quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Capítulo 5 – 3. O Guia para a salvação






1. O caminho para reconhecer o teu irmão é pelo reconhecimento do Espírito Santo nele. Eu já disse que o Espírito Santo é a ponte para a transferência da percepção ao conhecimento, de modo que podemos usar esses termos como se estivessem relacionados porque em Sua Mente eles estão. Essa relação tem que estar na Sua Mente porque se não estivesse, a separação entre os dois modos de pensar não estaria aberta à cura. Ele é parte da Santíssima Trindade porque a Sua Mente é em parte tua e em parte de Deus. Isso precisa ser esclarecido, não em palavras mas em experiência.

2. O Espírito Santo é a idéia da cura. Sendo pensada, a idéia ganha à medida em que é compartilhada. Sendo o Chamado Daquele que fala por Deus é também a idéia de Deus. Como és parte de Deus, és também a idéia de ti mesmo, assim como a de todas as Suas criações. A idéia do Espírito Santo compartilha as características de outras idéias porque segue as leis do Universo do qual faz parte. Ela é fortalecida ao ser dada a outros. 'Aumenta em ti na medida em que a dás ao teu irmão. Teu irmão não precisa estar ciente do Espírito Santo nele mesmo ou em ti para que esse milagre ocorra. Ele pode ter dissociado o Chamado por Deus, assim como tu fizeste. Essa dissociação é curada nos dois à medida que tu vens a estar ciente do Chamado Daquele que fala por Deus nele, e assim reconheces o que é esse Chamado.

3. Existem dois modos diametralmente opostos de ver o teu irmão. Ambos têm que estar em tua mente, porque tu és aquele que percebe. Eles também têm que estar na dele, porque tu o estás percebendo. Vê o teu irmão através do Espírito Santo na sua mente e O reconhecerás na tua. O que reconheces no teu irmão, estás reconhecendo em ti mesmo e o que compartilhas, tu fortaleces.

4. A Voz do Espírito Santo é fraca em ti. É por isso que tens que compartilhá-La. Ela tem que aumentar em força antes que possas ouvi-La. É impossível ouvi-La em ti mesmo enquanto Ela está tão fraca em tua mente. Ela não é fraca em Si, mas está limitada pela tua recusa em ouvi-La. Se cometeres o equívoco de procurar o Espírito Santo apenas em ti mesmo, os teus pensamentos vão assustar-te porque, por adotar o ponto de vista do ego, estás empreendendo uma viagem que é alheia ao ego usando o ego como guia. Isso está fadado a produzir medo.

5. O atraso é do ego, porque o tempo é um conceito egótico. Tanto o atraso como o tempo são sem significado na eternidade. Eu já disse antes que o Espírito Santo é a Resposta de Deus ao ego. Tudo que o Espírito Santo te lembra está em oposição direta às noções do ego, porque percepções verdadeiras e falsas são opostas em si mesmas. O Espírito Santo tem a tarefa de desfazer o que o ego tem feito. Ele o desfaz no mesmo nível em que o ego opera, ou a mente não seria capaz de compreender a mudança.

6. Eu tenho enfatizado repetidamente que um nível da mente não é compreensível para outro. Assim é com o ego e o Espírito Santo, com o tempo e a eternidade. A eternidade é uma idéia de Deus, logo o Espírito Santo a compreende perfeitamente. O tempo é uma crença do ego, então a mente inferior, que é o domínio do ego, aceita-a sem questionamento. O único aspecto do tempo que é eterno é o agora.

7. O Espírito Santo é o Mediador entre as interpretações do ego e o conhecimento do espírito. Sua capacidade de lidar com símbolos faz com que Ele seja capaz de trabalhar com as crenças do ego em sua própria linguagem. Sua capacidade de olhar para o que está além dos símbolos na eternidade, torna-O capaz de compreender as leis de Deus pelas quais Ele fala. O Espírito Santo pode, portanto, desempenhar a função de reinterpretar o que o ego faz, não pela destruição, mas pela compreensão. A compreensão é luz, e luz conduz ao conhecimento. O Espírito Santo está na luz porque Ele está em ti que és luz, mas tu mesmo não tens conhecimento disso. Portanto, é tarefa do Espírito Santo re-interpretar-te a favor de Deus.

8. Não podes compreender a ti mesmo sozinho. Isso é assim porque não tens significado à parte do teu lugar de direito na Filiação e o lugar de direito da Filiação é em Deus. Essa é a tua vida, a tua eternidade e o teu Ser. É isso que o Espírito Santo te lembra. É isso o que o Espírito Santo vê. Essa visão assusta o ego porque é tão calma. A paz é o maior inimigo do ego porque, de acordo com a sua interpretação da realidade, a guerra é a garantia da sua própria sobrevivência. O ego vem a ser forte na discórdia. Se acreditas que há discórdia, vais reagir de forma perversa, pois a idéia de perigo entrou em tua mente. A idéia em si mesma é um apelo ao ego. O Espírito Santo é tão vigilante quanto o ego ao chamado do perigo, opondo-Se ao perigo com a Sua força, assim como o ego o recebe com boas-vindas. O Espírito Santo neutraliza essas boas-vindas dando boas-vindas à paz. A eternidade e a paz estão tão intimamente relacionadas quanto o tempo e a guerra.

9. O significado da percepção é derivado dos relacionamentos. Aqueles que aceitas são os fundamentos das tuas crenças. A separação é apenas um outro termo para a mente dividida. O ego é o símbolo da separação, assim como o Espírito Santo é o símbolo da paz. O que percebes nos outros, estás fortalecendo em ti mesmo. Podes permitir que a tua mente perceba de modo equivocado, mas o Espírito Santo permite que a tua mente reinterprete as tuas próprias percepções equivocadas.

10. O Espírito Santo é o professor perfeito. Ele usa apenas o que a tua mente já compreende para te ensinar que não a compreendes. O Espírito Santo pode lidar com um aluno relutante sem ir contra a mente do aluno, porque parte dela ainda é a favor de Deus. Apesar das tentativas do ego de ocultar essa parte, ela ainda é muito mais forte do que o ego, embora o ego não a reconheça. O Espírito Santo a reconhece perfeitamente porque é a Sua própria morada, o lugar na mente onde Ele está em casa. Tu também estás em casa nesse lugar, pois é um lugar de paz e a paz é de Deus. Tu, que és parte de Deus, não estás em casa a não ser na Sua paz. Se a paz é eterna, só estás em casa na eternidade.

11. O ego fez o mundo como o percebe, mas o Espírito Santo, que re-interpreta os feitos do ego, vê o mundo como um instrumento de ensino para trazer-te para casa. O Espírito Santo tem que perceber o tempo e reinterpretá-lo no que é intemporal. Ele tem que trabalhar através dos opostos, pois tem que trabalhar com a mente que está em oposição e por ela. Corrige e aprende e sê aberto ao aprendizado. Tu não fizeste a verdade, mas a verdade ainda pode libertar-te. Olha como o Espírito Santo olha e compreende como Ele compreende. A Sua compreensão olha de volta para Deus em memória de mim. Ele está em comunhão com Deus sempre e Ele é parte de ti. Ele é teu guia para a salvação, porque guarda a memória de coisas passadas e por vir e as traz ao presente. Ele mantém esse contentamento de modo gentil em tua mente, pedindo apenas que tu o aumentes em Seu Nome, compartilhando-o, para aumentar a Sua alegria em ti.







quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Capítulo 5 – 2. A Voz por Deus




1. A cura não é criação, é reparação. O Espírito Santo promove a cura olhando além dela para o que eram as crianças de Deus antes que a cura fosse necessária, e para o que serão quando tiverem sido curadas. Essa alteração da seqüência temporal deveria ser bastante familiar porque é muito similar ao deslocamento na percepção do tempo que o milagre introduz. O Espírito Santo é a motivação para a mentalidade milagrosa; a decisão de curar a separação, deixando que ela se vá. A tua vontade ainda está em ti porque Deus colocou-a em tua mente e embora possas mantê-la adormecida, não podes obliterá-la. O próprio Deus mantém a tua vontade viva, transmitindo-a a partir da Sua Mente para a tua enquanto o tempo existir. O milagre em si é um reflexo dessa união de vontade entre Pai e Filho.

2. O Espírito Santo é o espírito da alegria. Ele é o Chamado para o retorno com o qual Deus abençoou as mentes de Seus Filhos separados. Essa é a vocação da mente. A mente não tinha nenhuma vocação* até a separação, porque antes disso tinha apenas o que ela é e não teria compreendido o chamado para o pensa mento certo.

* "He is the Call to return with which God blessed the minds of His separated Sons. This is the vocation of the mind. The mind had no calling until the separation..." É interessante notar o emprego das palavras "Call" e "calling" que é impossível reproduzir em português.

O Espírito Santo é a Resposta de Deus à separação, o meio pelo qual a Expiação cura até que toda a mente volte outra vez a criar.

3. O princípio da Expiação e a separação começaram ao mesmo tempo. Quando o ego foi feito, Deus colocou na mente o chamado para a alegria. Esse chamado é tão forte que o ego sempre se dissolve ao seu som. Essa é a razão pela qual tens que escolher ouvir uma dentre as duas vozes dentro de ti mesmo. Uma tu mesmo fizeste e essa não é de Deus. Mas a outra te foi dada por Deus, Que apenas te pede para escutá-la. O Espírito Santo está em ti num sentido muito literal. Sua é a Voz Que te chama de volta para onde antes estavas e estarás outra vez. Mesmo nesse mundo é possível ouvir apenas essa Voz e nenhuma outra. É preciso esforço e muita disposição para aprender. É a lição final que eu aprendi e os Filhos de Deus são tão iguais como aprendizes quanto como filhos.

4. Tu és o Reino do Céu, mas tens permitido que a crença nas trevas entre na tua mente e, portanto, precisas de uma nova luz. Tens que permitir que o Espírito Santo, que é radiância, possa banir a idéia da escuridão. Sua é a glória diante da qual a dissociação cai por terra e o Reino do Céu penetra no que lhe é pró-prio. Antes da separação, não precisavas de orientação. Tu conhecias como virás a conhecer novamente, mas como não conheces agora.

5. Deus não guia, porque Ele só pode compartilhar o conhecimento perfeito. A orientação é avaliativa, porque pressupõe que exista um caminho certo e também um caminho errado, um caminho a ser escolhi-do e outro a ser evitado. Ao escolher um, desistes do outro. A escolha pelo Espírito Santo é a escolha por Deus. Deus não está em ti em um sentido literal, tu és parte Dele. Quando escolheste deixá-lo, Ele te deu uma Voz para falar por Ele, pois não podia mais compartilhar Seu conhecimento contigo sem impedimento. A comunicação direta foi quebrada porque tinhas feito uma outra voz.

6. O Espírito Santo te chama tanto para lembrar como para esquecer. Tu escolheste estar em um estado de oposição no qual opostos são possíveis. Como resultado, há escolhas que tens que fazer. No estado de santidade a vontade é livre, de forma que seu poder criativo é ilimitado e a escolha é sem significado. A liberdade de escolher é ó mesmo poder que a liberdade de criar, mas sua aplicação é diferente. A escolha depende de uma mente dividida. O Espírito Santo é um modo de escolher. Deus não deixou Suas crianças sem consolo, mesmo que elas tenham escolhido deixá-Lo. A voz que puseram em suas mentes não foi a Voz pela Vontade de Deus em nome da qual fala o Espírito Santo.

7. A Voz do Espírito Santo não comanda, pois é incapaz de arrogância. Não exige, porque não busca o controle. Não vence, porque não ataca. Simplesmente lembra. É capaz de compelir devido apenas ao que ela te relembra. Traz à tua mente o outro caminho, permanecendo quieta mesmo em meio ao tumulto que possas fazer. A Voz por Deus é sempre quieta porque fala de paz. A paz é mais forte do que a guerra por-que cura. A guerra é divisão, não soma. Ninguém ganha com a discórdia. Que aproveitará a um homem ganhar o mundo inteiro se vier a perder a sua alma? Se escutas a voz errada, perdeste de vista a tua alma. Tu não podes perdê-la, mas podes não conhecê-la. Assim sendo, ela está "perdida" para ti até que escolhas certo.

8. O Espírito Santo é o teu Guia na escolha. Ele está na parte da tua mente que sempre fala a favor da es-colha certa, porque fala por Deus. Ele é a tua comunicação remanescente com Deus, que podes interromper, mas não podes destruir. O Espírito Santo é o caminho no qual a Vontade de Deus é feita assim na terra como no Céu. Tanto o Céu quanto a terra estão em ti, porque o chamado de ambos está na tua mente. A Voz por Deus vem dos teus próprios altares a Ele. Estes altares não são coisas, são devoções. No entanto, tu tens outras devoções agora. A tua devoção dividida te deu as duas vozes e tens que escolher em que altar queres servir. O chamado a que respondes agora é uma avaliação, porque é uma decisão. A decisão é muito simples. Ela é tomada tendo por base qual é o chamado que tem maior valor para ti.

9. A minha mente sempre será como a tua porque nós fomos criados como iguais. Foi apenas a minha decisão que me deu todo o poder no Céu e na terra. Minha única dádiva a ti é ajudar-te a tomar a mesma decisão. Essa decisão é a escolha de compartilhá-la, porque a decisão em si é a decisão de compartilhar. Ela é tomada pelo ato de dar, sendo, portanto, a única escolha que se assemelha à criação verdadeira. Eu sou o teu modelo para a decisão. Decidindo-me por Deus eu te mostrei que essa decisão pode ser tomada e que tu podes torná-la.

10. Eu te assegurei que a Mente que decidiu por mim está também em ti, e que podes deixar que ela mude a ti assim como mudou a mim. Essa Mente é inequívoca, pois ouve apenas uma Voz e responde de apenas um modo. Tu és a luz do mundo comigo. O descanso não vem do sono, mas do despertar. O Espírito Santo é o chamado para despertar e ser contente. O mundo está muito cansado porque ele é a idéia da exaustão. Nossa tarefa é a obra alegre de despertá-lo para o Chamado Daquele que fala por Deus. Todos responderão ao Chamado do Espírito Santo, ou a Filiação não pode ser una. Que melhor vocação poderia haver para qualquer parte do Reino, do que restaurá-lo à integração perfeita capaz de fazê-lo íntegro? Ouve apenas isso através do Espírito Santo dentro de ti e ensina os teus irmãos a escutar assim como eu estou te ensinando.

11. Quando és tentado pela voz errada, chama por mim para lembrar-te como curar compartilhando a minha decisão e fazendo com que ela seja mais forte. Na medida em que compartilhamos essa meta, aumentamos o seu poder para atrair toda a Filiação e trazê-la de volta à unicidade em que foi criada. Lembra-te que "jugo" significa "união" e "fardo" significa "mensagem*." Vamos reformular "Meu jugo é suave e meu fardo é leve", deste modo: "Vamos nos unir pois a minha mensagem é Luz."

12. Eu determinei que te comportasses como eu me comportei, mas para fazer isso nós temos que responder à mesma Mente. Essa Mente é o Espírito Santo, Cuja Vontade é sempre a favor de Deus. Ele te ensina como ter em mim o modelo para o teu pensamento e conseqüentemente comportar-te como eu. O poder de nossa motivação conjunta está além da crença, mas não além da realização. O que nós podemos realizar juntos não tem limites, pois o Chamado Daquele que fala por Deus é o chamado ao ilimitado. Criança de Deus, minha mensagem é para ti, para que a ouças e a transmitas aos outros à medida em que respondes ao Espírito Santo dentro de ti.

* Remember that "yoke" means "join together," and "burden" means "message." Em inglês antigo essas palavras continham os respectivos significados que não existem em português.




terça-feira, 13 de janeiro de 2015

CAPÍTULO 5 - 1. O convite ao Espírito Santo

1. A cura é um pensamento pelo qual duas mentes percebem a sua unicidade e vêm a ser contentes. Esse contentamento convoca todas as partes da Filiação a regozijarem-se com elas e permite que Deus se manifeste para elas e através delas. Só a mente curada pode experimentar a revelação com efeito duradouro, porque a revelação é uma experiência de pura alegria. Se não escolhes ser totalmente alegre, a tua mente não pode ter o que ela não escolhe ser. Lembra-te que o espírito não conhece diferença entre ter e ser. A mente superior pensa de acordo com as leis que o espírito obedece e assim honra apenas as leis de Deus. Para o espírito, obter é sem significado e dar é tudo. Tendo tudo, o espírito mantém todas as coisas dando-as e assim cria como o Pai criou. Embora esse tipo de pensamento seja totalmente alheio à posse de coisas, mesmo para a mente inferior é bastante compreensível no que diz respeito às idéias. Se comparti-lhas uma posse física, de fato, divides essa propriedade. Se compartilhas uma idéia, porém, não a diminuis. Ela ainda é toda tua apesar de ter sido dada totalmente. Além disso, se a pessoa a quem a deste a aceita como sua própria, essa pessoa a reforça na tua mente e assim a aumenta. Se o conceito de que o mundo é um mundo de idéias é aceitável para ti, toda a crença na falsa associação que o ego faz entre dar e perder desaparece.

2. Vamos começar nosso processo de re-despertar com apenas uns poucos conceitos simples:

Os pensamentos aumentam por serem dados.
Quanto maior é o número dos que neles acreditam mais fortes passam a ser.
Tudo é uma idéia.
Como é possível, então, que dar e perder sejam associados?

3. Esse é o convite ao Espírito Santo. Já tenho dito que posso alcançar o que está acima e trazer o Espírito Santo para ti, mas só posso trazê-Lo a ti com o teu próprio convite. O Espírito Santo está em tua mente certa, assim como estava na minha. A Bíblia diz, "Tende em vós a mesma mente que estava também em Cristo Jesus", e usa isso como uma bênção. É a benção da mente disposta para o milagre. Ela pede que possas pensar como eu pensei, unindo-te a mim no pensamento de Cristo.

4. O Espírito Santo é a única parte da Santíssima Trindade que tem uma função simbólica. Ele é chamado o Curador, o Consolador e o Guia. Ele também é descrito como algo "separado", à parte do Pai e do Filho. Eu mesmo disse: "Se eu me for, eu vos enviarei um outro Consolador, e Ele habitará convosco." Sua função simbólica faz com que o Espírito Santo seja difícil de compreender porque o simbolismo é aberto à interpretações diferentes. Como homem e também como uma das criações de Deus, o meu pensamento certo, que veio do Espírito Santo ou a Inspiração Universal, ensinou-me em primeiro lugar e acima de tudo que essa Inspiração é para todos. Eu mesmo não poderia tê-La em mim sem saber disso. A palavra "conhecer" é apropriada nesse contexto, porque o Espírito Santo está tão próximo do conhecimento que o traz à tona ou melhor, permite que ele venha. Eu falei anteriormente da percepção superior ou "verdadeira" que está tão próxima da verdade que o próprio Deus pode fluir através da pequena brecha entre eles. O conhecimento está sempre pronto para fluir a toda parte, mas não pode se opor. Assim sendo podes obstruí-lo, embora nunca possas perdê-lo.

5. O Espírito Santo é a Mente de Cristo que é ciente do conhecimento que está além da percepção. Ele veio a ser com a separação, como uma proteção, ao mesmo tempo inspirando o princípio da Expiação. Antes disso, não havia nenhuma necessidade de cura, pois não havia ninguém sem consolo. A Voz do Espírito Santo é o Chamado para a Expiação ou a restauração da integridade da alegria.

6. Deus honrou mesmo as criações equivocadas de Suas crianças porque elas as tinham feito. Mas, também abençoou Suas crianças com um modo de pensar capaz de elevar as suas percepções a tal ponto que quase poderiam alcançá-lo de novo. O Espírito Santo é a Mente da Expiação. Ele representa um estado mental suficientemente próximo da mente disposta para o que é Uno, que transferi-lo para ela é finalmente possível. A percepção não é conhecimento, mas pode ser transferida para o conhecimento ou atravessar a ponte para ele. Talvez seja até mais útil usar aqui o significado literal da palavra transferida, ou seja, "transportada", uma vez que o último passo é dado por Deus.

7. O Espírito Santo, a Inspiração compartilhada de toda a Filiação, induz a um tipo de percepção no qual muitos elementos são iguais àqueles no próprio Reino do Céu: Primeiro, sua universalidade é perfeita-mente clara e ninguém que a tenha alcançado poderia acreditar, nem por um instante, que compartilhá-la envolve qualquer outra coisa que não seja ganhar. Segundo, ela é incapaz de atacar e está, portanto, verdadeiramente aberta. Isso significa que, apesar de não engendrar conhecimento, não o obstrui de modo algum. Finalmente, indica o caminho para além da cura que ela traz e conduz a mente além da sua própria integração, rumo aos caminhos da criação. É nesse ponto que ocorre uma mudança quantitativa sufi-ciente para produzir um deslocamento qualitativo real.



segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

CAPÍTULO 5 - CURA E INTEGRIDADE Introcução




1. Curar é fazer feliz. Eu te disse para pensar em quantas oportunidades tens tido para alegrar-te e quantas tens recusado. Isso é o mesmo que dizer que tens te recusado a curar-te. A luz que te pertence é a luz da alegria. A radiância não está associada com o pesar. A alegria suscita uma disposição integrada da vontade para compartilhá-la e promove o impulso natural da mente para responder como uma só. Aqueles que tentam curar sem ser totalmente alegres suscitam simultaneamente diferentes tipos de respostas, privando assim os outros da alegria de responder com todo o coração.

2. Para ser de todo o coração, tens que ser feliz. Se medo e amor não podem coexistir, se é impossível estar totalmente amedrontado e permanecer vivo, o único estado possível de forma total é o do amor. Não há diferença entre amor e alegria. Assim sendo, o único estado que é totalmente possível é o de total alegria. Curar ou alegrar é, portanto, o mesmo que integrar e unificar. Por isso é indiferente a que parte ou através de que parte da Filiação é oferecida a cura. Todas as partes são beneficiadas e beneficiadas igualmente.

3. Tu estás sendo abençoado por qualquer pensamento benéfico de qualquer dos teus irmãos em qualquer lugar. Por gratidão, deverias querer abençoá-los em retribuição. Não precisas conhecê-los individualmente, nem eles a ti. A luz é tão forte que se irradia através da Filiação e retoma os agradecimentos ao Pai, por irradiar sobre ela a Sua alegria. Só as crianças santas de Deus são canais dignos da Sua bela alegria, por- que só elas são suficientemente belas para mantê-la por compartilhá-la. É impossível para uma criança de Deus amar a seu próximo a não ser como a si mesma. Por isso, a oração daquele que cura é:


Que eu conheça esse irmão como conheço a mim mesmo. 




domingo, 11 de janeiro de 2015

Capítulo 4 – 7. Criação e comunicação




1. É claro que apesar do conteúdo de qualquer ilusão particular do ego não ter importância, a sua correção é mais útil em um contexto específico. Embora a mente seja por natureza abstrata, as ilusões do ego são bastante específicas. Parte da mente, porém, vem a ser concreta quando ela se divide. A parte concreta acredita no ego, porque o ego depende do concreto. O ego é a parte da mente que acredita que a tua existência é definida pela separação.

2. Tudo que o ego percebe é um todo separado, sem os relacionamentos que estão implicados no que é. O ego é assim contrário à comunicação, exceto na medida em que a usa para estabelecer o estado de separação ao invés de aboli-lo. O sistema de comunicação do ego está baseado no seu próprio sistema de pensamento, assim como tudo o mais que ele dita. Sua comunicação é controlada pela necessidade que tem de proteger-se e ele interromperá a comunicação quando experimentar ameaça. Essa interrupção é uma reação a uma ou mais pessoas específicas. A especificidade do pensamento do ego resulta então numa generalização falsa, que não é realmente nada abstrata. Meramente responde de certas formas específicas a todas as coisas que ele percebe como se estivessem relacionadas com a experiência ameaçadora.

3. O espírito, de forma contrastante, reage do mesmo modo a tudo o que ele conhece como verdadeiro e não responde absolutamente a nada mais. Ele também não faz nenhuma tentativa de estabelecer o que é verdadeiro. Tem o conhecimento de que o verdadeiro é tudo o que Deus criou. Está em comunicação completa e direta com todos os aspectos da criação, porque está em comunicação completa e direta com o seu Criador. Essa comunicação é a Vontade de Deus. Criação e comunicação são sinônimos. Deus criou cada mente comunicando a Sua Mente a ela, estabelecendo-a assim para sempre como um canal para a recepção da Sua Mente e Vontade. Como só seres pertencentes a uma ordem igual podem verdadeiramente comunicar-se, as Suas criações naturalmente se comunicam com Ele e como Ele. Essa comunicação é perfeitamente abstrata, já que a sua qualidade é aplicada de forma universal e não está sujeita a nenhum julgamento, nenhuma exceção e nenhuma alteração. Deus te criou através disso e para isso. A mente pode distorcer a própria função, mas não pode dotar a si mesma com funções que não lhe foram dadas. É por isso que a mente não pode perder de forma total a capacidade de comunicar-se, embora possa recusar-se a usá-la em favor do que é.

4. A existência, assim como tudo o que é, se baseia na comunicacão.A existência, porém, é específica em relação a como, o que e com quem vale a pena empreender comunicação. Tudo o que é, é completamente destituído dessas distinções. É um estado no qual a mente está em comunicação com tudo o que é real. Na medida em que permites que esse estado seja reduzido, tu estás limitando o teu senso da tua própria realidade, que vem a ser total só pelo reconhecimento de toda a realidade no contexto glorioso do seu relacionamento real para contigo. Essa é a tua realidade. Não a profanes e não recues diante dela. Ela é o teu lar real, o teu templo real e o teu Ser real.

5. Deus, Que abrange tudo o que é, criou seres que têm tudo individualmente, mas querem compartilhar o que têm para aumentar a própria alegria. Nada que é real pode ser aumentado exceto pelo compartilhar. Essa é a razão pela qual Deus te criou. A Abstração Divina alegra-Se em compartilhar. 5E isso o que significa a criação. ”Como”, “o quê” e “com quem” são aspectos irrelevantes, porque a criação real tudo dá, pois só pode criar como ela própria. Lembra-te que no Reino não há diferença entre ter e ser como há na existência. No ser a mente dá tudo sempre.

6. A Bíblia repetidamente declara que deves louvar a Deus. Isso dificilmente significa que deverias dizer-Lhe o quão maravilhoso Ele é. Ele não tem ego que possa aceitar tal louvor, nem percepção para julgá-lo. Mas, a menos que faças a tua parte na criação, a Sua alegria não é completa porque a tua é incompleta. E isso Ele sabe. Ele sabe disso no Seu próprio Ser e na experiência dele da experiência do Seu Filho. A saída constante do Seu Amor é bloqueada quando Seus canais estão fechados e Ele é solitário quando as mentes que criou não se comunicam plenamente com Ele.

7. Deus tem mantido o teu Reino para ti, mas não pode compartilhar a Sua alegria contigo, enquanto tu não conheceres isso com toda a tua mente. A revelação não é suficiente, porque é apenas comunicação de Deus. Deus não necessita que a revelação seja restituída a Ele, o que seria claramente impossível, mas Ele quer que ela seja trazida a outros. Isso não pode ser feito com a revelação em si; seu conteúdo não pode ser expressado, porque é intensamente pessoal para a mente que a recebe. Pode, contudo, ser restituída por essa mente a outras, através das atitudes que o conhecimento resultante da revelação traz.

8. Deus é louvado sempre que qualquer mente aprende a ser totalmente útil. Isso é impossível sem que ela seja totalmente inofensiva, porque as duas crenças obrigatoriamente coexistem. Os verdadeiramente úteis são invulneráveis, porque não estão protegendo os seus egos e assim nada pode feri-los. A sua utilidade é o seu louvor a Deus e Ele restituirá esse louvor porque eles são como Ele e podem juntos regozijarem-se. Deus Se estende a eles e através deles e há grande alegria em todo o Reino. Cada mente que é mudada adiciona a essa alegria com a própria disponibilidade individual de compartilhá-la. Os verdadeiramente úteis são os trabalhadores do milagre de Deus, a quem eu dirijo até que estejamos todos unidos na alegria do Reino. Eu te dirigirei aonde tu possas ser verdadeiramente útil e a quem.


sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Capítulo 4 – 6. As recompensas de Deus




1. O ego não reconhece a fonte real da “ameaça” e se tu te associas com o ego, não compreendes a situação tal como ela é. Só a tua aliança com ele dá ao ego qualquer poder sobre ti. Eu tenho falado do ego como se fosse uma coisa separada, agindo por conta própria. Isso foi necessário para persuadir-te de que tu não podes despedi-lo facilmente e não podes deixar de reconhecer quanto do teu pensamento é dirigido pelo ego. Contudo, não podemos deixar isso desse modo com segurança, senão tu te considerarás necessariamente conflitado enquanto aqui estiveres, ou enquanto acreditas que aqui estás. O ego não é nada mais do que uma parte da tua crença sobre ti mesmo. A tua outra vida tem continuado sem interrupção, tem sido e sempre será totalmente imune às tuas tentativas de dissociá-la.

2. Ao aprenderes a escapar das ilusões, a tua dívida para com o teu irmão é algo que nunca deves esquecer. E a mesma dívida que tens para comigo. Sempre que ages egoisticamente em relação a outra pessoa, estás jogando fora a cortesia do teu débito e a percepção santa que ela produziria. O termo “santa” pode ser usado aqui porque, à medida em que aprendes o quanto estás em débito com toda a Filiação, que inclui a mim, chegas tão perto do conhecimento quanto a percepção pode chegar. A brecha é então tão pequena que o conhecimento pode facilmente fluir através dela e obliterá-la para sempre.

3. Tu ainda tens muito pouca confiança em mim, mas ela aumentará na medida em que te voltares cada vez mais para mim, em vez de para o teu ego em busca de orientação. Os resultados te convencerão progressivamente de que essa é a única escolha sã que podes fazer. Ninguém que aprenda pela experiência que uma escolha traz paz e alegria, enquanto outra traz caos e desastre, necessita de persuasão adicional. O aprendizado através de recompensas é mais eficiente do que o aprendizado através da dor, porque a dor é uma ilusão do ego e nunca pode induzir a algo mais do que a um efeito temporário. As recompensas de Deus, todavia, são imediatamente reconhecidas como eternas. Como esse reconhecimento é feito por ti e não pelo ego, o próprio reconhecimento estabelece que tu e o teu ego não podem ser idênticos. Tu podes acreditar que já aceitaste essa diferença, mas ainda não estás de modo algum convencido. O fato de acreditares que tens que escapar do ego demonstra isso; mas não podes escapar do ego humilhando-o, controlando-o ou punindo-o.

4. O ego e o espírito não se conhecem um ao outro. A mente separada não pode manter a separação exceto por dissociação. Tendo feito isso, ela nega todos os impulsos verdadeiramente naturais, não porque o ego seja uma coisa separada, mas porque queres acreditar que tu és. O ego é um instrumento para a manutenção dessa crença, mas é somente a tua decisão de usar o instrumento que faz com que ele seja capaz de perdurar.

5. Como podes ensinar a alguém o valor de alguma coisa que ele deliberadamente jogou fora? Com toda a certeza ele a jogou fora porque não a valorizava. Podes apenas mostrar-lhe como ele é miserável sem ela e lentamente aproximá-lo dela, de forma que
possa aprender como a sua miséria diminui à medida que ela se aproxima. Isso lhe ensina a associar a sua miséria com a ausência do que jogou fora e o oposto da miséria com a presença disso. Isso gradualmente vem a ser desejável, à medida em que ele muda sua mente acerca deste valor. Estou te ensinando a associar miséria com o ego e alegria com o espírito. Tu tens ensinado a ti mesmo o oposto. Ainda és livre para escolher, mas podes realmente querer as recompensas do ego na presença das recompensas de Deus?

6. A minha confiança em ti é maior do que a tua em mim no momento, mas não será sempre assim. A tua missão é muito simples. Tu estás sendo solicitado a viver de tal forma que demonstre que tu não és um ego e que eu não escolho os canais de Deus de modo errado. Aquele que é Santo compartilha a minha confiança e aceita as minhas decisões no que diz respeito à Expiação, porque a minha vontade nunca está em desacordo com a Sua. Eu já disse antes que estou encarregado da Expiação. Isso é assim somente porque completei a minha parte nela como homem e posso agora completá-la através de outros. Os canais por mim escolhidos não podem falhar, porque a eles emprestarei a minha força enquanto as suas forem insuficientes.

7. Eu irei contigo Aquele que é Santo e através da minha percepção Ele pode fazer uma ponte sobre a pequena brecha. A tua gratidão para com teu irmão é a única dádiva que quero. Eu a trarei a Deus por ti, sabendo que conhecer o teu irmão é conhecer a Deus. Se tu és grato ao teu irmão, és grato a Deus pelo que Ele criou. PeIa tua gratidão, tu vens a conhecer o teu irmão e um momento de real reconhecimento faz de todos o teu irmão, porque cada um deles é do teu Pai. O amor não conquista todas as coisas, mas de fato coloca tudo no lugar certo. Porque tu és o Reino de Deus, eu posso conduzir-te de volta às tuas próprias criações. Tu não as reconheces agora, mas o que tem sido dissociado ainda está lá.

8. Ao aproximar-te de um irmão, tu te aproximas de mim e ao afastar-te dele, eu venho a estar distante para ti. A salvação é um empreendimento de colaboração. Não pode ser empreendida com sucesso por aqueles que se desengajam da Filiação, porque estão se desengajando de mim. Deus só virá a ti na proporção em que tu O deres a teus irmãos. Aprende primeiro com eles e estarás pronto para ouvir a Deus. Isso é assim porque a função do Amor é una.





quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Capítulo 4 – 5. A ilusão do ego-corpo





1. Todas as coisas cooperam para o bem. Não existem exceções, exceto no julgamento do ego. O ego exerce vigilância máxima em relação ao que ele permite que faça parte da consciência e não é esse o modo de uma mente equilibrada manter-se coesa. O ego é levado a maior desequilíbrio ainda, porque mantém a sua motivação básica à parte da tua consciência e eleva o controle, ao invés da sanidade, à predominância. O ego tem toda razão para fazer isso, de acordo com o sistema de pensamento que lhe deu origem e ao qual ele serve. O julgamento são inevitavelmente seria contra o ego e tem que ser obliterado pelo ego no interesse da sua própria auto-preservação.
Uma das principais fontes do estado de desequilíbrio do ego é a falta de discriminação entre o corpo e os Pensamentos de Deus. Os Pensamentos de Deus são inaceitáveis para o ego porque apontam claramente para a não existência do próprio ego. Assim sendo, o ego ou os distorce ou se recusa a aceitá-los. Ele não pode, porém, fazer com que deixem de ser. Tenta, portanto, não só esconder os impulsos “inaceitáveis” do corpo mas também os Pensamentos de Deus, porque ambos são ameaçadores para ele. Estando preocupado primariamente com a sua própria preservação diante da ameaça, o ego os percebe como o mesmo. Percebendo-os como o mesmo, tenta se salvar para não ser varrido para longe como certamente seria na presença do conhecimento.

3. Qualquer sistema de pensamento que confunda Deus e o corpo tem que ser insano. No entanto, essa confusão é essencial para o ego, que julga só em termos de ameaça ou não-ameaça a si mesmo. Em um certo sentido, o medo que o ego tem de Deus é pelo menos lógico já que, de fato, a idéia de Deus o dissipa. Mas o medo do corpo, com o qual o ego se identifica tão intimamente, não faz absolutamente nenhum sentido.

4. O corpo é o lar do ego por sua própria escolha. É a única identificação com a qual o ego se sente seguro, pois a vulnerabilidade do corpo é o seu melhor argumento de que tu não podes ser de Deus. Essa é a crença que o ego ansiosamente promove. Entretanto, o ego odeia o corpo, pois não pode aceitá-lo como bom o suficiente para ser o seu lar. E aí que a mente passa a ser, de fato, aturdida. Apesar do ego lhe dizer que ela realmente é parte do corpo e que o corpo é o seu protetor, também lhe é dito que o corpo não pode protegê-la. Por conseguinte, a mente pergunta: “Aonde posso ir em busca de proteção?”, ao que o ego responde: “Volta-te para mim.” A mente, não sem causa, lembra ao ego que ele próprio insistiu em ser identificado com o corpo, portanto, não faz sentido ela se voltar para ele em busca de proteção. O ego não tem uma resposta real para isso, posto que não existe nenhuma, mas tem uma solução típica. Oblitera a questão da consciência da mente. Uma vez fora da consciência a questão pode produzir e produz inquietação, mas não pode ser respondida porque não pode ser colocada.

5. Essa é a pergunta que tem que ser feita: “Aonde posso ir em busca de proteção?” ”Buscai e achareis” não significa que deves buscar cega e desesperadamente algo que não reconhecerias. A busca significativa é empreendida conscientemente, conscientemente organizada e conscientemente dirigida. A meta tem que ser formulada de forma clara e mantida em mente. Aprender e querer aprender são inseparáveis. Tu aprendes melhor quando acreditas que o que estás tentando aprender tem valor para ti. Contudo, nem tudo o que podes querer aprender tem valor duradouro. De fato, muitas das coisas que queres aprender podem ser escolhidas porque seu valor não é duradouro.

6. O ego pensa que é uma vantagem não se comprometer com coisa alguma que seja eterna, porque o eterno não pode deixar de vir de Deus. A qualidade do que é eterno é a única função que o ego tem tentado desenvolver, mas sistematicamente tem falhado em conseguir. O ego transige com o tema do eterno exatamente como faz com todos os temas que, de alguma maneira, digam respeito à questão real. Passando a envolver-se com assuntos tangenciais, espera esconder a questão real e mantê-la fora da mente. A ocupação característica do ego com coisas que não são especiais é precisamente para esse propósito. As preocupações com problemas colocados para serem insolúveis são os instrumentos favoritos do ego para impedir o progresso do aprendizado. Em todas essas táticas diversivas há, porém, uma única questão que nunca é colocada por aqueles que as perseguem: “Para quê?” Essa é a questão que tu tens que aprender a colocar em relação a tudo. Qual é o propósito disso? Seja ele qual for, vai dirigir os teus esforços automaticamente. Quando tomas uma decisão em relação ao propósito, naquele momento tomaste uma decisão a respeito do teu esforço futuro, uma decisão que vai permanecer efetiva a não ser que mudes a tua mente.