quarta-feira, 8 de julho de 2015

Capítulo 16 - O PERDÃO DAS ILUSÕES 3. A recompensa do ensino

1. Nós já aprendemos que todas as pessoas ensinam e ensinam todo o tempo. Podes ter ensinado bem e, no entanto, ainda assim é possível que não tenhas aprendido como aceitar o consolo do teu ensinamento. Se considerares o que ensinaste e como isso é alheio ao que pensavas que conhecias, serás compelido a reconhecer que o teu Professor veio de além do teu sistema de pensamento. Portanto, Ele pôde olhá-lo de forma justa e percebê-lo como não sendo verdadeiro. Ele tem que ter feito isso com base em um sistema de pensamento muito diferente, que não tem nada em comum com o teu. Pois certamente, o que Ele tem ensinado e o que tu tens ensinado através Dele, nada tem em comum com o que ensinaste antes que Ele viesse. E os resultados foram trazer paz aonde havia dor e o sofrimento desapareceu para ser substituído pela alegria.

2. Podes ter ensinado a liberdade, mas não aprendeste como ser livre. Eu disse anteriormente: “Pelos seus frutos os conhecereis, e eles conhecerão a si mesmos”. Pois é certo que julgas a ti mesmo de acordo com o teu ensinamento. O ensino do ego produz resultados imediatos porque as suas decisões são imediatamente aceitas como sendo a tua escolha. E essa aceitação significa que estás disposto a julgar a ti mesmo de acordo com isso. Causa e efeito são muito claros no sistema de pensamento do ego, porque todo o teu aprendizado foi dirigido no sentido de estabelecer a relação entre eles. E não terias fé no que tão diligentemente ensinaste a ti mesmo a acreditar? No entanto, lembra-te do cuidado que despendeste na escolha das tuas testemunhas, evitando aquelas que falavam pela causa da verdade e de seus efeitos.

3. O fato de não teres aprendido o que ensinaste não te mostra que não percebes a Filiação como um só? Não te mostra, também, que tu não te consideras uno em ti mesmo? Pois é impossível ensinar com sucesso totalmente sem convicção e é igualmente impossível que a convicção esteja fora de ti. Nunca poderias ter ensinado a liberdade a não ser que acreditasses nela. E o que ensinaste não pode deixar de ter vindo de ti mesmo. Entretanto, esse Ser tu claramente não conheces e não O reconheces, mesmo que Ele funcione. O que funciona tem que estar presente. E só se negares o que Ele tem feito é que poderás negar a Sua presença.

4. Esse é um curso que te ensina como conhecer a ti mesmo. Tens ensinado o que tu és, mas não tens
permitido que o que és te ensine. Tens sido muito cuidadoso em evitar o óbvio e em não ver a relação
real de causa e efeito que é perfeitamente evidente. Entretanto, dentro de ti está tudo o que ensinaste. O que será isso que não aprendeu? Tem que ser essa parte que realmente está fora de ti, não por tua própria projeção, mas na verdade. E é essa parte, que levaste para dentro, que não és. O que aceitas em tua mente não a muda na realidade. Ilusões não são senão crenças no que não existe. E o aparente conflito entre verdade e ilusão só pode ser resolvido separando-te da ilusão e não da verdade.

5. O teu ensinamento já fez isso, pois o Espírito Santo é parte de ti. Criado por Deus, Ele não deixou a Deus nem a Sua criação. Ele é Deus e tu, assim como tu és Deus e Ele juntos. Pois a Resposta de Deus à separação adicionou mais a ti do que o que tentaste tirar. Ele protegeu a ambos, a ti e às tuas criações juntos, mantendo em unidade contigo o que querias excluir. E as tuas criações tomarão o lugar do que levaste para dentro de ti para substituí-las. Elas são muito reais, são parte do Ser que não conheces. Elas se comunicam contigo através do Espírito Santo e o seu poder e gratidão para contigo pela sua criação, elas oferecem com contentamento ao teu ensinamento de ti mesmo, que para elas é o lar onde habitam. Tu, que és o anfitrião de Deus, és também anfitrião para com elas. Pois nada do que é real jamais deixou a mente do seu criador. E o que não é real nunca esteve lá.

6. Tu não és dois “seres” em conflito. O que está além de Deus? Se tu, que O abraças e a quem Ele abraça são o universo, tudo o mais tem que estar fora, onde não há nada. Ensinaste isso e de muito longe no universo, embora não além de ti mesmo, as testemunhas do teu ensinamento se reuniram para ajudar- te a aprender. A sua gratidão uniu-se à tua e à de Deus para fortalecer a tua fé no que ensinaste. Pois o que ensinaste é verdadeiro. Sozinho, estás fora do teu ensinamento e à parte dele. Mas com elas não pode deixar de aprender que não ensinaste senão a ti mesmo e aprendeste da convicção que compartilhaste com elas.

7. Esse ano, começarás a aprender e tornarás o aprendizado proporcional ao ensino. Escolheste isso pela tua própria vontade de ensinar. Embora pareças ter sofrido por isso, a alegria de ensinar ainda será tua. Pois a alegria do ensino está no aprendiz que a oferece ao professor em gratidão e a compartilha com ele. Na mesma medida em que aprendes, a tua gratidão para com o teu Ser, Que te ensina o que Ele é, há de crescer e ajudar-te a honrá-Lo. E aprenderás o Seu poder, força e pureza e amá-Lo-ás como Seu Pai O ama. Seu Reino não tem limites nem tem fim e nada existe Nele que não seja perfeito e eterno. Tudo isso tu és e nada fora disso é o que tu és.

8. Ao teu Ser mais santo toda honra é devida pelo que és e pelo que é Aquele que te criou como tu és. Mais cedo ou mais tarde, todas as pessoas terão que fazer uma ponte sobre a brecha que imaginam existir entre os seus “seres”. Cada um constrói essa ponte, que o conduz através da brecha, assim que estiver disposto a fazer um pequeno esforço para atravessá-la. Seus pequenos esforços são poderosamente complementados pela força do Céu e pela vontade unida de todos os que fazem do Céu o que ele é, estando unidos dentro dele. Assim, aquele que quer fazer a travessia é literalmente transportado até lá.

9. A tua ponte está edificada com mais firmeza do que imaginas e o teu pé está firmemente plantado sobre ela. Não tenhas medo de que a atração daqueles que estão do outro lado e te esperam, não te impulsione para atravessares com segurança. Pois virás aonde queres estar e onde o teu Ser te espera.

terça-feira, 7 de julho de 2015

Capítulo 16 - O PERDÃO DAS ILUSÕES 2. O poder da santidade

1. Ainda podes pensar que é impossível compreender a santidade, porque não podes ver como ela pode ser estendida para incluir todas as pessoas. E te foi dito que ela tem que incluir todas as pessoas para ser santa. Não te preocupes com a extensão da santidade, pois não compreendes a natureza dos milagres. Nem és tu quem os faz. É a sua extensão, muito além dos limites que percebes, que demonstra que tu não os fazes. Por que deverias te preocupar com a forma pela qual o milagre se estende a toda a Filiação, quando não compreendes o milagre em si mesmo? Um atributo não é mais difícil de compreender do que o todo. Se os milagres existem de qualquer forma, os seus atributos têm que ser milagrosos, sendo parte deles.

2. Há uma tendência a fragmentar e depois a se preocupar com a verdade de apenas uma pequena parte do todo. E isso não passa de uma forma de evitares o todo ou de olhares para onde ele não está, para te concentrares naquilo que tu pensas que serias mais capaz de compreender. Pois essa não é senão mais uma forma através da qual ainda queres tentar manter a compreensão como algo que é só teu. Uma forma melhor e muito mais útil para pensar nos milagres é a seguinte: tu não os compreendes, nem em parte, nem no todo. No entanto, eles foram realizados através de ti. Portanto, a tua compreensão não pode ser necessária. Mesmo assim ainda é impossível realizar o que não podes compreender. E, portanto, tem que haver Algo em ti que, de fato, compreende.

3. Para ti o milagre não pode parecer natural, porque o que fizeste para ferir a tua mente faz com que ela seja tão anti-natural que não se lembra mais do que é natural para ela. E quando te é dito o que é natural, não és capaz de compreender. O reconhecimento da parte como todo e do todo em cada parte é perfeitamente natural, pois é assim que Deus pensa e o que é natural para Ele é natural para ti. A percepção totalmente natural iria te mostrar instantaneamente que a ordem de dificuldades em milagres é impossível, pois ela envolve uma contradição a respeito do que os milagres significam. E se pudesses compreender o seu significado, dificilmente os seus atributos poderiam causar-te perplexidade.

4. Tu fizeste milagres, mas é bastante evidente que não os fizeste sozinho. Tiveste sucesso todas as vezes em que alcançaste outra mente e te uniste a ela. Quando duas mentes se unem em uma só e compartilham igualmente uma idéia, foi estabelecido o primeiro elo na consciência da Filiação como um só. Quando tiveres feito essa união, como o Espírito Santo te pede que faças, e quando a tiveres oferecido a Ele para que Ele a use como achar adequado, a Sua percepção natural da tua dádiva permite que Ele a compreenda e que tu uses a Sua compreensão a teu favor. É impossível convencer-te da realidade do que claramente foi realizado através da tua disponibilidade enquanto acreditares que tens que compreender o que aconteceu ou não terá sido real.

5. Como é possível que a fé na realidade seja tua enquanto estás determinado a fazer com que ela seja irreal? E estarás, de fato, mais seguro mantendo a realidade das ilusões do que aceitando alegremente a verdade pelo que ela é e dando graças por ela? Honra a verdade que te foi dada e fica contente porque não a compreendes. Os milagres são naturais para Aquele Que fala por Deus. A Sua tarefa é traduzir o milagre no conhecimento que representa, o qual está escondido para ti. Permite que a Sua compreensão do milagre seja suficiente para ti e não voltes as costas para todas as testemunhas que Ele te deu da Sua realidade. 

6. Nenhuma evidência vai te convencer da verdade do que não queres. No entanto, o teu relacionamento com Ele é real. Não consideres isso com medo, mas com alegria. Aquele que chamaste está contigo. Dá-Lhe as boas-vindas e honra as testemunhas que te trazem as boas-novas de que Ele veio. É verdade, exatamente como temes, que reconhecê-Lo é negar tudo aquilo que pensas que conheces. Mas o que pensas que conheces nunca foi verdadeiro. Que benefício há para ti em prender-te a isso e negar a evidência da verdade? Pois chegaste por demais perto da verdade para renunciar a ela agora e vais te render à sua atração irresistível. Podes adiar isso agora, mas só por pouco tempo. O Anfitrião de Deus te chamou e tu ouviste. Nunca mais estarás totalmente disposto a não escutar.

7. Esse é um ano de alegria no qual a tua capacidade de escutar aumentará e a paz crescerá com isso. O poder da santidade e a fraqueza do ataque estão ambos sendo trazidos à tua consciência. E isso foi realizado em uma mente firmemente convencida de que a santidade é fraqueza e o ataque é poder. Não deveria isso ser um milagre suficiente para te ensinar que o teu Professor não vem de ti? Mas lembra-te também de que sempre que ouviste a Sua interpretação, os resultados te trouxeram alegria. Irias preferir os resultados da tua interpretação, considerando com honestidade o que têm sido? A Vontade de Deus para ti é algo melhor. Não poderias olhar com maior caridade a quem Deus ama com perfeito amor?

8. Não interpretes contra o Amor de Deus, pois tens muitas testemunhas que falam dele com tanta clareza que só os cegos e os surdos poderiam deixar de vê-las e ouvi-las. Esse ano determina-te a não negar o que te foi dado por Deus. Desperta e compartilha o que te foi dado, pois essa é a única razão pela qual Ele te chamou. A Sua Voz tem falado claramente e, no entanto, tens tão pouca fé no que ouviste porque preferiste depositar mais fé no desastre que fizeste. Hoje, vamos nos resolver juntos a aceitar as boas-novas de que o desastre não é real e de que a realidade não é desastre. A realidade é certa e segura e totalmente benigna para com todas as pessoas e para com todas as coisas. Não existe amor maior do que aceitar isso e ficar contente. Pois o amor só pede que sejas feliz e te dará tudo o que faz a felicidade.

9. Nunca entregaste ao Espírito Santo nenhum problema que Ele não tenha resolvido para ti e nem jamais o farás. Nunca tentaste resolver sozinho coisa alguma que tivesse sucesso. Não é tempo de juntares estes fatos e extraíres deles algum sentido? Esse é o ano para a aplicação das idéias que te foram dadas. Pois as idéias são forças poderosas para serem usadas e não para serem mantidas em vão. Elas já te provaram suficientemente o seu poder para que deposites nelas a tua fé e não em negá-las. Esse ano, investe na verdade e deixa que ela trabalhe em paz. Tem fé Naquele Que tem fé em ti. Pensa no que realmente viste e ouviste e o reconheças. É possível estares sozinho com testemunhas como estas?

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Capítulo 16 - O PERDÃO DAS ILUSÕES. 1 - A verdadeira empatia

1. Sentir empatia não significa unir-te em sofrimento, pois é isto o que tens que te recusar a compreen-der. Essa é a interpretação do ego acerca da empatia e sempre é usada para formar um relacionamento especial, no qual se compartilha o sofrimento. A capacidade de sentir empatia é muito útil para o Espí-rito Santo, desde que permitas que Ele a use a Seu modo. Seu modo é muito diferente. Ele não compre-ende o sofrimento e quer que ensines que o sofrimento não é compreensível. Quando Ele se relaciona através de ti, não se relaciona através do teu ego com outro ego. O Espírito Santo não se une à dor, compreendendo que a cura da dor não se dá através de tentativas delusórias de entrar nela e aliviá-la por compartilhar a delusão.

2. A prova mais clara de que a empatia, como o ego a usa, é destrutiva está no fato de que só é aplicada a determinados tipos de problemas e a determinados tipos de pessoas. Ele os seleciona e se une a eles. E nunca se une a não ser com o intuito de fortalecer a si mesmo. Tendo se identificado com aquilo que pensa que compreende, o ego vê a si mesmo e quer aumentar a si mesmo compartilhando o que é como ele. Não cometas nenhum equívoco acerca dessa manobra: sempre que o ego sente empatia o faz para enfraquecer e enfraquecer é sempre atacar. Tu não conheces o significado da empatia. Entretanto, de uma coisa podes estar certo: se apenas te sentares serenamente à parte e deixares que o Espírito Santo se relacione através de ti, terás empatia com força e ganharás em força, não em fraqueza.

3. A tua parte é apenas a de lembrar-te disso: não queres que nada do que valorizas venha a ti através de um relacionamento. Não escolhes feri-lo nem curá-lo ao teu próprio modo. Não sabes o que é a cura. Tudo o que aprendeste acerca da empatia vem do passado. E não há nada do passado que queiras com-partilhar, pois não há nada do passado que queiras guardar. Não uses a empatia para fazer com que o passado seja real e assim perpetuá-lo. Deixa-te ficar gentilmente de lado e permite que a cura seja reali-zada para ti. Mantém em mente apenas um único pensamento e não o percas de vista, por mais que se-jas tentado a julgar uma situação qualquer e a determinar a tua reação por julgá-la. Concentra a tua mente apenas nisso:
Eu não estou só e não iria impor o passado a meu Hóspede.
Eu O convidei e Ele está aqui. Eu não preciso fazer nada, exceto não interferir.

4. A verdadeira empatia é Daquele Que tem o conhecimento do que ela é. Aprenderás a Sua interpreta-ção da empatia se permitires que Ele use a tua capacidade para a força e não para a fraqueza. Ele não irá abandonar-te, mas certifica-te de que tu não o abandonarás. A humildade é força apenas nesse senti-do: reconhecer e aceitar o fato de que tu não sabes, é reconhecer e aceitar o fato de que Ele sabe. Não estás certo de que Ele fará a Sua parte, porque nunca fizeste, até agora, a tua completamente. Não po-des saber como responder ao que não compreendes. Não sejas tentado nisso e não cedas ao uso triunfal que o ego faz da empatia para a sua própria glória.

5. O triunfo da fraqueza não é o que queres oferecer a um irmão. E, no entanto, não reconheces nenhum triunfo exceto esse. Isso não é conhecimento e a forma de empatia que acarretaria isso é tão deformada que aprisionaria aquilo que quer liberar. Os não redimidos não podem redimir, no entanto, têm um Re-dentor. Não tentes ensiná-Lo. Tu és o aprendiz, Ele o Professor. Não confundas o teu papel com o Seu, pois isso nunca trará paz a ninguém. Oferece a tua empatia a Ele, pois é a Sua percepção e a Sua força que queres compartilhar. E deixa que Ele te ofereça a Sua força e a Sua percepção para serem comparti-lhadas através de ti.

6. O significado do amor se perde em qualquer relacionamento que procure a fraqueza e espere lá achar o amor. O poder do amor, que é o significado do relacionamento, está na força de Deus que paira sobre ele e o abençoa silenciosamente, envolvendo-o nas asas da cura. Deixa que assim seja e não tentes substituir isso pelo teu “milagre”. Eu disse que se um irmão te pede para fazeres alguma coisa tola, que a faças. Mas estejas certo de que isso não significa fazer alguma coisa tola que vá ferir a ele ou a ti, pois o que ferisse um, feriria ao outro. Os pedidos tolos são tolos simplesmente porque conflitam, já que sempre contêm algum elemento de especialismo. Só o Espírito Santo reconhece as necessidades tolas assim como as reais. E Ele te ensinará como satisfazer a ambas, sem perder nenhuma delas.

7. Tu tentarás fazer isso só em segredo. E pensarás que, ao satisfazer as necessidades de uma, não com-prometerás a outra, porque as manténs separadas e secretas. Esse não é o caminho, pois não leva à vida e à verdade. Nenhuma necessidade ficará por muito tempo sem ser satisfeita se as deixares todas Àque-le Cuja função é satisfazê-las. Essa é a Sua função, não a tua. Ele não as satisfará secretamente, pois quer compartilhar tudo o que dás através Dele. É por isso que Ele dá. O que dás através Dele é para toda a Filiação não apenas para uma parte dela. Deixa a Ele a função que Lhe pertence, pois Ele a cum-prirá se apenas Lhe pedires que entre em teus relacionamentos e os abençoe para ti.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Capítulo 15 – O INSTANTE SANTO 11. O Natal como o fim do sacrifício

1. Não tenhas medo de reconhecer que toda a idéia de sacrifício foi feita só por ti. E não busques segurança tentando proteger-te do lugar onde essa idéia não está. Os teus irmãos e o teu Pai tornaram-se muito amedrontadores para ti. E queres barganhar com eles por uns poucos relacionamentos especiais, nos quais pensas ver alguns restos de segurança. Não tentes mais manter à parte os teus pensamentos e o Pensamento que te foi dado. Quando são reunidos e percebidos onde estão, a escolha entre eles não é nada além de um gentil despertar e é tão simples como abrir os olhos à luz do dia, quando não tens mais necessidade de sono.

2. O sinal do Natal é uma estrela, uma luz na escuridão. Não a vejas fora de ti, mas brilhando no Céu interior e aceita-a como o sinal de que o tempo de Cristo veio. Ele vem sem nada exigir. Ele não pede nenhum sacrifício de ninguém. Na Presença de Cristo, toda a idéia de sacrifício perde qualquer significado. Pois Ele é o Anfitrião de Deus. E tu só precisas convidá-Lo em Quem já está presente, reconhecendo que o Seu Anfitrião é Um só e nenhum pensamento alheio à Sua Unicidade pode habitar com Ele. O amor tem que ser total para dar boas-vindas a Ele, pois a Presença da santidade cria a santidade que a cerca. Nenhum medo e capaz de afetar o Anfitrião Que embala Deus no tempo de Cristo, pois o Anfitrião é tão santo quanto a Perfeita Inocência que Ele protege e Cujo poder O protege.

3. Nesse Natal, dá ao Espírito Santo tudo o que iria ferir-te. Deixa que sejas completamente curado, de modo que possas unir-te a Ele na cura e festejemos nossa liberação juntos, liberando todas as pessoas conosco. Não deixes nada para trás, pois a liberação é total e quando a tiveres aceito comigo, tu a darás comigo. Toda dor, todo sacrifício e toda pequenez desaparecerão em nosso relacionamento, que é tão inocente e tão poderoso quanto o nosso relacionamento com o nosso Pai. A dor nos será trazida e desaparecerá na nossa presença e sem dor não pode haver sacrifício. E sem sacrifício, tem que haver amor.

4. Tu, que acreditas que o sacrifício e amor, precisas aprender que o sacrifício é a separação do amor. Pois o sacrifício traz culpa com tanta certeza quanto o amor traz paz. A culpa é a condição do sacrifício, assim como a paz é a condição para a conscientização do teu relacionamento com Deus. Através da culpa, excluis o teu Pai e os teus irmãos de ti mesmo. Através da paz, os chamas de volta, reconhecendo que eles estão onde o teu convite lhes pede para estar. Aquilo que excluis de ti mesmo parece amedrontador, porque o medo é o dote que tu lhe dás e tentas marginalizá-lo, embora seja parte de ti. Quem é capaz de perceber uma parte sua como indigna e ainda assim viver em paz consigo mesmo? E quem é capaz de tentar resolver o "conflito" do Céu e do inferno dentro de si, rejeitando o Céu e atribuindo a Ele as qualidades do inferno, sem vivenciar a si mesmo como incompleto e solitário?

5. Enquanto perceberes o corpo como a tua realidade, vais perceber a ti mesmo como solitário e destituído. E, enquanto isso durar, também vais perceber a ti mesmo como vítima de sacrifício, justificado em sacrificar a outros. Pois quem poderia deixar de lado o Céu e o seu próprio Criador sem um sentido de sacrifício e de perda? E quem poderia sofrer sacrifício e perda sem tentar restaurar-se? No entanto, como poderia realizar isso por si mesmo, quando a base das suas tentativas é a crença na realidade da privação? A privação gera o ataque, sendo a crença em que o ataque é justificado. E enquanto queres reter a privação, o ataque vem a ser salvação e o sacrifício vem a ser amor.

6. É assim que, em toda a tua busca de amor, na verdade buscas o sacrifício e o achas. E, no entanto, não achas o amor. É impossível negar o que é o amor e ainda reconhecê-lo. O significado do amor está no que colocaste fora de ti e ele não tem nenhum significado à parte de ti. É o que preferes guardar que não tem significado, enquanto tudo que queres manter longe de ti retém todo o significado do universo e mantém o universo unido em seu significado. A menos que o universo esteja unido em ti, ele estará separado de Deus e ser sem Ele é ser sem significado.

7. No instante santo, a condição do amor é satisfeita pois as mentes estão unidas sem a interferência dos corpos e onde há comunicação, há paz. O Príncipe da Paz nasceu para restabelecer a condição do amor, ensinando que a comunicação permanece ininterrupta mesmo se o corpo é destruído, desde que não vejas o corpo como o meio necessário para a comunicação. E se compreendes essa lição, vais reconhecer que sacrificar o corpo é não sacrificar nada e a comunicação, que tem que ser da mente, não pode ser sacrificada. Onde está, então, o sacrifício? A lição que eu nasci para ensinar e ainda quero ensinar a todos os meus irmãos é que o sacrifício não está em parte alguma e o amor está em toda parte. Pois a comunicação tudo abrange e na paz que ela restabelece, o amor vem por si mesmo.

8. Não deixes nenhum desespero escurecer a alegria do Natal, pois o tempo de Cristo não tem significado à margem da alegria. Vamos nos unir na celebração da paz, sem pedir sacrifício algum de pessoa alguma, pois assim me ofereces o amor que eu te ofereço. O que pode trazer mais alegria do que perceber que não estamos privados de nada? Tal é a mensagem do tempo de Cristo, que eu te dou, de forma que possas dá  la e devolvê-la ao Pai, Que a deu a mim. Pois no tempo de Cristo a comunicação é restaurada e Ele une-Se a nós na celebração da criação de Seu Filho.

9. Deus oferece gratidão ao anfitrião santo que quer recebê-Lo e que O deixa entrar e habitar onde Ele quer estar. E pelas tuas boas-vindas Ele também te dá boas-vindas em Si Mesmo, pois o que está contido em ti, que Lhe dás boas-vindas, é devolvido a Ele. E nós apenas celebramos a Sua Integridade quando damos boas-vindas a Ele em nós mesmos. Aqueles que recebem o Pai são um com Ele, sendo anfitriões para com Aquele Que os criou. E por permitir que Ele entre, a lembrança do Pai entra com Ele e com Ele aqueles que O recebem se lembram do único relacionamento que jamais tiveram e jamais querem ter.

10. Esse é o tempo em que logo um novo ano nascerá do tempo de Cristo. Eu tenho fé perfeita em ti, no sentido de que farás tudo o que queres realizar. Nada estará faltando e tu farás com que seja completo e não destruirás. Dize, então, ao teu irmão:

Eu te dou ao Espírito Santo como parte de mim mesmo.
Eu sei que serás liberado, a não ser que eu queira usar-te para me aprisionar.
Em nome da minha liberdade eu escolho a tua liberação, porque reconheço que nós seremos liberados
juntos. 

Assim começará o ano em alegria e liberdade. Há muito a fazer e nós temos estado muito atrasados. Aceita o instante santo enquanto esse ano nasce e toma o teu lugar, por tanto tempo vago, no Grande Despertar. Faze com que esse ano seja diferente fazendo com que tudo seja o mesmo. E permite que todos os teus relacionamentos sejam santificados para ti. Essa é a nossa vontade. Amém.

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Capítulo 15 – O INSTANTE SANTO 10. O tempo do renascimento

1. Está em teu poder, no tempo, atrasar a união perfeita do Pai e do Filho. Pois nesse mundo a atração da culpa, de fato, se interpõe entre eles. Nem o tempo nem a estação do ano significam coisa alguma na eternidade. Mas aqui é função do Espírito Santo usar ambos, embora não da maneira como o ego os usa. Essa é a estação em que celebrarias o meu nascimento no mundo. No entanto, não sabes como fazê-lo. Deixa que o Espírito Santo te ensine e permite que eu celebre o teu nascimento através Dele. A única dádiva que eu posso aceitar de ti é a dádiva que eu te dei. Libera-me como eu escolho a tua própria liberação. O tempo de Cristo nós celebramos juntos, pois ele não tem significado se estivermos separados.

2. O instante santo é verdadeiramente o tempo de Cristo. Nesse instante de liberação, nenhuma culpa é colocada sobre o Filho de Deus e seu poder ilimitado lhe é assim restaurado. Que outra dádiva podes me oferecer, quando eu escolho apenas isso para te oferecer? E ver a mim é ver-me em todas as pessoas e oferecer a todos a dádiva que ofereceste a mim. Sou tão incapaz de receber qualquer sacrifício quanto Deus e todo sacrifício que pedes a ti mesmo, pedes a mim. Aprende agora que qualquer espécie de sacrifício não é senão uma limitação imposta ao dar. E através dessa limitação, limitaste a aceitação da dádiva que eu te ofereço.

3. Nós, que somos um, não podemos dar separadamente. Quando estiveres disposto a aceitar o nosso relacionamento como real, a culpa não exercerá nenhuma atração sobre ti. Pois em nossa união, aceitarás todos os nossos irmãos. A dádiva da união é a única dádiva que eu nasci para dar. Dá a mim essa dádiva de forma que tu a possas ter. O tempo de Cristo é o tempo indicado para a dádiva da liberdade, oferecida a todas as pessoas. E através da tua aceitação, tu a estás oferecendo a todos.

4. Está em teu poder tornar santa essa estação, pois está em teu poder fazer com que o tempo de Cristo seja agora. É possível fazer isso tudo imediatamente, pois não existe senão um deslocamento de percepção que é necessário, já que cometeste apenas um equívoco. Parecem muitos, mas todos são o mesmo. Pois embora o ego tome muitas formas, é sempre a mesma idéia. O que não é amor, é sempre medo e nada mais.

5. Não é necessário seguir o medo por todas as rotas tortuosas pelas quais ele se enterra sob o solo e se esconde na escuridão, para emergir em formas bastante diferentes do que é. No entanto, é necessário examinar cada uma delas enquanto queres reter o princípio que governa a todas. Quando estás disposto a considerá-las não separadamente, mas como manifestações diferentes da mesma idéia, idéia essa que não queres, elas desaparecem juntas. A idéia é simplesmente essa: acreditas que é possível ser anfitrião do ego ou refém de Deus. Essa é a escolha que pensas ter e a decisão que acreditas ter que tomar. Não vês outras alternativas, pois não podes aceitar o fato de que o sacrifício não compra nada. O sacrifício é tão essencial ao teu sistema de pensamento, que a salvação à parte do sacrifício não significa nada para ti. A tua confusão entre sacrifício e amor é tão profunda que não consegues conceber amor sem sacrifício. E é para isso que tens que olhar: o sacrifício é ataque e não amor. Se aceitasses apenas essa única idéia, o teu medo do amor desapareceria. A culpa não pode durar quando a idéia do sacrifício tiver sido removida. Pois se existe sacrifício, alguém tem que pagar e alguém tem que ganhar. E a única questão que permanece é a de saber qual é o preço e para ganhar o quê.

6. Como anfitrião do ego, acreditas que podes descartar a tua culpa sempre que o quiseres e dessa forma adquirir a paz. E o pagamento não parece ser feito por ti. Embora seja óbvio que o ego exige um pagamento, nunca parece exigi-lo de ti. Não estás disposto a reconhecer que o ego, que convidaste, só é traiçoeiro para com aqueles que pensam ser seus anfitriões. O ego jamais permitirá que percebas isso, já que esse reconhecimento o deixaria sem lar. Pois quando o reconhecimento despontar com clareza, não serás iludido por nenhuma forma que o ego tome para se proteger da tua vista. Cada forma será reconhecida como apenas uma capa para a idéia única que está escondida atrás de todas elas: que o amor exige sacrifício e é, portanto, inseparável do ataque e do medo. E que a culpa é o preço do amor, que tem que ser pago pelo medo.

7. Como Deus veio a ser amedrontador para ti assim e que imenso sacrifício acreditas que o Amor de Deus exige! Pois o amor total exigiria sacrifício total. E assim o ego parece exigir menos de ti do que Deus e dos dois, o ego é julgado como o menor de dois males, um a ser um pouco temido, talvez, mas o outro a ser destruído. Pois vês o amor como destrutivo e a tua única questão é: quem deve ser destruído, tu ou um outro? Buscas responder essa questão nos teus relacionamentos especiais, nos quais pareces ser ambos, destruidor e em parte destruído, mas nunca os dois completamente. E pensas que isso te salva de Deus, Cujo Amor total te destruiria completamente.

8. Pensas que todas as pessoas fora de ti exigem o teu sacrifício, mas não vês que só tu exiges sacrifício e só de ti mesmo. No entanto, a exigência de sacrifício é tão selvagem e tão amedrontadora que não podes aceitá-la onde ela está. O preço real da não aceitação disso tem sido tão grande que preferiste desistir de Deus ao invés de olhar para isso. Pois, se Deus exigiria de ti o sacrifício total, parece mais seguro projetá-lo para fora e para longe de ti e não ser anfitrião para com Ele. Atribuíste a Ele a traição do ego, convidando o ego para tomar o Seu lugar para proteger-te Dele. E não reconheces que é aquilo que convidaste a entrar que quer destruir-te e que, de fato, exige de ti o sacrifício total. Nenhum sacrifício parcial aplacará esse hóspede selvagem, pois ele é um invasor que apenas aparenta oferecer benignidade, mas sempre para fazer com que o sacrifício seja completo.

9. Não terás sucesso sendo hóspede parcial do ego, pois ele não faz barganhas e nada te deixará. E também não podes ser seu anfitrião apenas em parte. Tens que escolher entre a liberdade total e o cativeiro total, pois não existem alternativas além dessas. Tentaste fazer muitas transigências na tentativa de evitar reconhecer a única decisão que tens que tomar. E no entanto, é o reconhecimento da decisão, exatamente como ela é, que faz com que a decisão seja tão fácil. A salvação é simples sendo de Deus e, portanto, muito fácil de compreender. Não tentes projetá-la a partir de ti mesmo e vê-la fora de ti. Em ti estão ambas, a pergunta e a resposta, a exigência do sacrifício e a paz de Deus.

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Capítulo 15 – O INSTANTE SANTO 9. O instante santo e a atração de Deus

1. Assim como o ego quer limitar a tua percepção dos teus irmãos ao corpo, do mesmo modo o Espírito Santo quer liberar a tua visão e te deixar ver os Grandes Raios brilhantes que deles emanam de forma tão ilimitada que alcançam a Deus. E esse deslocamento para a visão que é realizado no instante santo. No entanto, é necessário que aprendas exatamente o que esse deslocamento acarreta de forma que venhas a estar disposto a fazer com que ele seja permanente. Dada essa disponibilidade, ele não te deixará, pois é permanente. Uma vez que o tiveres aceito como a única percepção que queres, ele é traduzido em conhecimento pela parte que o próprio Deus desempenha na Expiação, pois é o único passo nela que Ele compreende. Portanto, nisso não haverá demora assim que estiveres pronto. Deus está pronto agora, mas tu não estás.

2. Nossa tarefa não é senão a de continuar, tão rapidamente quanto possível, o processo necessário de olhar diretamente para toda interferência e vê-la tal como é. Pois é impossível reconhecer como totalmente sem gratificação aquilo que pensas que queres. O corpo é o símbolo do ego, assim como o ego é o símbolo da separação. E ambos não são mais do que tentativas de limitar a comunicação e assim fazer com que ela seja impossível. Pois a comunicação tem que ser ilimitada de modo a ter significado e, privada de significado, ela não te satisfará completamente. No entanto, continua sendo o único meio pelo qual podes estabelecer relacionamentos reais, que não têm limites, tendo sido estabelecidos por Deus.

3. No instante santo, onde os Grandes Raios substituem o corpo na consciência, o reconhecimento dos relacionamentos sem limites te é dado. Mas para ver isso, é necessário abrir mão de toda utilidade que o   ego dá ao corpo e aceitar o fato de que o ego não tem nenhum propósito que queiras compartilhar com ele. Pois o ego quer limitar todas as pessoas a um corpo para os seus próprios propósitos e enquanto pensas que ele tem um propósito, escolherás usar os meios pelos quais ele tenta transformar o próprio propósito em realização. Isso nunca será realizado. No entanto, terás certamente reconhecido que o ego, cujas metas são totalmente inatingíveis, lutará por elas com todo o seu poder e fará isso com a força que tu lhe tens dado.

4. É impossível dividir a tua força entre Céu e inferno, Deus e o ego e liberar o teu poder para a criação, que é o único propósito para o qual ele te foi dado. O amor quer sempre dar mais. Limites são exigidos pelo ego e representam as suas exigências de tornar pequeno e sem efeito. Limita o que vês de um irmão ao corpo, o que farás enquanto não o liberares do corpo, e terás negado a sua dádiva a ti. O seu corpo não a pode dar. E não a busques através do teu. No entanto, as vossas mentes já são contínuas e a única coisa necessária é que a essa união seja aceita para que a solidão no Céu tenha desaparecido.

5. Se apenas permitisses ao Espírito Santo que Ele te falasse do Amor de Deus por ti e da necessidade que têm as tuas criações de estar contigo para sempre, experimentarias a atração do eterno. Ninguém pode ouvi-Lo falar sobre isso e continuar por muito tempo disposto a pairar por aqui. Pois é tua vontade estar no Céu, onde és completo e sereno, em relacionamentos tão seguros e amorosos que qualquer limite é impossível. Não queres trocar os teus pequenos relacionamentos por isso? Pois o corpo é pequeno e limitado e só aqueles que queres ver sem os limites que o ego lhes impõe são capazes de te oferecer a dádiva da liberdade.

6. Não podes conceber os limites que traçaste para a tua percepção e não tens nenhuma idéia de toda a beleza que poderias ver. Mas disso precisas lembrar: a atração da culpa se opõe à atração de Deus. A atração de Deus por ti permanece ilimitada, mas porque o teu poder, sendo Dele, é tão grande quanto o Dele, tu podes afastar-te do amor. Aquilo que investes na culpa, retiras de Deus. E a tua vista vem a ser fraca e tênue e limitada, pois tens tentado separar o Pai do Filho e limitar a comunicação entre eles. Não busques a Expiação em maior separação. E não limites a tua visão do Filho de Deus àquilo que interfere com a sua liberação e que o Espírito Santo tem que desfazer para libertá-lo. Pois a sua crença em limites, de fato, o aprisionou.

7. Quando o corpo deixa de atrair-te e quando não conferes nenhum valor a ele como meio de conseguires o que quer que seja, então não haverá interferência na comunicação e os teus pensamentos serão tão livres quanto os de Deus. À medida em que permites que o Espírito Santo te ensine como usar o corpo só para propósitos de comunicação e renuncias a usá-lo segundo os fins que o ego vê para ele, que são a separação e o ataque, aprenderás que não tens absolutamente nenhuma necessidade de um corpo. No instante santo, não há corpos e vivencias apenas a atração de Deus. Aceitando-a sem divisões, tu te unes a Ele totalmente em um instante, pois não queres colocar nenhum limite na tua união com Ele. A realidade deste relacionamento vem a ser a única verdade que jamais poderias querer. Toda a verdade está aqui.

CAPÍTULO 15 - O INSTANTE SANTO 8. O único relacionamento real

1. O instante santo não substitui a necessidade do aprendizado, pois o Espírito Santo tem que continuar sendo o teu Professor enquanto o instante santo não se estender para muito além do tempo. Em um trabalho de ensino tal como o Seu, Ele tem que usar tudo nesse mundo para a tua liberação. Ele precisa aliar-Se com qualquer sinal ou indício da tua disponibilidade para aprender com Ele o que a verdade não pode deixar de ser. Ele é ágil em usar qualquer coisa que Lhe ofereças em favor disso. Sua preocupação e cuidado para contigo não tem limites. Diante do teu medo do perdão, que Ele percebe com tanta clareza quanto tem conhecimento de que o perdão é liberação, Ele irá ensinar-te a lembrar que o perdão não é perda, mas a tua salvação. E que no perdão completo, no qual reconheces que não há nada a perdoar, és completamente absolvido.  

2. Ouve-O com contentamento e aprende com Ele que não tens qualquer necessidade de relacionamentos especiais. Apenas buscas neles aquilo que jogaste fora. E através deles nunca aprenderás o valor do que deixaste de lado, mas ainda desejas com todo o teu coração. Vamos nos unir para fazer do instante santo tudo o que existe, desejando que ele seja tudo o que existe. O Filho de Deus tem tamanha necessidade da tua disponibilidade para te esforçares por isso, que não podes conceber uma necessidade tão grande. Contempla a única necessidade que Deus e o Seu Filho compartilham e querem satisfazer juntos. Não estás sozinho nisso. A vontade das tuas criações te chama para compartilhares a tua vontade com elas. Volta-te, então, em paz, da culpa para Deus e para elas.

3. Relaciona-te só com aquilo que nunca te deixará e que nunca poderás deixar. A solidão do Filho de Deus é a solidão de seu Pai. Não recuses a consciência da tua completeza e não busques restaurá-la para ti mesmo. Não tenhas medo de entregar a redenção ao Amor do teu Redentor. Ele não te falhará, pois Ele vem Daquele Que não pode falhar. Aceita o teu sentimento de fracasso como nada mais do que um engano a respeito de quem és. Pois o santo anfitrião de Deus está além do fracasso e nada do que é sua vontade pode ser negado. Estás para sempre em um relacionamento tão santo que ele chama todas as pessoas para escapar da solidão e unirem-se a ti no teu amor. E onde estás, lá todos têm que buscar e achar-te.

4. Pensa apenas um instante nisso: Deus te deu a Filiação para assegurar a tua criação perfeita. Essa foi  Sua dádiva, pois como Ele não Se recusou a ti, não te recusou a Sua criação. Tudo o que jamais foi criado é teu. Os teus relacionamentos são com o universo. E esse universo, sendo de Deus, está muito além da ínfima soma de todos os corpos separados que percebes. Pois todas as suas partes estão unidas em Deus através de Cristo, onde vêm a ser como seu Pai. Cristo não conhece separação em relação ao Pai, Que é o Seu único relacionamento, no qual Ele dá assim como o Pai dá a Ele.

5. O Espírito Santo é a tentativa de Deus de libertar-te daquilo que Ele não compreende. E devido à Fonte da tentativa, ela terá sucesso. O Espírito Santo te pede para responder como Deus responde, pois Ele quer ensinar-te o que não compreendes. Deus quer responder a cada necessidade, qualquer que seja a forma que ela tome. E assim Ele mantém esse canal aberto para receber a comunicação Dele a ti e a tua a Ele. Deus não compreende o teu problema de comunicação, porque Ele não o compartilha contigo. Só tu acreditas que esse problema é compreensível. O Espírito Santo sabe que não é compreensível e, no entanto, Ele o compreende porque tu o fizeste.

6. Apenas no Espírito Santo está a consciência daquilo que Deus não pode conhecer e que tu não compreendes. E a Sua função santa aceitar ambas essas coisas e através da remoção de qualquer elemento de desacordo, uni-las em uma só. Ele fará isso porque é a Sua função. Deixa, então, aquilo que para ti parece impossível para Ele Que sabe que isso não pode deixar de ser possível, porque essa é a Vontade de Deus. E deixa que Ele, Cujo ensinamento é apenas de Deus, te ensine o único significado dos relacionamentos. Pois Deus criou o único relacionamento que tem significado e esse é o Seu relacionamento contigo.