. Toda decisão é tomada por toda a Filiação, dirigida para dentro e para fora e influencia uma constelação mais ampla do que qualquer coisa que jamais possas ter sonhado.

10. Aqueles que aceitam a Expiação são invulneráveis. Mas aqueles que acreditam que são culpados vão responder à culpa, por que pensam que ela é a salvação e não se recusarão a vê-la e alinhar-se ao lado dela. Eles acreditam que, aumentando a culpa, estão se auto-protegendo. E falharão em compreender o simples fato de que aquilo que não querem não pode deixar de feri-los. Tudo isso surge porque não acreditam que o que querem é bom. No entanto, a vontade lhes foi dada porque é santa e trará a eles tudo aquilo de que necessitam, vindo tão naturalmente quanto a paz que não conhece limites. Não há nada que a sua vontade falhe em prover, que lhes ofereça qualquer coisa de valor. Apesar disso, porque não compreendem a própria vontade, o Espírito Santo em quietude a compreende por eles e lhes dá o que querem sem esforço, tensão ou a carga impossível de decidir sozinhos o que querem e precisam.

11. Nunca acontecerá que tenhas que tomar decisões sozinho. Não estás desprovido de ajuda, tens a Ajuda que conhece a resposta. lrias te contentar com pouco, que é tudo que sozinho podes oferecer a ti mesmo, quando Ele, Que te dá tudo, simplesmente te oferece tudo? Ele nunca perguntará o que é que fizeste para seres digno da dádiva de Deus. Portanto, não perguntes isso a ti mesmo. Ao contrário, aceita a resposta do Espírito Santo, porque Ele tem o conhecimento de que és digno de todas as coisas que são a Vontade de Deus para ti. Não tentes escapar da dádiva de Deus, a qual Ele tão livre e alegremente te oferece. Ele não te oferece senão o que Deus deu a Ele para ti. Não tens necessidade de decidir se és digno ou não dessa dádiva. Deus sabe que és.

12. Irias tu negar a verdade da decisão de Deus e colocar a tua apreciação lamentável de ti mesmo no lugar da Sua avaliação calma e inabalável em relação ao Seu Filho? Nada pode abalar a perfeita convicção de Deus da pureza de tudo o que Ele criou, pois é totalmente puro. Não te decidas contra ela, pois sendo Dele, não pode deixar de ser verdadeira. A paz habita em toda a mente que aceita em quietude o plano que Deus traçou para a sua Expiação e abandona o seu próprio. Não conheces a salvação, pois não a compreendes. Não tomes decisões a respeito do que ela é ou de onde está, mas pergunta tudo ao Espírito Santo e deixa todas as decisões ao Seu gentil conselho.

13. Aquele Que conhece o plano de Deus, o plano que Deus quer que sigas, pode te ensinar qual é. Só a Sua sabedoria é capaz de guiar-te para que o sigas. Toda decisão que tomas sozinho só vai significar que queres definir o que é a salvação e do que queres ser salvo. O Espírito Santo sabe que toda salvação é escapar da culpa. Tu não tens nenhum outro "inimigo" e contra essa estranha distorção da pureza do Filho de Deus, o Espírito Santo é o teu único Amigo. Ele é o forte protetor da inocência que te liberta. E é Sua decisão desfazer todas as coisas que iriam obscurecer a tua inocência na tua mente desanuviada.

14. Permite que Ele seja, portanto, o único Guia que queres seguir para a salvação. Ele conhece o caminho e te conduz com contentamento por ele. Com o Espírito Santo não falharás em aprender que o que Deus quer para ti é a tua vontade. Sem a Sua orientação, acharás que sabes sozinho e decidirás contra a tua paz tão certamente quanto decidiste que a salvação está apenas em ti. A salvação é Dele, a Quem Deus a deu para ti. Ele não a esqueceu. Não O esqueças e Ele tomará todas as decisões por ti, pela tua salvação e pela paz de Deus em ti.

15. Não busques avaliar o valor do Filho de Deus, a quem Ele criou santo, pois fazê-lo é avaliar o teu Pai e julgar contra Ele. E te sentirás culpado por esse crime imaginário, que ninguém nesse mundo ou no Céu poderia cometer. O Espírito Santo ensina apenas que o "pecado" da auto-substituição no trono de Deus não é uma fonte de culpa. O que não pode acontecer não pode ter efeitos a serem temidos. Fica quieto na tua fé Naquele Que te ama e quer te conduzir para fora da insanidade. A loucura pode ser a tua escolha, mas não a tua realidade. Nunca esqueças do Amor de Deus, Que Se lembrou de ti. Pois é, de fato, impossível que Ele pudesse jamais permitir que Seu Filho caísse da Mente amorosa dentro da qual foi criado e onde sua morada foi fixada em perfeita paz para sempre.

16. Apenas dize ao Espírito Santo: "Decide por mim" e assim será feito. Pois as Suas decisões são reflexos do que Deus conhece sobre ti e nesta luz qualquer tipo de erro vem a ser impossível. Por que irias esforçar- te tão freneticamente para antecipar tudo o que não podes conhecer, quando todo o conhecimento está por trás de cada decisão que o Espírito Santo toma por ti? Aprende sobre a Sua sabedoria e o Seu Amor e ensina a Sua resposta a todos aqueles que se debatem no escuro. Pois decides por eles e por ti mesmo.

17. Como é amável decidir todas as coisas através Daquele Cujo amor igual é dado a todos igualmente! Ele não deixa ninguém fora de ti. E assim Ele te dá o que é teu, porque o teu Pai quer que tu o compartilhes com Ele. Em todas as coisas, sê conduzido por Ele e não reconsideres. Confia em que Ele responderá rapidamente, seguramente e com Amor por todos aqueles que forem de qualquer forma tocados pela decisão. E todos o serão. 'Tomarias para ti a responsabilidade total de decidir o que pode trazer só o bem a todas as pessoas? Terias conhecimento disso?

18. Tu ensinaste a ti mesmo o hábito mais desnaturado de não te comunicares com o teu Criador. No entanto, permaneces em estreita comunicação com Ele e com tudo o que está dentro Dele, assim como está dentro de ti. Desaprende o isolamento através da Sua orientação amorosa e aprende sobre toda a comunicação feliz que puseste fora, mas não poderias perder.

19. Sempre que estiveres em dúvida quanto ao que deverias fazer, pensa na Sua Presença em ti e dize a ti mesmo isso e apenas isso:

Ele me guia e conhece o caminho, que eu não conheço.
Entretanto, Ele nunca afastará de mim aquilo que quer que eu aprenda.
E por isso eu confio Nele para comunicar-me tudo o que Ele conhece por mim.

Então, deixa que Ele te ensine em quietude como perceber a tua inculpabilidade que já está presente.

sexta-feira, 29 de maio de 2015

CAPÍTULO 14 - 2 - O aprendiz feliz

1. O Espírito Santo precisa de um aprendiz feliz, em quem a Sua missão possa ser realizada com felicidade. Tu, que és firmemente devotado à miséria precisas, em primeiro lugar, reconhecer que és miserável e não és feliz. O Espírito Santo não pode ensinar sem esse contraste, pois acreditas que a miséria é felicidade. Isso te confundiu a tal ponto que empreendeste aprender a fazer o que jamais poderás fazer, acreditando que se não o aprenderes, não serás feliz. Tu não reconheces que o fundamento do qual depende essa meta tão peculiar de aprendizado não significa absolutamente nada. E, apesar disso, ele ainda pode fazer sentido para ti. Tem fé no nada e acharás o "tesouro" que buscas. Entretanto, irás adicionar mais uma carga à tua mente já carregada. Acreditarás que o nada tem valor e valorizá-lo-ás. Um pedacinho de vidro, um montinho de poeira, um corpo ou uma guerra são um só para ti. Pois se valorizas algo feito do nada, acreditas que o nada pode ser precioso e que podes aprender a fazer com que o falso seja verdadeiro.

2. O Espírito Santo, vendo onde estás e tendo o conhecimento de que estás em outro lugar, inicia a Sua lição de simplicidade com o ensinamento fundamental de que a verdade é verdadeira. Essa é a mais difícil das lições que jamais aprenderás e, no final, a única. A simplicidade é muito difícil para mentes deformadas. Considera todas as distorções que fizeste a partir do nada, todas as formas estranhas, os sentimentos, as ações e reações que teceste a partir do nada. Nada é tão alheio a ti como a simples verdade e não há nada que estejas menos inclinado a escutar. O contraste entre o que é verdadeiro e o que não o é, é perfeitamente evidente, mas tu não o vês. O simples e o óbvio não são evidentes para aqueles que querem fazer palácios e vestimentas reais a partir do nada, acreditando que são reis com coroas douradas em função disso.

3. Tudo isso o Espírito Santo vê e ensina, simplesmente, que tudo isso não é verdadeiro. Àqueles aprendizes infelizes que querem ensinar o nada a si mesmos e se iludem acreditando que não é o nada, o Espírito Santo diz com quietude inabalável: A verdade é verdadeira. Nada mais importa, nada mais é real, e tudo além dela não existe. Permite que Eu faça para ti a única distinção que não és capaz de fazer, mas precisas aprender. A tua fé no nada está te enganando. Oferece a tua fé a Mim e Eu a colocarei gentilmente no lugar santo onde ela deve estar. Lá não acharás nenhum engano, mas só a simples verdade. E tu a amarás porque a compreenderás.

4. Como tu, o Espírito Santo não fez a verdade. Como Deus, Ele tem o conhecimento de que ela é verdadeira. Ele traz a luz da verdade às trevas e permite que ela resplandeça sobre ti. E à medida que ela resplandece os teus irmãos a vêem e, reconhecendo que essa luz não é o que fizeste, eles vêem em ti mais do que tu vês. Eles serão aprendizes felizes dessa lição que a luz lhes traz, porque lhes ensina a liberação do nada e de todas as obras do nada. Eles não vêem que as pesadas correntes que parecem prendê-los ao desespero não são nada, até que tu lhes tragas a luz. E então vêem que as correntes desapareceram e, portanto, indiscutivelmente não eram nada. E verás isso com eles. Porque lhes ensinaste contentamento e liberação, eles virão a ser os teus professores na liberação e no contentamento.

5. Quando ensinas a qualquer pessoa que a verdade é verdadeira, tu aprendes a verdade com ela. E assim aprendes que o que parecia ser o mais difícil é o mais fácil. Aprende a ser um aprendiz feliz. Tu jamais aprenderás como fazer tudo do nada. Mas vê que essa tem sido a tua meta e reconhece o quanto ela é tola. Fica contente por ela ter sido desfeita, pois quando a consideras com simples honestidade, ela é desfeita. Eu disse anteriormente "Não te contentes com o nada", pois acreditaste que o nada poderia contentar-te. Não é assim.

6. Se queres ser um aprendiz feliz, tens que dar tudo o que aprendeste ao Espírito Santo para que seja desaprendido por ti. E então começar a aprender as lições alegres que vêm rapidamente sobre o firme fundamento de que a verdade é verdadeira. Pois o que lá é construído é verdadeiro e construído sobre a verdade. O universo do aprendizado vai se abrir diante de ti em toda a sua benevolente simplicidade. Com a verdade diante de ti, não olharás para trás.  

7. O aprendiz feliz preenche as condições do aprendizado aqui, assim como preenche as condições do conhecimento no Reino. Tudo isso está no plano do Espírito Santo para libertar-te do passado e abrir o caminho da liberdade para ti. Pois a verdade é verdadeira. Que outra coisa poderia jamais ter sido ou vir a ser? Essa lição simples contém a chave da porta escura que acreditas que está trancada para sempre. Tu fizeste essa porta a partir do nada e por trás dela está o nada. A chave é apenas a luz que brilha afastando as silhuetas, formas e temores do nada. Aceita essa chave para a liberdade das mãos de Cristo Que quer dá-la a ti, para que possas reunir-te a Ele na tarefa santa de trazer a luz. Pois, como os teus irmãos, não reconheces que a luz já veio e libertou-te do sono da escuridão.

8. Contempla os teus irmãos em liberdade e aprende com eles como ser livre da escuridão. A luz em ti irá despertá-los e eles não te deixarão adormecido. A visão de Cristo é dada no mesmo instante em que é percebida. Onde tudo está claro, tudo é santo. A quietude da sua simplicidade é tão convincente que reconhecerás que é impossível negar a simples verdade. Pois não há nada mais. Deus está em toda parte e o Filho está Nele com todas as coisas. Se possível que ele cante a balada do pesar quando isso é verdadeiro?

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Capítulo 14 - 1 As condições do aprendizado


1. Se tu és bem-aventurado e não tens conhecimento disso, premissas aprender que não pode deixar de ser assim. O conhecimento não é ensinado, mas as suas condições têm que ser adquiridas, pois foram elas que foram postas fora. Podes aprender a abençoar e não podes dar o que não tens. Assim sendo, se ofereces bênção, ela tem que ter vindo primeiro para ti mesmo. Se é preciso também que a tenhas aceito como tua, pois de que outra forma poderias dá-la aos outros? É por isso que os milagres oferecem a ti o testemunho de que tu és abençoado. Se o que ofereces é o perdão completo, tens que ter abandonado a culpa, aceitando a Expiação para ti mesmo e aprendendo que és sem culpa. Como poderias aprender o que foi feito por ti, sem o teu conhecimento, a não ser que faças o que terias que fazer, caso tivesse sido feito por ti?

2. É necessário provar indiretamente a verdade em um mundo feito de negações e sem direção. Perceberás essa necessidade se reconheceres que negar é a decisão de não conhecer. A lógica do mundo tem, portanto, que conduzir ao nada pois a sua meta é o nada. Se tu te decides a não ter, não dar e não ser nada exceto um sonho, tens que dirigir os teus pensamentos para o esquecimento. E se tens, dás e és tudo e tudo isso foi negado, o teu sistema de pensamento está fechado e totalmente separado da verdade. Esse é um mundo insano e não subestimes a extensão da sua insanidade. Não há nenhuma área da tua percepção que ela não tenha tomado e o teu sonho é sagrado para ti. É por isso que Deus colocou o Espírito Santo em ti, onde tu colocaste o sonho.

3. O ato de ver é sempre dirigido para fora. Se os teus pensamentos viessem inteiramente de ti, o sistema de pensamento que fizeste seria para sempre escuro. Os pensamentos que a mente do Filho de Deus projeta ou estende têm todo o poder que ele lhes confere. Os pensamentos que ele compartilha com Deus estão além da sua crença, mas aqueles que ele fez são a sua crença. E são eles e não a verdade, que ele tem escolhido defender e amar. Eles não lhe serão tirados. Mas ele pode desistir desses pensamentos, pois a Fonte para desfazê-los está nele. Não há nada no mundo que lhe ensine que a lógica do mundo é totalmente insana e não conduz a coisa alguma. Entretanto, naquele que fez essa lógica insana há Alguém Que tem o conhecimento de que ela não leva a nada, pois Ele conhece tudo.

4. Qualquer direção que te conduzisse aonde o Espírito Santo não te conduziria, não vai a parte alguma. Qualquer coisa que negues que Ele conheça como verdadeira, tu negaste a ti mesmo e Ele terá, portanto, que te ensinar a não negá-la. O desfazer é indireto, assim momo o fazer. Tu foste criado apenas para criar, não para ver e nem para fazer. Essas não passam de expressões indiretas da vontade de viver, que foi bloqueada pelo desejo caprichoso e profano de morte e assassinato que o teu Pai não compartilha contigo. Tu estabeleceste para ti a tarefa de compartilhar o que não pode ser compartilhado. E enquanto pensares que é possível aprender a fazer isso, absolutamente não acreditarás em tudo o que é possível aprender a fazer.

5. O Espírito Santo, por conseguinte, tem que começar o Seu ensino mostrando-te o que nunca podes aprender. A Sua mensagem não é indireta, mas Ele tem que introduzir a simples verdade em um sistema de pensamento que se tornou tão deformado e tão complexo, que não podes ver que ele nada significa. Ele meramente olha para o seu fundamento e o descarta. Mas tu, que não podes desfazer o que fizeste, nem escapar à marca pesada da estupidez de tudo isso que ainda pesa sobre a tua mente, não és capaz de  ver através dele. Ele te engana, porque tu escolheste enganar a ti mesmo. Aqueles que escolhem ser enganados  vão meramente atacar as abordagens diretas, porque elas parecem invadir o engano e golpeá-lo.

CAPÍTULO 14 - ENSINANDO A FAVOR DA VERDADE



Introdução


1. Sim, tu és de fato bem-aventurado. Entretanto, nesse mundo, não tens conhecimento disso. Mas, tens os meios para aprender e ver isso com bastante clareza. O Espírito Santo usa a lógica com a mesma facilidade e tão bem quanto o ego, exceto que as Suas conclusões não são insanas. Elas tomam a direção exatamente oposta, apontando com tanta clareza para o Céu quanto o ego aponta para a escuridão e para a morte. Nós temos acompanhado boa parte da lógica do ego e vimos quais são as suas conclusões. E tendo- as visto, reconhecemos que elas não podem ser vistas senão em ilusões, pois só em ilusões sua aparente clareza parece ser claramente visível. Vamos agora nos afastar delas e seguir a lógica simples pela qual o Espírito Santo ensina as simples conclusões que falam pela verdade e só pela verdade.



quarta-feira, 27 de maio de 2015

CAPÍTULO 13 - 11 A paz do Céu

1. Segundo o conselho do ego, o esquecimento, o sono e até mesmo a morte vêm a ser a melhor forma de se lidar com o que se percebe como a intrusão áspera da culpa na paz. Entretanto, ninguém se vê em conflito, devastado por uma guerra cruel, a não ser que acredite que ambos os oponentes na guerra são reais. Acreditando russo, ele tem que escapar, pois uma tal guerra com toda certeza acabaria com a paz da sua mente e o destruiria. Contudo, se ele pudesse apenas reconhecer que tal guerra se dá entre poderes reais e irreais, poderia olhar para si mesmo e ver a própria liberdade. Ninguém se acha devastado  dilacerado em batalhas sem fim, se ele próprio as percebe como totalmente sem significado.

2. Deus não quer que o Seu Filho viva em batalhas e assim, o "inimigo" imaginado do Seu Filho é totalmente irreal. Estás apenas tentando escapar de uma guerra amarga, da qual já escapaste. A guerra acabou. Pois ouviste o hino da liberdade erguendo-se ao Céu. O contentamento e a alegria pertencem a Deus pela tua liberação, porque não a fizeste. Entretanto, assim como não fizeste a liberdade, também não fizeste uma guerra que pudesse colocar em perigo a liberdade. Nada destrutivo jamais foi ou será. A guerra, a culpa, o passado, foram-se como um só para a irrealidade de onde vieram.

3. Quando estivermos todos unidos no Céu, não valorizarás nada do que valorizas aqui. Pois nada do que valorizas aqui, valorizas totalmente e assim não o valorizas em absoluto. O valor está onde Deus o colocou e o valor do que Deus aprecia não pode ser julgado, pois foi estabelecido. O seu valor é total. Pode meramente ser apreciado ou não. Valorizá-lo parcialmente é não conhecer o seu valor. No Céu está tudo o que Deus valoriza e nada mais. O Céu é perfeitamente sem ambigüidade. Tudo é claro e brilhante e invoca uma única resposta. Não há nenhuma escuridão e não há nenhum contraste. Não há nenhuma variação. Não há nenhuma interrupção. Há um senso de paz tão profundo que nenhum sonho nesse mundo jamais trouxe nem sequer um leve indício do que seja isso.

4. Nada nesse mundo pode dar essa paz porque nada nesse mundo é totalmente compartilhado. A percepção perfeita simplesmente pode mostrar-te o que pode ser totalmente compartilhado. Pode também mostrar-te os resultados do compartilhar, enquanto ainda te lembras dos resultados de nãocompartilhar. O Espírito Santo aponta serenamente o contraste, tendo o conhecimento de que vais afinal permitir que Ele julgue a diferença para ti, deixando que Ele demonstre o que não pode deixar de ser verdadeiro. Ele tem fé perfeita no teu julgamento final, porque Ele tem o conhecimento de que o fará para ti. Duvidar disso seria duvidar de que a Sua missão vai ser cumprida. Como isso é possível, se a Sua missão é de Deus?

5. Tu, cuja mente está escurecida pela dúvida e pela culpa, lembra-te disso: Deus te deu o Espírito Santo e deu a Ele a missão de remover toda dúvida e todo traço de culpa que o Seu Filho querido lançou sobre si mesmo. É impossível que essa missão falhe. Nada pode impedir a realização daquilo que Deus quer realizar. Quaisquer que sejam as tuas reações à Voz do Espírito Santo, a que estranhas vozes escolhes ouvir, que estranhos pensamentos possam te ocorrer, a Vontade de Deus é feita. Tu acharás a paz na qual Ele te estabeleceu porque Ele não muda a Sua Mente. Ele é tão invariável quanto a paz em que tu habitas e da qual o Espírito Santo te lembra.

6. Não vais te lembrar de mudança e deslocamentos no Céu. Só aqui tens necessidade de contrastes. Contrastes e diferenças são recursos de ensino necessários, pois através deles aprendes o que evitar e o que buscar. Quando tiveres aprendido isso, acharás a resposta que faz com que a necessidade de diferenças desapareça. A verdade vem por vontade própria ao que pertence a ela. Quando tiveres aprendido que pertences à verdade, ela fluirá suavemente sobre ti, sem qualquer tipo de diferenças. Pois não necessitarás de nenhum contraste para ajudar-te a reconhecer que isso, e só isso, é o que queres. Não tenhas medo de que o Espírito Santo vá falhar no que o Pai Lhe deu para fazer. A Vontade de Deus não pode falhar em nada. 

7. Tem fé apenas nesta única coisa e será o suficiente: a Vontade de Deus é que estejas no Céu e nada pode manter-te longe do Céu ou o Céu longe de ti. As tuas mais estranhas percepções equivocadas, as tuas imaginações esquisitas, os teus mais negros pesadelos, nada significam. Eles não prevalecerão contra a paz que é a Vontade de Deus para ti. O Espírito Santo restaurará a tua sanidade porque a insanidade não é a Vontade de Deus. Se isso é suficiente para  Ele, basta para ti. Não vais manter o que Deus quer que seja removido, porque isso quebra a comunicação contigo, com quem Ele quer Se comunicar. A Sua Voz será ouvida.

8. O elo de comunicação que o próprio Deus colocou dentro de ti, unindo a tua mente à Sua, não pode ser quebrado. Tu podes acreditar que queres fazê-lo e essa crença, de fato, interfere com a profunda paz na qual a doce e constante comunicação que Deus quer compartilhar contigo é conhecida. Entretanto, os Seus canais para a extensão não podem estar totalmente fechados e separados Dele. A paz será tua porque a Sua paz ainda flui para ti a partir Dele, Cuja Vontade é paz. Tu a tens agora. O Espírito Santo vai ensinar-te como usá-la e, estendendo-a, aprenderás que ela está em ti. A Vontade de Deus para ti é o Céu e nunca será nenhuma outra coisa. O Espírito Santo conhece apenas a Sua Vontade. Não há chance de que o Céu não venha a ser teu, pois Deus é certo e a Sua Vontade é tão certa quanto Ele.

9. Tu aprenderás a salvação porque aprenderás como salvar. Não será possível eximir-te daquilo que o Espírito Santo quer te ensinar. A salvação é tão certa quanto Deus. A Sua certeza basta. Aprende que mesmo o mais negro pesadelo que perturba a mente do Filho de Deus adormecido não tem qualquer poder sobre ele. Ele aprenderá a lição do despertar. Deus vela por ele e a luz o rodeia.

10. É possível que o Filho de Deus se perca em sonhos quando Deus colocou dentro dele o feliz chamado para despertar e ser feliz? Ele não pode separar a si mesmo do que está nele. O seu sono não resistirá ao chamado para o despertar. A missão da redenção será cumprida com tanta certeza quanto a criação permanecerá intocada através de toda a eternidade. Tu não precisas ter o conhecimento de que o Céu é teu para que ele o seja. É assim. No entanto, para conheceres isso a Vontade de Deus tem que ser aceita como a tua vontade.

11. O Espírito Santo desfará para ti tudo o que tiveres aprendido que ensine que o que não é verdadeiro tem que ser reconciliado com a verdade. Essa é a reconciliação que o ego quer substituir pela tua reconciliação com a sanidade e a paz. O Espírito Santo tem em Sua Mente um tipo muito diferente de reconciliação para ti, que Ele vai realizar com tanta certeza quanto o ego não vai realizar o que tenta. O fracasso é do ego, não de Deus. Tu não podes fugir de Deus e não existe possibilidade de que o plano que o Espírito Santo oferece a todas as pessoas, para a salvação de todos, não seja perfeitamente realizado. Serás liberado e não vais te lembrar de coisa alguma que tenhas feito que não tenha sido criada para ti e por ti em retribuição. Pois como é possível te lembrares do que nunca foi verdadeiro ou não te lembrares do que sempre foi? É nesta reconciliação com a verdade, e só com a verdade, que se encontra a paz do Céu.

sábado, 23 de maio de 2015

Capítulo 16 - O PERDÃO DAS ILUSÕES 7. O fim das ilusões

1. É impossível soltar o passado sem abandonar o relacionamento especial. Pois o relacionamento especial é uma tentativa de re-encenar o passado e mudá-lo. Cenas imaginadas, dor relembrada, desapontamentos passados, injustiças percebidas e privações, tudo isso entra no relacionamento especial, que vem a ser uma maneira pela qual buscas restaurar a tua auto-estima ferida. Que base terias para escolher um parceiro especial sem o passado? Todas essas escolhas são feitas devido a algo de “mau” no passado a que te prendes e que alguma outra pessoa tem que expiar.

2. O relacionamento especial se vinga do passado. Buscando remover o sofrimento no passado, não vê o presente em sua preocupação com o passado e seu total compromisso com ele. Nenhuma relação especial é vivenciada no presente. Sombras do passado a envolvem e fazem dela o que ela é. Não tem significado no presente e se nada significa agora, não pode ter absolutamente nenhum significado real. Como podes mudar o passado a não ser em fantasias? E quem pode te dar o que pensas que o passado tirou de ti? O passado não é nada. Não busques colocar a culpa da privação nele, pois o passado se foi. Não podes realmente não deixar que se vá aquilo que já se foi. Portanto, o que tem que estar acontecendo é que estás mantendo a ilusão de que ele não se foi, porque pensas que ele serve a algum propósito que queres que seja cumprido. E também é necessário que esse propósito não possa ser cumprido no presente, mas só no passado.

3. Não subestimes a intensidade da compulsão do ego para se vingar do passado. É completamente selvagem e completamente insana. Pois o ego lembra-se de todas as coisas que fizeste que o ofenderam e busca o pagamento que lhe deves. As fantasias que ele traz aos relacionamentos por ele escolhidos, nos quais encena o seu ódio, são fantasias da tua destruição. Pois o ego mantém o passado contra ti e se escapares do passado ele se vê privado da vingança que acredita que tão justamente mereces. No entanto, sem a tua aliança para a tua própria destruição, o ego não poderia te manter preso ao passado. No relacionamento especial, estás permitindo que a tua destruição aconteça. Que isso é insano, é óbvio. Mas o que é menos óbvio é que o presente é inútil para ti enquanto persegues a meta do ego como seu aliado.

4. O passado se foi; não busques preservá-lo no relacionamento especial que te prende a ele e que te ensinaria que a salvação é passado e que assim, tens que retornar ao passado para achares a salvação. Não existe nenhuma fantasia que não contenha o sonho da vingança pelo passado. Queres encenar esse sonho ou deixar que ele se vá?

5. No relacionamento especial, o que buscas não parece ser uma encenação da vingança. E mesmo quando o ódio e a selvageria brevemente transparecem, a ilusão do amor não é profundamente abalada. No entanto, a única coisa que o ego nunca permite que aflore à consciência é que o relacionamento especial é a encenação da vingança de ti mesmo. No entanto, que outra coisa poderia ser? Ao buscar o relacionamento especial, não procuras a glória em ti mesmo. Negaste que ela esteja aí e o relacionamento vem a ser o teu substituto para ela. E a vingança vem a ser o teu substituto para a Expiação e escapar da vingança vem a ser a tua perda.

6. Face à noção insana de salvação do ego, o Espírito Santo gentilmente coloca o instante santo. Nós dissemos anteriormente que o Espírito Santo tem que ensinar através de comparações e usa opostos para apontar para a verdade. O instante santo é o oposto da crença fixa do ego na salvação através da vingança do passado. No instante santo se compreende que o passado se foi e, com a sua passagem, a compulsão da vingança deixou de ter raízes e desapareceu. A serenidade e a paz do agora te envolvem em perfeita gentileza. Todas as coisas se foram, exceto a verdade.

7. Durante um certo tempo, podes tentar trazer ilusões ao instante santo para adiar a tua consciência total da diferença completa, em todos os aspectos, entre a tua experiência da verdade e a ilusão. Entretanto, não tentarás isso por muito tempo. No instante santo, o poder do Espírito Santo prevalecerá, porque te uniste a Ele. As ilusões que trazes contigo irão enfraquecer a tua experiência Dele por algum tempo e te impedirão de manter a experiência em tua mente. Todavia, o instante santo é eterno e as tuas ilusões temporais não impedirão o intemporal de ser o que é e nem te impedirão de vivenciá-lo como é.

8. O que Deus te deu é verdadeiramente dado e será verdadeiramente recebido. Pois as dádivas de Deus não têm realidade à parte do teu recebimento. O teu recebimento completa a Sua dádiva. Irás receber porque dar é a Vontade de Deus. Ele fez o instante santo para te ser dado e é impossível que não o recebas, porque Ele o deu. Quando foi a Vontade de Deus que o Filho de Deus fosse livre, o Filho foi livre. No instante santo, está o Seu lembrete de que Seu Filho sempre será exatamente como foi criado. E tudo o que o Espírito Santo ensina é para lembrar-te que recebeste o que Deus te deu.

9. Não há nada que possas manter contra a realidade. Tudo o que tem que ser perdoado são as ilusões que manténs contra os teus irmãos. A sua realidade não tem passado algum e só as ilusões podem ser perdoadas. Deus nada tem contra ninguém, pois Ele é incapaz de qualquer tipo de ilusões. Libera os teus irmãos da escravidão das suas ilusões, perdoando-os pelas ilusões que percebes neles. Assim irás aprender que foste perdoado, pois foste tu que lhes ofereceste ilusões. No instante santo isso é feito para ti no tempo, para te trazer a verdadeira condição do Céu.

10. Lembra-te de que sempre escolhes entre a verdade e a ilusão, entre a Expiação real que curaria e a “expiação” do ego, que destruiria. O poder de Deus e todo o Seu Amor sem limites irão apoiar-te à medida em que buscas apenas o teu lugar no plano da Expiação que surge do Seu Amor. Sê um aliado de Deus e não do ego buscando como a Expiação pode vir a ti. A Sua ajuda basta, pois o Seu Mensageiro compreende como restaurar o Reino para ti e colocar todo o teu investimento na salvação no teu relacionamento com Ele.

11. Busca e acha a Sua mensagem no instante santo, onde todas as ilusões são perdoadas. De lá o milagre se estende para abençoar a todas as pessoas e resolver todos os problemas, sejam eles percebidos como grandes ou pequenos, possíveis ou impossíveis. Não há nada que não ceda lugar a Ele e à Sua majestade. Unir-se a Ele em um relacionamento íntimo é aceitar os relacionamentos como reais e, através da sua realidade, entregar todas as ilusões pela realidade de teu relacionamento com Deus. Honra seja dada ao teu relacionamento com Ele e a nenhum outro. A verdade está lá e em nenhum outro lugar. Escolhe isso ou nada.

12. Pai, perdoa-nos as nossas ilusões e ajuda-nos a aceitar o nosso verdadeiro relacionamento Contigo, no qual não há ilusões e onde nenhuma jamais pode entrar. A nossa santidade é a Tua. O que pode haver em nós que precise ser perdoado quando a Tua é perfeita? O sono do esquecimento é apenas não querermos lembrar o Teu perdão e o Teu Amor. Não nos deixes cair em tentação, pois a tentação do Filho de Deus não é a Tua Vontade. E permite que recebamos apenas o que Tu nos deste e que aceitemos apenas isso nas mentes que Tu criaste e que Tu amas. Amém.