segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Capítulo 19 - ALCANÇAR A PAZ 4. Os obstáculos à paz

1. À medida que a paz se estende do fundo de ti para abraçar toda a Filiação e lhe dar descanso, ela encontrará muitos obstáculos. Alguns deles tu tentarás impor. Outros parecerão surgir de algum outro lugar: dos teus irmãos e de vários aspectos do mundo exterior. No entanto, a paz gentilmente irá cobrilos, estendendo-se para o que vem depois completamente desobstruída. A extensão do propósito do Espírito Santo para outras pessoas, a partir do teu relacionamento para trazê-las gentilmente a ele é o caminho através do qual Ele alinhará os meios e a meta. A paz que Ele deposita dentro de ti e do teu irmão estender-se-á em quietude a cada aspecto da vossa vida, cercando a ti e ao teu irmão de felicidade radiante e da calma consciência da proteção completa. E vós carregareis sua mensagem de amor, segurança e liberdade a cada um que se aconchegue no vosso templo, onde a cura espera por ele. Vós não esperareis para dar-lhe isso, pois o chamarão e ele vos responderá, reconhecendo no vosso chamado o Chamado por Deus. E vós o fareis entrar e dareis descanso a ele como vos foi dado.

2. Tudo isso tu farás. Entretanto, a paz, que já está profundamente, dentro de ti, em primeiro lugar tem que se expandir e fluir através dos obstáculos que colocaste diante dela. Isso tu farás, pois nada do que é empreendido com o Espírito Santo é deixado por terminar. De fato, não podes estar certo de coisa alguma que vejas fora de ti, mas disso podes estar certo: o Espírito Santo pede que Lhe ofereças um lugar de descanso, aonde tu descansarás Nele. Ele te respondeu e entrou no teu relacionamento. Não queres retribuir agora a amabilidade do Espírito Santo e entrar em um relacionamento com Ele? Pois foi Ele Que ofereceu ao teu relacionamento a dádiva da santidade, sem a qual teria sido para sempre impossível apreciar o teu irmão.

3. A gratidão que deves a Ele, Ele só pede que a recebas por Ele. E quando olhas com gentil amabilidade para o teu irmão, estás contemplando a Ele. Pois estás olhando para o lugar onde Ele está e não para o que está à parte Dele. Tu não podes ver o Espírito Santo, mas podes ver os teus irmãos verdadeiramente. E a luz nos teus irmãos vai te mostrar tudo o que precisas ver. Quando a paz em ti tiver sido estendida para abranger todas as pessoas, a função do Espírito Santo aqui terá sido realizada. Existirá, então, alguma necessidade de ver o que quer que seja? Quando o próprio Deus tiver dado o último passo, o Espírito Santo reunirá todos os agradecimentos e toda a gratidão que Lhe tiveres oferecido e os depositará gentilmente diante do Seu Criador, em nome de Seu Filho santíssimo. E o Pai os aceitará em Seu Nome. Que necessidade poderia existir de ver o que quer que seja na presença da Sua gratidão?


segunda-feira, 24 de agosto de 2015

19 . A. O primeiro obstáculo: o desejo de ficar livre da paz

1. O primeiro obstáculo através do qual a paz tem que fluir é o teu desejo de ficar livre dela. Pois ela não pode se estender a não ser que tu a conserves. És o centro a partir do qual ela se irradia para fora, para chamar os outros para dentro. És a sua casa, a sua morada tranqüila a partir da qual ela alcança gentilmente o exterior, mas sem jamais te deixar. Se queres deixá-la sem lar, como poderia ela habitar dentro do Filho de Deus? Se ela quer se espalhar por toda a criação, tem que começar contigo e a partir de ti atingir todo aquele que chama e levar-lhe o descanso através da união contigo.

2. Por que irias querer que a paz ficasse sem lar? O que pensas que ela tem que deixar de ter para habitar contigo? Qual parece ser o preço que não estás disposto a pagar? A pequena barreira de areia ainda se ergue entre tu e o teu irmão. Tu a queres reforçar agora? Não te é pedido que a abandones só para ti mesmo. Cristo te pede isso para Ele Mesmo. Ele quer trazer a paz a todas as pessoas e como pode Ele fazê-lo exceto através de ti? Permitirias que um pequeno muro de areia, uma parede de pó, uma diminuta barreira aparente ficasse entre os teus irmãos e a salvação? E no entanto, esse pequeno resquício de ataque que ainda valorizas contra o teu irmão é o primeiro obstáculo que a paz em ti encontra no seu caminho. Essa pequena parede de ódio ainda quer se opor à Vontade de Deus e mantê-la limitada. 

3. O propósito do Espírito Santo descansa em paz dentro de ti. No entanto, ainda não estás disposto a deixar que ele se una a ti totalmente. Ainda te opões à Vontade de Deus, apenas um pouco. E esse pouco é um limite que queres impor ao todo. A Vontade de Deus é uma, não muitas. Não há oposição a ela, pois não há nenhuma outra além dela. Aquilo que ainda queres guardar por trás da tua pequena barreira e manter separado do teu irmão parece mais poderoso do que o universo, pois quer deter o universo e o seu Criador. Essa pequena parede quer esconder o propósito do Céu e mantê-lo fora do Céu.

4. Empurrarias a salvação para longe daquele que dá a salvação? Pois foi isso o que vieste a ser. A paz não poderia se afastar de ti assim como não poderia se afastar de Deus. Não tenhas medo desse pequeno obstáculo. Ele não pode conter a Vontade de Deus. A paz fluirá através dele e unir-se-á a ti sem impedimentos. A salvação não pode ser mantida longe de ti. Ela é o teu propósito. Não podes escolher à parte disso. Não tens nenhum propósito à parte do teu irmão nem à parte daquele que pediste ao Espírito Santo para compartilhar contigo. A pequena parede cairá quietamente sob as asas da paz. Pois a paz enviará os seus mensageiros a partir de ti a todo o mundo e as barreiras cairão diante da sua vinda com tanta facilidade quanto serão superadas aquelas que tu interpuseste.

5. Vencer o mundo não é mais difícil do que superar a tua pequena parede. Pois no milagre do teu relacionamento santo, sem essa barreira, todos os milagres estão contidos. Não há ordem de dificuldades em milagres, pois todos são o mesmo. Cada um é uma gentil vitória sobre o apelo da culpa pelo apelo do amor. Como é possível que isso deixe de ser realizado aonde quer que seja empreendido? A culpa não pode erguer barreiras reais contra isso. E tudo o que parece estar entre tu e o teu irmão tem que cair devido ao chamado ao qual tu respondeste. A partir de ti que respondeste, Aquele Que te respondeu quer chamar. A Sua casa é o teu relacionamento santo. Não tentes ficar  entre Ele e o Seu propósito santo, pois esse propósito é o teu. Em vez disso, permite que Ele estenda em quietude o milagre do teu relacionamento a todas as pessoas nele envolvidas assim como ele foi dado.

6. Há um silêncio no Céu, uma feliz expectativa, uma pequena pausa de contentamento pelo reconhecimento do final da jornada. Pois o Céu te conhece bem, como tu conheces o Céu. Não existem ilusões entre tu e o teu irmão agora. Não olhes para a pequena parede de sombras. O sol ergueu-se acima dela. Como pode uma sombra manter-te afastado do sol? Do mesmo modo, as sombras não podem mais manter-te afastado da luz em que terminam as ilusões. Todo milagre não é senão o fim de uma ilusão. Tal foi a jornada, tal o seu fim. E na meta da verdade que tu aceitaste todas as ilusões têm que terminar.

7. O pequeno desejo insano de ficar livre Daquele Que convidaste a entrar empurrando-O para fora, não pode deixar de produzir conflito. Na medida em que olhas para o mundo, esse pequeno desejo sem raízes e flutuando sem destino, pode aterrissar e pousar brevemente em qualquer coisa, pois agora não tem mais propósito algum. Antes que o Espírito Santo entrasse para habitar contigo, ele parecia ter um propósito grandioso: a fixa e imutável dedicação ao pecado e aos seus resultados. Agora, ele não tem nenhum objetivo, vaga sem rumo, sem causar nada mais além de interrupções diminutas no apelo do amor.

8. Esse desejo, com o peso de uma pluma, essa ilusão diminuta, esse resquício microscópico da crença no pecado, é tudo o que resta do que antes parecia ser o mundo. Já não é mais uma barreira inexorável para a paz. Seu vagar sem destino faz com que seus resultados pareçam ser ainda mais erráticos e imprevisíveis do que antes. No entanto, o que poderia ser mais instável do que um sistema delusório organizado rigidamente? Sua aparente estabilidade é a fraqueza que o perpassa, que se estende a todas as coisas. A variação a que o pequeno resquício induz meramente indica seus resultados limitados.

9. Quão poderosa pode ser uma pequena pluma diante das grandes asas da verdade? Pode ela opor-se ao vôo de uma águia ou impedir o avanço do verão? Pode ela interferir com os efeitos do sol de verão sobre um jardim coberto de neve? Vê com que facilidade esse pequeno vestígio é erguido e carregado para longe, para nunca mais voltar e despede-te dele com contentamento, não com pesar. Pois ele, em si mesmo, não é nada e nada representava quando tinhas uma fé maior na sua proteção. Não preferes saudar com boas-vindas o sol de verão, ao invés de fixar o teu olhar no floco de neve que desaparece e tremer na lembrança do frio do inverno?

i. A atração da culpa

10. A atração da culpa produz medo do amor, pois o amor jamais olharia para a culpa de modo algum. É da natureza do amor só olhar para a verdade, pois vê a si mesmo nela, com a qual quer unir- e em união santa e completeza. Assim como o amor tem que olhar para o que vem depois do medo, o medo também não pode ver o amor. Pois o amor contém o fim da culpa, com tanta certeza quanto o medo depende dela. O amor só é atraído pelo amor. Não vendo a culpa de forma alguma, não vê medo algum. Sendo totalmente incapaz de ataque, não poderia ter medo. O medo é atraído para aquilo que o amor não vê e cada um deles acredita que o objeto do olhar do outro não existe. O medo olha para a culpa exatamente com a mesma devoção com que o amor olha para si mesmo. E cada um tem mensageiros que são enviados, os quais retornam com mensagens escritas na linguagem em que foi pedido o seu envio.

11. Os mensageiros do amor são gentilmente enviados e retornam com mensagens de amor e gentileza. Os mensageiros do medo são brutalmente despachados para buscar culpa e valorizar toda migalha de mal e de pecado que possam achar, sem perder nenhuma sob pena de morte, colocando-as respeitosamente diante de seu senhor e patrão. A percepção não pode servir a dois senhores, cada um solicitando mensagens de coisas diferentes em linguagens diferentes. Aquilo de que o medo se alimentaria, o amor não vê. Aquilo que o medo exige, o amor não é sequer capaz de ver. A violenta atração que a culpa tem pelo medo está totalmente ausente da gentil percepção do amor. Aquilo que o amor quer contemplar é sem significado para o medo e completamente invisível.

12. Os relacionamentos nesse mundo são o resultado de como é visto o mundo. E isso depende de que emoção foi chamada a enviar os seus mensageiros para contemplá-lo e retornar com a notícia do que viram. Os mensageiros do medo são treinados através do terror e tremem quando o seu patrão os chama para servi-lo. Pois o medo não tem misericórdia nem mesmo para com os seus amigos. Seus culpados mensageiros saem às escondidas em busca sedenta de culpa, pois são mantidos no frio e famintos e seu patrão, que só lhes permite festejar em cima do que devolvem a ele, faz com que sejam cruéis. Nenhum pequeno farrapo de culpa escapa de seus olhos famintos. E, em sua selvagem busca do pecado, lançamse sobre qualquer coisa viva que vêem e carregam-na aos gritos a seu patrão para ser devorada.

13. Não envies ao mundo esses selvagens mensageiros para se banquetearem com ele e pilharem a realidade. Pois eles te trarão notícias de ossos, pele e carne. Foram ensinados a buscar o que é corruptível e a retornar com as gargantas cheias de coisas decadentes e apodrecidas. Para eles, essas coisas são belas, porque parecem aplacar seus selvagens acessos de fome. Pois eles são frenéticos com a dor do medo e querem evitar a punição daquele que os envia oferecendo-lhe aquilo que valorizam.

14. O Espírito Santo te deu os mensageiros do amor para enviar no lugar daqueles que treinaste através do medo. Eles estão tão ansiosos para te devolver o que valorizam quanto estão os outros. Se os envias, só verão o que é irrepreensível e belo, gentil e benigno. Eles terão o mesmo cuidado para não deixar escapar à sua atenção o menor ato de caridade, a mais diminuta expressão de perdão, o mais leve sopro de amor. E retornarão com todas as coisas felizes que acharem, para compartilhá-las amorosamente contigo. Não tenhas medo deles. Eles te oferecem a salvação. As suas mensagens são de segurança, pois vêem o mundo como algo benigno.

15. Se tu somente enviares os mensageiros que o Espírito Santo te dá, não querendo outras mensagens senão as suas, não mais verás o medo. O mundo será transformado diante da tua vista, limpo de toda a culpa e suavemente escovado com beleza. O mundo não contém nenhum medo que tu não tenhas colocado sobre ele. E nenhum que possas continuar vendo depois de pedir aos mensageiros do amor para removê-lo. O Espírito Santo te deu os Seus mensageiros para que os envies ao teu irmão e para que retornem a ti com aquilo que o amor vê. Eles foram dados com o fim de substituir os famintos cães do medo que enviaste em seu lugar. E prosseguem para dar significado ao fim do medo.

16. O amor também quer depositar um banquete diante de ti, com uma mesa coberta por uma toalha sem mancha, posta em um jardim tranqüilo, onde som nenhum jamais é ouvido, exceto o cantar e um sussurrar suave e alegre. Esse é um banquete que honra o teu relacionamento santo, no qual todas as pessoas são bem-vindas como hóspedes de honra. E num instante santo todos dão graças em conjunto, na medida em que se unem em gentileza diante da mesa da comunhão. E lá eu me unirei a ti, conforme prometi há muito tempo e ainda prometo. Pois em teu novo relacionamento eu sou bem- indo. E onde eu sou bem-vindo, lá estou.

17. Eu sou bem-vindo no estado de graça, o que significa que afinal me perdoaste. Pois tornei-me o símbolo do teu pecado e assim eu tive que morrer em teu lugar. Para o ego, o pecado significa a morte e assim a expiação é alcançada através do assassinato. A salvação é contemplada como um meio pelo qual o Filho de Deus foi morto em teu lugar. No entanto, ofereceria eu meu corpo a ti, a quem eu amo, conhecendo a sua pequenez? Ou ensinaria que corpos não podem nos manter separados? O meu não tinha mais valor do que o teu, nem era um meio melhor para a comunicação da salvação, e também não era sua Fonte. Ninguém pode morrer por outra pessoa e a morte não expia o pecado. Mas podes viver para mostrar que ele não é real. O corpo, de fato, parece ser o símbolo do pecado enquanto acreditas que ele pode te conseguir o que queres. Enquanto acreditas que ele pode te dar prazer, também acreditarás que pode te trazer dor. Pensar que és capaz de ficar satisfeito e feliz com tão pouco é ferir a ti mesmo e limitar a felicidade que queres ter convoca a dor para que ela encha a tua pobre dispensa e faça com que a tua vida seja completa. Essa é a completeza conforme o ego a vê. Pois a culpa se insidia onde a felicidade foi removida e a substitui. A comunhão é um outro tipo de completeza que vai além da culpa porque vai além do corpo.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Capítulo 19 - ALCANÇAR A PAZ 3. A irrealidade do pecado

1. A atração da culpa se acha no pecado, não no erro. O pecado será repetido devido a essa atração. O medo pode vir a ser tão agudo que a encenação do pecado é negada. Mas enquanto a culpa permanecer atraente, a mente vai sofrer e não vai abandonar a idéia do pecado. Pois a culpa ainda a chama e a mente a ouve e anseia por ela, fazendo de si mesma uma presa voluntária ao seu apelo doentio. O pecado é uma idéia do mal que não pode ser corrigida porque, apesar disso, será para sempre desejável. Como uma parte essencial daquilo que o ego pensa que tu és, tu sempre o quererás. E só um vingador, com uma mente diferente da tua, poderia exterminá-lo através do medo.

2. O ego não pensa que seja possível que o amor, e não o medo, seja o que o pecado realmente invoca e que ele sempre responda. Pois o ego traz o pecado ao medo exigindo punição. Entretanto, a punição não é senão outra forma de proteger a culpa, já que o que merece punição tem que ter sido realmente feito. A punição é sempre a grande preservadora do pecado, tratando-o com respeito e honrando a sua enormidade. O que tem que ser punido, tem que ser verdadeiro. E o que é verdadeiro tem que ser eterno e será repetido infindavelmente. Pois o que pensas que é real, tu queres e não abandonarás.

3. Um erro, por outro lado, não é atraente. O que vês claramente como um equívoco queres corrigir. Às vezes, um pecado pode ser repetido vezes e mais vezes com resultados obviamente desoladores, mas sem perder o seu apelo. E, de repente, mudas o seu status de pecado para equívoco. Agora não o repetirás, simplesmente pararás e o abandonarás a não ser que a culpa permaneça. Pois então estarás apenas mudando a forma do pecado, admitindo que ele foi um erro, mas mantendo-o incorrigível. Isso não é realmente uma mudança na tua percepção, pois é o pecado que pede punição, não o erro.

4. O Espírito Santo não pode punir o pecado. Equívocos Ele reconhece e quer corrigi-los todos conforme Deus Lhe confiou fazê-lo. Mas o pecado Ele não conhece e nem pode reconhecer equívocos que não possam ser corrigidos. Pois um equívoco que não pode ser corrigido não tem significado para Ele. Os equívocos existem para serem corrigidos e nada mais pedem. O que pede punição necessariamente está pedindo o nada. Cada equívoco tem que ser um pedido de amor. O que é, então, o pecado? O que poderia ser senão um equívoco que queres manter escondido, um pedido de ajuda que não queres que seja ouvido e, portanto, queres manter sem resposta?

5. No tempo, o Espírito Santo vê claramente que o Filho de Deus pode cometer equívocos. Nisso compartilhas a Sua visão. No entanto, não compartilhas o Seu reconhecimento da diferença entre tempo e eternidade. E quando a correção está completa, o tempo é eternidade. O Espírito Santo pode ensinar-te como olhar para o tempo de maneira diferente e ver o que está além, mas não enquanto acreditas no pecado. No erro, sim, pois isso pode ser corrigido pela mente. Mas o pecado é a crença segundo a qual a tua percepção é imutável e a mente tem que aceitar como verdadeiro o que lhe é dito através dela. Se não obedece, a mente é julgada insana. O único poder que poderia mudar a percepção é assim mantido impotente, preso ao corpo pelo medo da percepção mudada que o seu Professor, Aquele que é um com ela, traria.

6. Quando és tentado a acreditar que o pecado é real, lembra-te disso: se o pecado é real, nem tu nem Deus o são. Se a criação é extensão, o Criador tem que ter estendido a Si Mesmo e é impossível que o que é parte Dele não seja absolutamente como o resto. Se o pecado é real, Deus tem que estar em guerra Consigo Mesmo. Ele tem que estar dividido e dilacerado entre bem e mal, em parte são e parcialmente insano. Pois Ele tem que ter criado aquilo cuja vontade é destruí-Lo e tem o poder de fazê-lo. Não é mais fácil acreditar que tu te equivocaste do que acreditar nisso?

7. Enquanto acreditas que a tua realidade ou a do teu irmão está limitada a um corpo, acreditarás no pecado. Enquanto acreditas que os corpos podem se unir, acharás a culpa atraente e acreditarás que o pecado é precioso. Pois a crença em que os corpos limitam a mente conduz a uma percepção do mundo na qual a prova da separação parece estar em toda parte. E Deus e a Sua criação parecem estar divididos e depostos. Pois o pecado quer provar que o que Deus criou santo não poderia prevalecer sobre ele, nem permanecer tal como é diante do seu poder. O pecado é percebido como se fosse mais poderoso do que Deus; diante dele, o próprio Deus teria que se inclinar e oferecer Sua criação ao seu conquistador. Isso é humildade ou é loucura?

8. Se o pecado é real, tem que estar para sempre além da esperança da cura. Pois haveria um poder além do de Deus, um poder capaz de fazer uma outra vontade que poderia atacar e superar a Sua Vontade e conferir ao Seu Filho uma vontade distinta da Sua e mais forte. E cada parte da criação fragmentada de Deus teria uma vontade diferente, oposta à Sua e em eterna oposição a Ele e umas às outras. O teu relacionamento santo tem como propósito agora a meta de provar que isso é impossível. O Céu sorriu para ele e a crença no pecado foi desenraizada nesse sorriso de amor. Tu ainda a vês porque não reconheces que o seu fundamento se foi. Sua fonte foi removida e assim pode ser valorizada só por um pequeno período de tempo antes de sumir. Apenas o hábito de olhar procurando por ela ainda permanece.

9. E, no entanto, olhas com o sorriso do Céu sobre os teus lábios e com a bênção do Céu sobre a tua vista. Não verás o pecado por muito tempo, pois, na nova percepção, a mente o corrige quando parece ser visto e ele vem a ser invisível. Os erros são rapidamente reconhecidos e rapidamente entregues à correção para serem curados, não escondidos. Tu serás curado do pecado e de toda a sua devastação no instante em que deixares de dar a ele qualquer poder sobre o teu irmão. E tu o ajudarás a superar os equívocos, liberando-o da crença no pecado com alegria.

10. No instante santo, verás o sorriso do Céu brilhando sobre tu e teu irmão. E derramarás a tua luz sobre ele, reconhecendo com contentamento a graça que foi dada a ti. Pois o pecado não prevalecerá contra uma união para a qual o Céu sorriu. A tua percepção foi curada no instante Santo que o Céu te deu. Esquece o que viste e ergue teus olhos com fé para o que agora podes ver. As barreiras no caminho do Céu desaparecerão diante da tua vista santa, pois a ti, que eras cego, foi dada a visão e podes ver. Não olhes para o que foi removido, mas para a glória que foi restaurada para que tu a vejas.

11. Olha para o teu Redentor e contempla o que Ele quer te mostrar no teu irmão e não permitas que o pecado mais uma vez se erga para cegar os teus olhos. Pois o pecado quer manter-te separado dele, mas o teu Redentor quer que olhes para o teu irmão como para ti mesmo. O teu relacionamento agora é um templo de cura, um lugar onde todos os que estão cansados podem vir e descansar. Aqui está o descanso que nos espera a todos após a jornada. E ele é trazido para mais perto de todos pelo teu relacionamento.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Capítulo 19 - ALCANÇAR A PAZ 2. Pecado versus erro

1. É essencial que o erro não seja confundido com o pecado e é essa distinção que faz com que a salvação seja possível. Pois o erro pode ser corrigido e o errado acertado. Mas o pecado, se fosse possível, seria irreversível. A crença no pecado não pode deixar de estar baseada na firme convicção de que as mentes, não os corpos, podem atacar. E dessa forma a mente é culpada e para sempre assim permanecerá, a não ser que uma outra mente que não faça parte dela possa lhe dar absolvição. O pecado pede punição assim como o erro pede correção, e acreditar que punição é correção é claramente insano.

2. O pecado não é um erro, pois o pecado implica em uma arrogância que falta à idéia de erro. Pecar seria violar a realidade e ter sucesso. O pecado é a proclamação de que o ataque é real e a culpa justificada. Ele assume que o Filho de Deus é culpado, tendo assim tido sucesso na perda da sua inocência e fazendo de si mesmo algo que Deus não criou. Assim a criação é vista como se não fosse eterna e a Vontade de Deus fica aberta à oposição e à derrota. O pecado é a grande ilusão subjacente à toda grandiosidade do ego. Pois através dele o próprio Deus é mudado e refeito como um ser incompleto.

3. O Filho de Deus pode estar equivocado, pode enganar-se, pode até mesmo voltar o poder de sua mente contra si mesmo. Mas pecar ele não pode. Não há nada que ele seja capaz de fazer que possa realmente mudar a sua realidade de forma alguma, nem fazer com que ele seja realmente culpado. Isso é o que o pecado quer fazer, pois tal é o seu propósito. No entanto, apesar de toda a selvagem insanidade inerente a toda a idéia de pecado, ele é impossível. Pois o salário do pecado é a morte e como pode o imortal morrer?

4. Um dos principais dogmas na insana religião do ego é que o pecado não é um erro mas a verdade e é a inocência que pretende enganar. A pureza é vista como arrogância e a aceitação do ser como pecaminoso é percebida como santidade. E é essa doutrina que substitui a realidade do Filho de Deus tal como seu Pai o criou e tal como a Sua Vontade determinou que ele fosse para sempre. Isso é humildade? Ou, ao contrário, é uma tentativa de arrancar a criação da verdade e mantê-la separada?

5. Qualquer tentativa de re-interpretar o pecado como um erro é sempre indefensável para o ego. A idéia de pecado é totalmente sacrossanta para o seu sistema de pensamento e não se pode abordá-la senão com reverência e temor. É o conceito mais “santo” do sistema do ego: belo e poderoso, totalmente verdadeiro e necessariamente protegido com todas as formas de defesa ao seu dispor. Pois aqui está a sua “melhor” defesa, à qual todas as outras servem. Aqui está a sua armadura, a sua proteção e o propósito fundamental do relacionamento especial na interpretação do ego.

6. Pode, de fato, dizer que o ego construiu o seu mund0 sobre o pecado. Só em tal mundo poderiam todas as coisas estar de cabeça para baixo. Essa é a estranha ilusão que faz com que as nuvens da culpa pareçam pesadas e impenetráveis. Nisso se acha a solidez que os fundamentos desse mundo parecem ter. Pois o pecado fez com que a criação mudasse de uma Idéia de Deus para um ideal que o ego quer, um mundo que ele governa, feito de corpos sem mentes e capazes de completa corrupção e decadência. Se isso é um equívoco, pode ser facilmente desfeito através da verdade. Qualquer equívoco pode ser corrigido, se for permitido que a verdade o julgue. Mas se ao equívoco é dado o “status” de verdade, a que se pode levá-la? A “santidade” do pecado é mantida em seu lugar exatamente por meio desse estranho dispositivo. Como a verdade, ele é inviolável e todas as coisas são levadas a ele para serem julgadas. Como um equívoco, ele tem que ser levado à verdade. É impossível ter fé no pecado, pois o pecado é a ausência de fé. Entretanto, é possível ter fé na possibilidade de se corrigir um equívoco.

7. Não há nenhuma pedra, em toda a cidadela armada do ego, que seja mais zelosamente defendida do que a idéia de que o pecado é real, a expressão natural do que o Filho de Deus fez de si mesmo e do que ele é. Para o ego, isso não é nenhum equívoco. Pois essa é a sua realidade, essa é a “verdade” da qual sempre será impossível escapar. Esse é o seu passado, o seu presente e o seu futuro. Pois ele conseguiu, de alguma maneira, corromper o seu Pai e mudar por completo a Sua Mente. Lamente, então, a morte de Deus, a Quem o pecado matou! E esse seria o desejo do ego, que ele em sua loucura acredita ter realizado.

8. Não preferes que tudo isso não passe de um equívoco, inteiramente corrigível e do qual é tão fácil escapar que toda a sua correção é como caminhar através de uma névoa para o sol? Pois isso é tudo o que ele é. Talvez sejas tentado a concordar com o ego no sentido de achar que é muito melhor ser pecador do que estar equivocado. Mas pensa com cuidado antes de te permitires tomar essa decisão. Não a abordes levianamente, pois é a decisão entre o inferno ou o Céu.

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Capítulo 19 - ALCANÇAR A PAZ 1. Cura e fé

1. Nós dissemos anteriormente que quando uma situação é totalmente dedicada à verdade, a paz é inevitável. Alcançá-la é o critério pelo qual a integridade da dedicação pode ser seguramente avaliada. No entanto, nós também dissemos que a paz jamais será alcançada sem fé, pois o que é dedicado à verdade como sua única meta é trazido à verdade pela fé. Essa fé abrange todas as pessoas envolvidas, pois só assim a situação é percebida de modo significativo e como um todo. E todas as pessoas têm que estar envolvidas ou a tua fé é limitada e a tua dedicação incompleta.

2. Toda situação percebida de maneira adequada, vem a ser uma oportunidade de curar o Filho de Deus. E ele é curado porque tu lhe ofereceste a fé, entregando-o ao Espírito Santo e liberando-o de todas as exigências que o teu ego faria. Assim tu o vês livre e essa visão o Espírito Santo compartilha. E uma vez que Ele a compartilha, Ele a deu e assim Ele cura através de ti. É essa união com Ele em um único propósito que faz com que esse propósito seja real, porque tu o tornas íntegro. E isso é cura. O corpo é curado porque vieste sem ele e te uniste à Mente na qual está toda a cura.

3. O corpo não pode curar, porque não pode ficar doente. Não necessita de cura. Sua saúde ou doença depende inteiramente de como a mente o percebe e do propósito para o qual a mente quer usá-lo. É óbvio que um segmento da mente pode ver-se como se estivesse separado do Propósito Universal. Quando isso ocorre, o corpo vem a ser a sua arma, usada contra esse Propósito para demonstrar o “fato” de que a separação ocorreu. O corpo assim vem a ser o instrumento da ilusão, agindo de acordo com ela, vendo o que não está presente, ouvindo o que a verdade nunca disse e comportando-se de maneira insana, pois é aprisionado pela insanidade.

4. Não deixes de ver a nossa afirmação anterior segundo a qual a falta de fé conduz diretamente a ilusões. Pois a falta de fé é a percepção de um irmão como um corpo e o corpo não pode ser usado para propósitos de união. Se, então, vês o teu irmão como um corpo, estabeleceste uma condição na qual unir-se a ele vem a ser impossível. A tua falta de fé em relação ao teu irmão te separou dele e manteve ambos à parte da cura. A tua falta de fé assim se opôs ao propósito do Espírito Santo e trouxe ilusões, centradas no corpo, para se interpor entre vós. E o corpo parecerá estar doente, pois fizeste dele um “inimigo” da cura e o oposto da verdade.

5. Não pode ser difícil reconhecer que a fé tem que ser o oposto da falta de fé. No entanto, o que é diferente na forma como elas operam é menos evidente, embora isso decorra diretamente da diferença fundamental do que são. A falta de fé sempre quer limitar e atacar; a fé, remover todas as limitações e tomar íntegro. A falta de fé quer destruir e separar; a fé quer unir e curar; a falta de fé quer interpor ilusões entre o Filho de Deus e seu Criador; a fé remover todos os obstáculos que parecem surgir entre eles. A falta de fé é totalmente dedicada às ilusões; a fé, totalmente dedicada à verdade. Dedicação parcial é impossível. A verdade é a ausência de ilusões; ilusão, a ausência de verdade. Ambas não podem estar juntas, nem podem ser percebidas no mesmo lugar. Dedicar-se a ambas é fixar uma meta para sempre impossível de ser atingida, pois parte dela é buscada através do corpo, considerado como um meio de buscar a realidade através do ataque. A outra parte quer curar e, portanto, apela para a mente e não para o corpo.

6. A concessão inevitável é a crença segundo a qual o corpo tem que ser curado, não a mente. Pois essa meta dividida deu a ambos uma realidade igual, que só seria possível se a mente fosse limitada ao corpo e dividida em pequenas partes de aparente integridade, mas sem conexão. Isso não fará dano no corpo, mas manterá em mente o sistema de pensamento delusório. Aqui, então, a cura é necessária. E é aqui que está a cura. Pois Deus não concedeu a cura como algo à parte da doença, nem colocou o remédio onde a doença não pode estar. Eles estão juntos e quando são vistos juntos, todas as tentativas de manter tanto a verdade quanto a ilusão em mente, onde ambas necessariamente estão, são reconhecidas como tentativas dedicadas à ilusão e são abandonadas quando trazidas à verdade e vistas como totalmente irreconciliáveis com a verdade, em qualquer aspecto ou em qualquer forma.

7. A verdade e a ilusão não têm nenhuma conexão. Isso permanecerá para sempre verdadeiro, por mais que busques conectá-las. Mas as ilusões são sempre conectadas entre si assim como a verdade. Tanto as ilusões quanto a verdade são coesas internamente, formando um sistema de pensamento completo, ainda que totalmente desconexo em relação ao outro. E perceber isso é reconhecer onde está a separação e onde ela tem que ser curada. O resultado de uma idéia nunca está separado de sua fonte. A idéia da separação produziu o corpo e permanece conectada a ele, fazendo com que o corpo seja doente devido à identificação da mente com ele. Pensas que estás protegendo o corpo ocultando essa conexão, pois escondê-la parece manter a tua identificação a salvo do “ataque” da verdade.

8. Se apenas compreendesses o quanto esse estranho ocultar feriu a tua mente e como a tua própria identificação passou a ser confusa em função disso! Não vês o quanto é grande a devastação causada pela tua falta de fé, porque a falta de fé é um ataque que parece justificado pelos seus resultados. Pois negando a fé, vês o que é indigno dela e não és capaz de olhar além das barreiras para o que está unido a ti.

9. Ter fé é curar. É o sinal de que aceitaste a Expiação para ti mesmo e, portanto, queres compartilhá-la. Através da fé, ofereceste a dádiva da liberdade em relação ao passado, que tu recebeste. Não uses nada que o teu irmão tenha feito anteriormente para condená-lo agora. Livremente escolheste não ver os seus erros, olhando além de todas as barreiras entre tu e ele e vendo a ambos como um só. E nele vês que a tua fé está plenamente justificada. Não existe justificativa para a falta de fé, mas a fé é sempre justificada.

10. A fé é o oposto do medo, tanto parte do amor quanto o medo é parte do ataque. A fé é o reconhecimento da união. É o amável reconhecimento de cada um como um Filho do teu Pai amorosíssimo, amado por Ele como tu e, portanto, amado por ti como tu mesmo. É o Seu Amor que une a ti e ao teu irmão e por Esse Amor não queres manter ninguém separado do teu. Cada um aparece exatamente como é percebido no instante santo, unido ao teu propósito de seres liberado da culpa. Vês o Cristo nele e ele é curado porque olhas para o que faz com que a fé seja para sempre justificada em todas as pessoas.

11. A fé é o dom de Deus, através Daquele que Deus te deu. A falta de fé olha para o Filho de Deus e o julga indigno do perdão. Mas através dos olhos da fé, o Filho de Deus é visto já tendo sido perdoado, livre de toda a culpa que ele colocou sobre si mesmo. A fé só o vê agora, porque não olha para o passado para julgá-lo, mas quer ver nele somente o que veria em ti. Ela não vê através dos olhos do corpo, nem olha para os corpos em busca de justificativas para si mesma. É a mensageira da nova percepção,
enviada para reunir testemunhas de que ela veio e devolver suas mensagens a ti.

12. A fé é tão facilmente trocada pelo conhecimento como o mundo real. Pois a fé surge da percepção do Espírito Santo e é o sinal de que tu a compartilhas com Ele. A fé é uma dádiva que ofereces ao Filho de Deus através Dele e é totalmente aceitável para o seu Pai assim como para Ele. E, portanto, é oferecida a ti. O teu relacionamento santo, com o seu novo propósito, te oferece a fé para que a dês ao teu irmão. A tua falta de fé te separou do teu irmão e assim não reconheces a salvação nele. No entanto, a fé vos une na santidade que vêem não através dos olhos do corpo, mas no modo de ver Daquele que Se uniu a vós e em Quem vós estais unidos.

13. A graça não é dada a um corpo, mas à mente. E a mente que a recebe olha de imediato para além do corpo e vê o lugar santo onde ela foi curada. Lá está o altar onde foi dada a graça e no qual ela se encontra. Oferece, então, graça e bênção ao teu irmão, pois tu estás no mesmo altar onde a graça foi depositada para ambos. E sejais curados pela graça juntos para que possam curar através da fé.

14. No instante santo, tu e o teu irmão estão diante do altar que Deus ergueu a Si próprio e a vós. Deixai a falta de fé de lado e vinde a ele juntos. Lá vereis o milagre do vosso relacionamento tal como foi refeito através da fé. E é lá que vais reconhecer que não existe nada que a fé não possa perdoar. Nenhum erro interfere com o que ela vê com calma, trazendo o milagre da cura com a mesma facilidade a todos eles. Pois os mensageiros do amor fazem o que são enviados para fazer, trazendo de volta a boa nova de que isso foi feito a ti e ao teu irmão que estais juntos diante do altar do qual eles foram enviados.

15. Assim como a falta de fé manterá os teus pequenos reinos desertos e separados, a fé ajudará o Espírito Santo a preparar a terra para o mais santo dos jardins que Ele quer fazer. Pois a fé traz paz e assim invoca a verdade para que ela entre e torne belo aquilo que já foi preparado para a beleza. A verdade segue a fé e a paz, completando o processo de tornar belo que elas iniciam. Pois a fé ainda é uma meta do aprendizado, não mais necessária depois que a lição já foi aprendida. A verdade, porém, permanecerá para sempre.

16. Permite, então, que a tua dedicação seja para com o eterno e aprende como não interferir com ele e torná-lo escravo do tempo. Pois o que tu pensas que fazes com o eterno, fazes contigo mesmo. Aquele que Deus criou como Seu Filho não é escravo de nada, sendo senhor de tudo, junto com o seu Criador. Podes escravizar um corpo, mas uma idéia é livre, incapaz de ser mantida na prisão ou de qualquer modo limitada exceto pela mente que a pensou. Pois ela permanece unida à sua fonte, que é seu carcereiro ou seu libertador, de acordo com o que ela escolhe como propósito para si mesma.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Capítulo 18 - A PASSAGEM DO SONHO 9. Os dois mundos

1. Foi dito a ti que trouxesses as trevas à luz e a culpa à santidade. E também te foi dito que o erro tem que ser corrigido em sua fonte. Portanto, é essa diminuta parte de ti, o pequeno pensamento que parece cortado e separado, aquilo de que o Espírito Santo necessita. O resto esta inteiramente nas Mãos de Deus e não precisa de nenhum guia. No entanto, esse selvagem e delusório pensamento necessita de ajuda, porque em suas delusões pensa que e o Filho de Deus, total e onipotente, único governante do reino que mantém a parte para tiranizar através da loucura a obediência e a escravidão. Essa é a pequena parte que tu pensas que roubaste do Céu. Devolve-a ao Céu. O Céu não a perdeu, mas tu perdeste o Céu de vista. Permite que o Espírito Santo a remova do reino moribundo no qual tu a largaste cercada pela escuridão, guardada pelo ataque e reforçada pelo ódio. Dentro das suas barricadas ainda há um segmento diminuto do Filho de Deus, completo, santo, sereno e inconsciente do que pensas que o cerca.

2. Não sejas tu separado, pois Aquele que de fato o rodeia te trouxe a união, devolvendo a tua pequena oferta de escuridão à luz eterna. Como isso é feito? E extremamente simples, estando baseado no que esse pequeno reino realmente é. As areias estéreis, a escuridão e a ausência de vida são vistas apenas através dos olhos do corpo. Sua vista desolada é distorcida e as mensagens que ele transmite a ti, que o fizeste para limitar a tua consciência, são pequenas e limitadas e, assim fragmentadas, são sem significado.

3. Do mundo dos corpos, feito pela insanidade, mensagens insanas parecem retornar à mente que o fez. E essas mensagens testemunham esse mundo, proclamando-o verdadeiro. Pois tu enviaste esses mensageiros para que te trouxessem isso de volta. Tudo o que essas mensagens te transmitem é bastante externo. Não há mensagens que falem daquilo que está abaixo da superfície, pois não é o corpo que poderia falar sobre isso. Seus olhos não o percebem, seus sentidos permanecem bastante inconscientes de tudo o que lá esta, sua língua não pode transmitir suas mensagens. No entanto, Deus pode levar-te ate lá, se estiveres disposto a seguir o Espírito Santo através de aparente terror, confiando em que Ele não te abandonará e não te deixará lá. Pois não é o Seu propósito amedrontar- e, mas apenas o teu. Tu és profundamente tentado a abandoná-Lo no primeiro círculo do medo, mas Ele quer conduzir-te em segurança através disso e muito além.

4. O círculo do medo está exatamente abaixo do nível que o corpo vê e parece ser todo o fundamento no qual o mundo se baseia. Aqui estão todas as ilusões, todos os pensamentos distorcidos, todos os ataques insanos, a fúria, a vingança e a traição que foram feitos para manter a culpa no lugar de forma que o mundo pudesse surgir dela e mantê-la oculta. Sua sombra ergue-se à superfície, apenas o suficiente para manter as suas manifestações mais externas na escuridão e para trazer desespero e solidão a ele, mantendo-o sem alegria. Entretanto, sua intensidade é velada por suas pesadas cobertas e mantida a parte do que foi feito para mantê-la oculta. O corpo não pode ver isso, pois o corpo surgiu disso para protegê-la, e essa proteção depende de mantê-la sem ser vista. Os olhos do corpo nunca olharão para ela. No entanto, verão o que ela dita.

5. O corpo permanecerá como o mensageiro da culpa e agirá conforme a sua direção enquanto acreditares que a culpa é real. Pois a realidade da culpa é a ilusão que parece fazer com que ela seja pesada, opaca, impenetrável e um fundamento real para o sistema de pensamento do ego. Sua transparência e pouca consistência não são evidentes até que vejas a luz por trás dela. E então tu a vês como um frágil véu diante da luz.

6. Essa barreira aparentemente pesada, esse solo artificial que parece uma rocha, é como um bloco de nuvens escuras e baixas que parece ser uma parede sólida diante do sol. Sua aparência impenetrável é
totalmente ilusória. Ela dá passagem suavemente aos topos das montanhas que se erguem acima dela  não tem qualquer poder para impedir qualquer pessoa disposta a escalá-las e ver o sol. Não é forte o suficiente para impedir a queda de um botão, nem para segurar uma pluma. Nada pode se basear nela, pois é apenas a ilusão de um fundamento. Tenta apenas tocá-la e ela desaparece, tenta agarrá-la e nada terás em tuas mãos.

7. No entanto, nesse bloco de nuvens é fácil ver todo um mundo que surge. Uma sólida cadeia de montanhas, um lago, uma cidade, tudo surge em tua imaginação e, das nuvens, os mensageiros da tua percepção retornam a ti assegurando-te que tudo isso lá está. Figuras destacam-se e movimentam-se, ações aparentam sem reais e formas aparecem e variam do belo ao grotesco. E para frente e para trás elas vão, enquanto quiseres infantilmente brincar de faz-de-conta. No entanto, por mais que brinques e por mais imaginação que tragas a isso, tu não o confundes com o mundo lá embaixo e nem buscas fazer com que seja real.

8. O mesmo deveria acontecer com as nuvens escuras da culpa, que não são mais impenetráveis e nem mais substanciais. Não irás ferir a ti mesmo viajando através delas. Permite que o teu Guia te ensine a sua natureza sem substância à medida que Ele te conduz além delas, pois lá embaixo há um mundo de luz, sobre o qual não projetam sombra alguma. As suas sombras se projetam sobre o mundo que está além, ainda mais distante da luz. No entanto, essas sombras não podem cair sobre a luz.

9. Esse mundo de luz, esse circulo de resplendor radiante, é um mundo real onde a culpa se encontra com o perdão. Aqui, o mundo do lado de fora é visto de forma nova, sem a sombra da culpa sobre si mesmo. Aqui tu és perdoado, pois perdoaste todas as pessoas. Aqui está a nova percepção, onde tudo é brilhante e resplandece com inocência, lavado nas águas do perdão e limpo de qualquer pensamento mau que tenhas colocado nele. Aqui não há nenhum ataque ao Filho de Deus e tu és bem-vindo. Aqui está a tua inocência, aguardando para vestir-te, proteger-te e preparar-te para o último passo da jornada interior. Aqui, as vestimentas escuras e pesadas da culpa são deixadas de lado e gentilmente substituídas pela pureza e pelo amor.

10. No entanto, mesmo o perdão não é o fim. O perdão, de fato, faz com que tudo seja belo, mas não cria. É a fonte da cura, mas é o mensageiro do amor e não a Fonte do amor. Até aqui tu és conduzido, de modo que o próprio Deus possa dar o passo final sem obstáculos, pois aqui nada interfere com o amor, deixando-o ser ele mesmo. Um passo além deste lugar santo do perdão, um passo ainda mais para dentro, mas um passo que tu não podes dar transporta-te para algo completamente diferente. Aqui está a Fonte da luz, nada é percebido, perdoado ou transformado. Mas apenas conhecido.

11. Esse curso conduzirá ao conhecimento, mas o conhecimento em si mesmo ainda está além do alcance do nosso currículo. E nem existe nenhuma necessidade de tentarmos falar daquilo que não pode deixar de estar para sempre além das palavras. Nós precisamos apenas lembrar que qualquer um que atinja o mundo real, além do qual o aprendizado não pode ir, irá além dele, mas em um caminho diferente. Onde o aprendizado termina, lá Deus começa, pois o aprendizado termina diante Dele, Que é completo onde começa e onde não há fim. Não devemos parar no que não pode ser atingido. Há muito a aprender. A prontidão para conhecimento ainda está por ser atingida.

12. O amor não é aprendido. O sentido do amor está dentro dele. E o aprendizado termina quando tiveres reconhecido tudo o que ele não é. Essa é a interferência, é isso o que precisa ser desfeito. O amor não é aprendido porque nunca houve um tempo em que tu não o conhecesses. O aprendizado é inútil na Presença do teu Criador, Cujo reconhecimento de ti, ao lado do teu reconhecimento Dele transcendem de tal modo todo o aprendizado que tudo o que aprendeste é sem significado e é para sempre substituído pelo conhecimento do amor e por seu significado único.

13. O teu relacionamento com o teu irmão foi desenraizado do mundo das sombras e seu propósito não santo foi transportado com segurança através das barreiras da culpa, lavado com o perdão, e depositado radiante no mundo da luz onde foi firmemente enraizado. De lá ele te chama, para que sigas o curso que ele tomou, sendo elevado muito acima das trevas e gentilmente colocado diante das portas do Céu. O instante santo no qual tu e teu irmão foram unidos não é senão o mensageiro do amor, enviado de além do perdão para lembrar-vos tudo o que esta além. No entanto, é através do perdão que tudo isso será lembrado.

14. E quando a memória de Deus tiver vindo a ti no lugar santo do perdão, não te lembrarás de nenhuma outra coisa e a memória será tão inútil quanto o aprendizado, pois o teu único propósito será criar. Entretanto, não podes ter o conhecimento disso enquanto todas as percepções não forem limpas e purificadas e finalmente removidas para sempre. O perdão apenas remove o que não é verdadeiro, erguendo as sombras do mundo e carregando-o são e salvo dentro da sua gentileza para o mundo resplandecente da percepção nova e limpa. Lá está o teu propósito agora. E é lá que a paz te espera.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Capítulo 18 - A PASSAGEM DO SONHO 8. O pequeno jardim

1. É apenas a consciência do corpo que faz o amor parecer limitado. Pois o corpo é um limite para o amor. A crença no amor limitado foi a sua origem e ele foi feito para limitar o ilimitado. Não penses que isso é apenas alegórico, pois ele foi feito para limitar a ti. E possível que tu, que te vês dentro de um corpo, conheças a ti mesmo como uma idéia? Tudo o que reconheces identificas com coisas externas, algo fora de ti. Não podes sequer pensar em Deus sem um corpo ou alguma forma que pensas reconhecer.

2. O corpo não pode conhecer. E enquanto limitas a tua consciência aos seus sentidos diminutos, não verás a grandeza que te cerca. Deus não pode vir a um corpo, nem tu podes unir-te a Ele lá. Os limites ao amor sempre parecerão deixá-lo de fora e manter-te a parte Dele. O corpo é uma cerca diminuta em torno de uma pequena parte de uma idéia gloriosa e completa. Ele desenha um círculo, infinitamente pequeno, em tomo de um segmento diminuto do Céu, desintegrado do todo, proclamando que aí dentro se encontra o teu reino, onde Deus não pode entrar.

3. Dentro desse reino o ego governa e cruelmente. E para defender esse pequeno monte de poeira, ele te pede para lutar contra o universo. Esse fragmento da tua mente é uma parte tão diminuta dela que, se apenas pudesses avaliar o todo, imediatamente verias que ele é como o menor dos raios de sol é para o sol ou como a mais leve onda na superfície do oceano. Em sua surpreendente arrogância, esse diminuto raio de sol decidiu que é o sol, essa onda quase imperceptível aclama a si mesma como se fosse o oceano. Pensa em quão solitário e assustado é esse pequeno pensamento, essa ilusão infinitesimal, mantendo-se à parte, contra o universo. O sol passa a ser o “inimigo” do raio de sol, aquele que quer devorá-lo, e o oceano aterroriza a pequena onda e quer engoli-la.

4. Entretanto, nem o sol e nem o oceano estão sequer conscientes de toda essa estranha atividade sem significado. Meramente continuam, inconscientes de estarem sendo temidos e odiados por um diminuto segmento deles mesmos. Mesmo esse segmento não esta perdido para eles, pois não poderia sobreviver à parte. E o que ele pensa ser, de forma alguma muda a sua total dependência em relação a eles para ser o que é. Toda a sua existência ainda permanece neles. Sem o sol, o raio de sol desapareceria e a onda sem o oceano é inconcebível.

5. Tal é a estranha posição em que aqueles que vivem em um mundo habitado por corpos parecem estar. Cada corpo aparenta abrigar uma mente separada, um pensamento desconectado, vivendo solitário e de nenhuma forma ligado ao Pensamento pelo qual foi criado. Cada fragmento diminuto parece estar contido em si mesmo e precisar de outros para algumas coisas, mas sem ser de modo algum dependente do seu único Criador, já que necessita do todo para lhe dar. E nem tem qualquer vida à parte e por conta própria.

6. Como o sol e o oceano, o teu Ser continua sem ter em mente que essa parte diminuta considera a si mesma como se fosse tu. Ela não está perdida, não poderia existir se estivesse separada nem o todo seria um todo sem ela. Não é um reino separado, governado por uma idéia de separação do resto. E nem existe uma cerca em torno dela, impedindo-a de unir-se ao resto e mantendo-a afastada do seu Criador. Esse pequeno aspecto não é diferente do todo, sendo contínuo em relação a ele e um com ele. Ele não leva uma vida separada, porque a sua vida é a unicidade na qual o que ele é foi criado.

7. Não aceites esse aspecto cercado e separado como se isso fosse o que tu és. O sol e o oceano são como o nada diante do que tu és. O raio de sol só brilha à luz do sol e a onda dança à medida em que descansa sobre o oceano. No entanto, nem no sol, nem no oceano, está o poder que descansa em ti. Irias querer permanecer dentro do teu reino diminuto, um triste rei, um amargo ditador de tudo o que ele supervisiona, alguém que olha para o nada e, no entanto ainda quer morrer para defendê-lo? Esse pequeno ser não é o teu reino. Em arco bem alto acima dele e cercando-o de amor está o todo glorioso, que oferece toda a sua felicidade e o seu profundo contentamento a todas as partes. O pequeno aspecto que pensas ter colocado à parte não é nenhuma exceção.

8. O amor não conhece corpos e alcança todas as coisas criadas como ele próprio. Sua total falta de limites é o seu significado. Ele é completamente imparcial no que dá, abrangendo apenas para preservar e manter completo aquilo que quer dar. No teu reino diminuto tu tens tão pouco! Nesse caso, não deveria ser para lá que deverias chamar o amor para que ele entre? Olha para o deserto —seco e improdutivo, alquebrado e sem alegria — que compõe o teu pequeno reino. E reconhece a vida e a alegria que o amor traria a ele do lugar de onde vem e para onde retornaria contigo.

9. O Pensamento de Deus cerca o teu pequeno reino, aguardando na barreira que tu construíste para vir para dentro e brilhar sobre a terra estéril. Vê como a vida brota em toda parte! O deserto vem a sem um jardim, verde e profundo e quieto, oferecendo descanso àqueles que perderam o seu caminho e vagam no pó. Dá-lhes um local de refúgio, preparado pelo amor para eles onde antes havia um deserto. E cada um a quem dás boas-vindas trará amor com ele do Céu para ti. Eles entram um por um nesse lugar santo, mas não partirão como vieram, sozinhos. O amor que trouxeram consigo ficará com eles, assim como ficará contigo. E sob a sua beneficência, o teu pequeno jardim se expandirá e alcançará a todos os que tem sede da água viva, mas estão por demais cansados para seguirem adiante sozinhos.

10. Sai e acha-os, pois trazem consigo o teu Ser. E conduze-os gentilmente ao teu jardim de quietude e lá recebe a sua benção. Assim ele crescerá e se espalhará através do deserto, sem deixar nem sequer um pequeno reino isolado, trancado para o amor, contigo lá dentro. E reconhecerás a ti mesmo e verás o teu pequeno jardim gentilmente transformado no Reino do Céu com todo o amor do seu Criador brilhando sobre ele.

11. O instante santo é o teu convite para que o amor entre em teu reino desolado e sem alegria e o transforme em um jardim de paz e boas-vindas. A resposta do amor é inevitável. Ela virá porque tu vieste sem o corpo e não interpuseste nenhuma barreira que interferisse com a sua vinda alegre. No instante santo, só pedes ao amor o que ele oferece a todas as pessoas, nem mais nem menos. Pedindo tudo, tu o receberás. E o teu Ser resplandecente elevará o aspecto diminuto que tentaste ocultar do Céu diretamente para o Céu. Nenhuma parte do amor chama pelo todo em vão. Nenhum Filho de Deus permanece fora da Sua Paternidade.

12. Tem certeza disso: o amor entrou no teu relacionamento especial e entrou inteiramente a teu débil pedido. Não reconheces que o amor veio porque ainda não abriste mão de todas as barreiras que manténs contra o teu irmão. Tu e ele não sereis capazes de dar boas-vindas ao amor separadamente. Não serias mais capaz de conhecer a Deus sozinho, do que Ele de conhecer a ti sem o teu irmão. Mas juntos, vós já não poderíeis estar inconscientes do amor, assim como seria impossível o amor não vos conhecer ou falhar em reconhecer a si mesmo em vós.

13. Vós alcançastes o final de uma antiga jornada sem ainda reconhecer que ela terminou. Ainda estais desgastados e cansados e o pó do deserto ainda parece enevoar os vossos olhos e mantê-los sem ver. No entanto, Aquele a Quem destes as boas-vindas veio a vós e quer dar-vos as boas-vindas. Ele esperou muito para dar-vos isso. Recebei agora Dele, pois Ele quer que O conheçam. Só uma pequena parede de poeira ainda se interpõe entre tu e teu irmão. Soprai-a de leve, com um riso alegre, e ela cairá. E caminhai para dentro do jardim que o amor preparou para vós.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Capítulo 18 - A PASSAGEM DO SONHO 7. Eu não preciso fazer nada

1. Ainda depositas fé excessiva no corpo como uma fonte de força. Que planos fazes que não envolvam o seu conforto, a sua proteção ou o seu divertimento de alguma forma? Isso faz com que o corpo seja um fim e não um meio na tua interpretação e isso sempre significa que ainda achas o pecado atraente. Ninguém aceita a Expiação para si mesmo se ainda aceita o pecado como sua meta. Assim sendo ainda não correspondeste à tua única responsabilidade. A Expiação não é bem-recebida por aqueles que preferem a dor e a destruiçao.

2. Existe uma coisa que nunca fizeste: nunca te esqueceste completamente do corpo. Talvez algumas vezes ele tenha se apagado da tua vista, mas ainda não desapareceu completamente. Não te é pedido para deixar que isso aconteça por mais de um instante, no entanto, é nesse instante que o milagre da Expiação acontece. Depois, verás o corpo outra vez, mas nunca exatamente o mesmo. E cada instante que passas sem a consciência do corpo te dá uma perspectiva diferente a seu respeito quando retornas.

3. Em nenhum instante o corpo existe de forma alguma. Ele é sempre lembrado ou antecipado, mas nunca vivenciado apenas agora. Só o seu passado e o seu futuro o fazem parecer real. O tempo o controla inteiramente, pois o pecado nunca está totalmente no presente. Em qualquer instante, a atração da culpa poderia ser experimentada como dor e nada mais e poderia ser evitada. Ela não tem atração agora. Toda a sua atração é imaginária e, portanto, tem que ser pensada no passado ou no futuro.

4. É impossível aceitar o instante santo sem reservas a não ser que, por apenas um instante, estejas disposto a não ver passado nem futuro. Não podes te preparar para ele sem colocá-lo no futuro. A liberação te é dada no instante em que a desejas. Muitos passaram toda a vida em preparação e de fato, atingiram os seus instantes de sucesso. Esse curso não pretende ensinar mais do que o que eles aprenderam no tempo, mas tem como objetivo economizar tempo. Podes estar tentando seguir uma estrada muito longa para a meta que aceitaste. É extremamente difícil atingir a Expiação lutando contra o pecado. Um esforço enorme é gasto na tentativa de tornar santo o que é odiado e desprezado. Nem há necessidade de toda uma vida de contemplação e de longos períodos de meditação com o objetivo de desapegar-te do corpo. Todas essas tentativas, em ultima instância, terão sucesso devido a seu propósito. No entanto, os meios são tediosos e consomem uma grande quantidade de tempo, pois todos procuram a liberação no futuro a partir de um estado de presente indignidade e inadequação.

5. O teu caminho será diferente, não em relação ao propósito, mas ao meio. Um relacionamento santo é um meio de ganhar tempo. Um instante passado junto com o teu irmão restaura o universo para ambos. Vós estais preparados. Agora, só precisam lembrar-vos de que não precisais fazer nada. Seria muito mais proveitoso agora apenas vos concentrardes nisso do que considerar o que deveríeis fazer. Quando a paz chega afinal àqueles que combatem a tentação e lutam contra abandonar-se ao pecado, quando a luz chega afinal à mente entregue à contemplação, ou quando a meta é finalmente alcançada por qualquer um, ela vem sempre acompanhada de apenas uma conscientização feliz: “Eu não preciso fazer nada”.

6. Está aqui a liberação final que cada um algum dia achará em seu próprio caminho, em seu próprio momento. Não precisas desse tempo. O tempo foi economizado para ti, porque tu e o teu irmão estão juntos. Esse é o meio especial que esse curso está usando para te fazer ganhar tempo. Não estás fazendo uso do curso se insistes em usar meios que serviram bem a outros, negligenciando aquilo que foi feito para ti. Ganha tempo para mim através dessa única preparação e pratica não fazendo nenhuma outra coisa. “Eu não preciso fazer nada” é uma afirmação de fidelidade, uma lealdade verdadeiramente sem divisão. Acredita nisso por apenas um instante e realizaras mais do que é dado a um século de contemplação ou de luta contra a tentação.

7. Fazer qualquer coisa envolve o corpo. E se reconheces que não precisas fazer nada, terás retirado o valor do corpo da tua mente. Aqui está a porta aberta e rápida através da qual deslizas por séculos de esforço e escapas do tempo. Esse é o caminho no qual o pecado perde toda a atração agora mesmo. Pois aqui o tempo é negado e o passado e o futuro se vão. Quem nada precisa fazer não necessita de tempo. Fazer nada é descansar e fazer um lugar dentro de ti onde a atividade do corpo deixa de exigir atenção. A esse lugar o Espírito Santo vem e lá habita. Ele permanecerá quando tu te esqueceres e quando as atividades do corpo voltarem a ocupar a tua mente consciente.

8. No entanto, sempre haverá esse lugar de descanso para o qual podes retornar. E estarás mais ciente deste centro de quietude no meio da tempestade do que de toda a atividade furiosa que ela desencadeia. Esse centro de quietude, no qual tu nada fazes, permanecerá contigo, dando-te repouso em meio a todas as tarefas trabalhosas as quais fores enviado. Pois a partir deste centro serás dirigido quanto ao modo como deves usar o teu corpo sem pecado. É esse centro, do qual o corpo esta ausente, que o manterá assim na tua consciência.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Capítulo 18 - A PASSAGEM DO SONHO 6. Além do corpo

1. Não há nada fora de ti. Isso é o que tens que aprender em ultima instância, pois é o reconhecimento de que o Reino do Céu foi restaurado para ti. Pois Deus criou apenas isso e não foi embora nem te deixou separado de Si Mesmo. O Reino do Céu é a morada do Filho de Deus, que não deixou o seu Pai e nem habita à parte Dele. O Céu não é um lugar nem uma condição. É meramente uma consciência da perfeita unicidade e o conhecimento de que nada além disso existe, nada fora dessa unicidade e nada mais dentro dela.

2. O que poderia Deus dar além do conhecimento de Si Mesmo? O que mais existe para ser dado? A crença em que poderias dar ou ganhar qualquer outra coisa, alguma coisa fora de ti, custou-te a consciência do Céu e da tua Identidade. E fizeste uma coisa ainda mais estranha do que reconheces no momento. Deslocaste a tua culpa da tua mente para o teu corpo. No entanto, um corpo não pode ser culpado, pois nada pode fazer por si mesmo. Tu, que pensas que odeias o teu corpo, enganas a ti mesmo. Odeias a tua mente, pois a culpa a penetrou e ela quer permanecer separada da mente do teu irmão, o que não pode fazer.

3. As mentes estão unidas, os corpos não. Só atribuindo à mente as propriedades do corpo é que a separação parece ser possível. E é a mente que parece ser algo privado, estar fragmentada e sozinha. A culpa, que a mantém separada, é projetada para o corpo, que sofre e morre porque é atacado para manter a separação na mente e não permitir que ela conheça a sua Identidade. A mente não pode atacar, mas pode fabricar fantasias e dirigir o corpo para encená-las. No entanto, o que parece satisfazer nunca é o que o corpo faz. A não ser que a mente acredite que o corpo, de fato, esteja encenando as suas fantasias, ela atacará o corpo aumentando a projeção da sua culpa sobre ele.

4. Nisso, a mente é claramente delusória. Ela não pode atacar, mas insiste em que pode e usa o que faz para ferir o corpo e provar que pode. A mente não pode atacar, mas pode enganar a Si mesma. E isso é tudo o que faz quando acredita que atacou o corpo. Ela pode projetar a própria culpa, mas não a perderá através da projeção. E embora esteja claro que pode interpretar equivocadamente a função do corpo, não pode mudar a função que o Espírito Santo estabelece para ele. O corpo não foi feito pelo amor. No entanto, o amor não o condena e é capaz de usa-lo amorosamente, respeitando o que o Filho de Deus fez e usando-o para salvá-lo das ilusões.

5. Não gostarias de ter os instrumentos para a separação re-interpretados em meios para a salvação e usados com os propósitos do amor? Não receberias com boas-vindas e não darias o teu apoio para fazer das fantasias de vingança uma liberação em relação a elas? A tua percepção do corpo pode ser claramente doente, mas não projetes isso sobre o corpo. Pois o teu desejo de tornar destrutivo o que não podes destruir não pode ter qualquer efeito real. O que Deus criou é apenas o que Ele quer que seja, sendo a Sua Vontade. Não podes fazer com que a Sua Vontade seja destrutiva. Podes fabricar fantasias nas quais a tua vontade entra em conflito com a Sua, mas isso é tudo.

6. É insano usar o corpo como o bode expiatório da culpa, dirigindo os seus ataques e acusando-o pelo que desejaste que ele fizesse. E impossível encenar fantasias. Pois ainda são as fantasias que tu queres e elas nada têm a ver com o que o corpo faz. Ele não sonha com elas e elas apenas fazem dele um débito quando poderia ser um crédito. Pois as fantasias fizeram do teu corpo teu inimigo: fraco, vulnerável, traiçoeiro, merecedor do ódio que investes nele. Como isso te serviu? Tu te identificaste com essa coisa que odeias, o instrumento da vingança e a fonte que percebes para a tua culpa. Isso tu fizeste com uma coisa que não tem significado, proclamando-a a morada do Filho de Deus e voltando-a contra ele.

7. Esse é o anfitrião de Deus que tu fizeste. E nem Deus e nem o Seu santíssimo Filho podem entrar em uma habitação que abriga o ódio e onde semeaste as sementes da vingança, da violência e da morte. Essa coisa que fizeste para servir à tua culpa interpõe-se entre ti e outras mentes. As mentes estão unidas, mas não te identificas com elas. Tu te vês trancado em uma cela separada, retirado e inacessível, incapaz de alcançar o exterior assim como de ser alcançado. Odeias essa prisão que fizeste e queres destruí-la. Mas não queres escapar deixando-a ilesa, sem a tua culpa sobre ela.

8. No entanto, e só assim que podes escapar. O lar da vingança não é o teu, o lugar que separaste para abrigar o teu ódio não é uma prisão, mas uma ilusão de ti mesmo. O corpo é um limite imposto à comunicação universal que é uma propriedade eterna da mente. Mas a comunicação é interna. A mente alcança a si mesma. Ela não é feita de partes diferentes que alcançam umas às outras. Ela não sai para o lado de fora. Dentro de si mesma não tem limites e nada há fora dela. Ela abrange todas as coisas. Abrange inteiramente a ti, tu dentro dela e ela dentro de ti. Não há nenhuma outra coisa, em lugar nenhum ou tempo algum.

9. O corpo está fora de ti e apenas parece cercar-te, fechando-te para os outros e mantendo-te à parte deles e eles à parte de ti. Ele não existe. Não existe nenhuma barreira entre Deus e o Seu Filho e nem pode o Filho estar separado de Si mesmo, exceto em ilusões. Essa não é a sua realidade, embora ele acredite que seja. No entanto, só poderia ser assim no caso de Deus estar errado. Deus teria tido que criar de forma diferente e teria que ter separado a Si Mesmo de Seu Filho para fazer com que isso fosse possível. Ele teria tido que criar coisas diferentes e estabelecer ordens de realidade diferentes, somente algumas das quais seriam amor. Entretanto, o amor tem que ser para sempre igual a si mesmo, imutável para sempre e para sempre sem alternativa. E assim ele é. Não podes colocar uma barreira em torno de ti porque Deus não colocou nenhuma entre Ele e ti.

10. Podes estender a tua mão e alcançar o Céu. Tu, cuja mão está unida à mão de teu irmão, começaste a alcançar o que está além do corpo, mas não fora de ti, para alcançar a vossa Identidade que é compartilhada. Poderia Isso estar fora de ti? Onde Deus não está? Seria Ele um corpo e teria Ele criado a ti como Ele não é e onde Ele não pode estar? Estás cercado apenas por Ele. Que limites podem existir em ti, a quem Ele abrange?

11. Todos já experimentaram o que poderia ser descrito como uma sensação de estar sendo transportado além de si mesmo. Esse sentimento de libertação em muito excede o sonho de liberdade algumas vezes esperado nos relacionamentos especiais. E uma sensação de ter, de fato, escapado das limitações. Se considerares o que esse “transporte” realmente envolve, reconhecerás que é uma súbita ausência de consciência do corpo e uma união de ti mesmo com alguma outra coisa na qual a tua mente cresce para abrangê-la. Ela vem a ser parte de ti na medida em que te unes a ela. E ambos vêm a ser íntegros, já que nenhum dos dois é percebido como separado. O que realmente acontece é que renunciaste à ilusão de uma consciência limitada e perdeste o teu medo da união. O amor que instantaneamente o substitui se estende àquilo que te libertou e une-se a ele. E enquanto isso dura, não estás incerto da tua Identidade e não queres limitá-la. Escapaste do medo para a paz, sem fazer perguntas à realidade, mas meramente aceitando-a. Aceitaste isso ao invés do corpo e te deixaste ser uno com alguma coisa além dele, simplesmente por não permitires que a tua mente seja limitada por ele.

12. Isso pode ocorrer independentemente da distância física que parece existir entre tu e aquilo a que te unes, das suas respectivas posições no espaço e das suas diferenças em tamanho e aparente qualidade. O tempo não é relevante, isso pode ocorrer com algo passado, presente ou antecipado. Essa “alguma coisa” pode ser qualquer coisa e em qualquer lugar: um som, uma vista, um pensamento, uma memória e até mesmo uma idéia geral sem referência específica. Entretanto, em cada caso, tu te unes a ela sem reservas porque a amas e queres estar com ela. E assim corres ao seu encontro, deixando que os teus limites se dissolvam, suspendendo todas as “leis” a que o teu corpo obedece e gentilmente deixando-as de lado.

13. Não existe absolutamente nenhuma violência nesta libertação. O corpo não é atacado, mas simplesmente percebido de maneira adequada. Ele não te limita meramente porque não queres que ele o faça. Não és realmente “elevado além” dele, ele não pode conter-te. Vais aonde queres estar, ganhando e não perdendo o senso do Ser. Nestes instantes de liberação das restrições físicas, experimentas muito do que acontece no instante santo: a suspensão das barreiras do tempo e do espaço, a experiência repentina da paz e da alegria e acima de tudo, a falta de consciência do corpo e do questionamento acerca da possibilidade ou impossibilidade de tudo isso.

14. É possível porque tu o queres. A repentina expansão da consciência que tem lugar com o teu desejo por isso é o apelo irresistível que o instante santo contém. Ele te chama para ser quem és, em seu abraço seguro. Lá as leis dos limites são suspensas para ti, para te dar as boas-vindas na abertura da mente e na liberdade. Vem a esse lugar de refúgio, onde podes ser quem és em paz. Não através da destruição, nem através do rompimento, mas meramente através de uma serena fusão. Pois lá a paz irá unir-se a ti, meramente porque estás disposto a abrir mão dos limites que impuseste ao amor e unir-te a ele no lugar onde ele está e aonde ele te conduziu, em resposta ao gentil chamado que ele te fez para estares em paz.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Capítulo 18 - A PASSAGEM DO SONHO 5. O sonho feliz

1. Prepara-te agora para o desfazer do que nunca existiu. Se já compreendesses a diferença entre verdade e ilusão, a Expiação não teria nenhum significado. O instante santo, o relacionamento santo, o ensinamento do Espírito Santo e todos os meios pelos quais se realiza a salvação não teriam nenhum propósito. Pois todos não são senão aspectos do plano de mudar os teus sonhos de medo para sonhos felizes, dos quais facilmente despertas para o conhecimento. Não te encarregues disso, pois não podes distinguir entre progresso e retrocesso. Alguns dos teus maiores progressos julgaste como fracassos e alguns dos piores retrocessos avaliaste como sucesso.

2. Nunca te aproximes do instante santo depois que tiveres tentado remover todo o medo e todo o ódio da tua mente. Essa é a sua função. Nunca tentes não ver a tua culpa antes de pedir ajuda ao Espírito Santo. Essa é a função Dele. A tua parte consiste apenas em oferecer a Ele um pouco de boa vontade para deixar que Ele remova todo medo e todo ódio, e para seres perdoado. Com a tua pequena fé, unida à Sua compreensão, Ele construirá a tua parte na Expiação e garantirá que tu a cumpriras facilmente. E com Ele construirás uma escada, plantada na sólida rocha da fé que se ergue ate o Céu. E tampouco a usarás para ascender ao Céu sozinho.

3. Através do teu relacionamento santo, renascido e abençoado a cada instante santo que não programaste, milhares subirão ao Céu contigo. Tu és capaz de planejar isso? Ou poderias te preparar para tal função? No entanto, isso é possível porque é Vontade de Deus. E nem ira Ele mudar a própria Mente a respeito disso. O início e o propósito, ambos pertencem a Ele. Um tu aceitaste, o outro te será provido. Um propósito tal como esse, sem um meio, é inconcebível. Ele provoca o meio a qualquer um que compartilhe o Seu propósito.

4. Os sonhos felizes vêm a ser verdadeiros, não porque sejam sonhos, mas porque são felizes. E assim têm que ser amorosos. A sua mensagem é: “Faça-se a Tua Vontade”, e não: “Eu quero de outra forma.” O alinhamento do meio e do propósito é um empreendimento impossível na tua compreensão. Nem sequer te dás conta de que aceitaste o propósito do Espírito Santo como teu e só poderias trazer meios não-santos para a sua realização. A pequena fé que foi necessária para mudar o propósito é tudo o que te é pedido para que possas receber o meio e usa-lo.

5. Não é um sonho amar o teu irmão como a ti mesmo. E nem é um sonho o teu relacionamento santo. Tudo o que permanece de sonhos dentro dele é que ainda é um relacionamento especial. No entanto, é muito útil para o Espírito Santo, Que tem uma função especial aqui. Ele se tomará o sonho feliz através do qual o Espírito Santo poderá espalhar a alegria a milhares e milhares de pessoas que acreditam que o amor é medo e não felicidade. Permite que Ele cumpra a função que deu ao teu relacionamento aceitando- a para ti e nada ficará faltando para fazer dele o que Ele quer que seja.

6. Quando sentes a santidade do teu relacionamento ameaçada por qualquer coisa, pára imediatamente e oferece ao Espírito Santo a tua disponibilidade, apesar do medo, para permitir que Ele troque esse instante pelo instante santo que preferes ter. Ele jamais falhará nisso. Mas não te esqueças de que o teu relacionamento é uno e, portanto, necessariamente aquilo que ameaça a paz de um, seja lá o que for, ameaça a paz do outro igualmente. O poder de unir-te à benção do teu relacionamento está no fato de que agora é impossível para ti ou para o teu irmão sentir medo sozinho ou tentar lidar com o medo sozinho. Nunca acredites que isso é necessário ou mesmo possível. Entretanto, assim como isso é impossível, também é igualmente impossível que o instante santo venha a qualquer um de vós sem vir ao outro. E ele virá a ambos, a pedido de qualquer um dos dois.

7. Aquele que for o mais são no momento em que a ameaça é percebida, deve lembrar-se de quanto é profundo o seu débito para com o outro e de quanta gratidão lhe é devida e deve alegrar-se por poder pagar a sua dívida trazendo felicidade a ambos. Que ele se lembre disso e diga:

Eu desejo essé instanté santo para mim, para qué eu possa com partilhá-lo com o meu
irmão, a quem eu amo.
Não mé é possível tê-lo sem elé é nem elé sem mim.
No entanto, é totalmenté possível para nós com partilhá-lo agora.
É assim eu escolho essé instanté como aquelé qué ofereço ao Espírito Santo, para qué a
Sua benção possa descer sobré nós é manter-nos em paz.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Capítulo 18 - A PASSAGEM DO SONHO 4. Um pouco de boa vontade

1. O instante santo é o resultado da tua determinação de ser santo. É a resposta. O desejo e a disponibilidade para permitir que ele venha precedem a sua vinda. Preparas a tua mente para ele apenas na medida em que reconheces que o queres acima de todas as outras coisas. Não é necessário fazer mais; na verdade, é necessário que reconheças que não podes fazer mais. Não tentes dar ao Espírito Santo aquilo que Ele não pede, ou estarás adicionando o ego a Ele e confundindo os dois. Ele só pede pouco. É Ele que adiciona a grandeza e o poder. Ele une-se a ti para fazer com que o instante santo seja muito maior do que podes compreender. É o teu reconhecimento de que precisas fazer tão pouco que permite a Ele dar tanto.

2. Não confies nas tuas boas intenções. Elas não são suficientes. Mas confies implicitamente na tua disponibilidade, não importa o que mais possa entrar nisso. Concentra-te apenas nela e não te perturbes pelas sombras que a cercam. É por isso que vieste. Se pudesses vir sem elas, não terias necessidade do instante santo. Vêm a ele, não em arrogância, presumindo que tens que conseguir o estado que ele traz com sua vinda. O milagre do instante santo está na tua disponibilidade para permitir que ele seja o que é. E na tua disponibilidade para isso está também a tua aceitação de ti mesmo tal como foste criado.

3. A humildade jamais pedirá que fiques contente com a pequenez. Mas requer que não fiques contente com menos do que a grandeza que não vem de ti. A tua dificuldade com o instante santo surge da tua convicção firme de que não és digno dele. E o que é isso, senão a determinação de seres assim como queres fazer a ti mesmo? Deus não criou a Sua própria morada indigna de Si Mesmo. E se acreditas que Ele não pode entrar onde é Sua Vontade estar, tens que estar interferindo com a Sua Vontade. Não necessitas que a força da tua vontade venha de ti mesmo, mas só da Sua Vontade.

4. O instante santo não vem só da tua boa vontade que é pouca. Resulta sempre desse pouco de boa vontade combinado com o poder ilimitado da Vontade de Deus. Tens estado errado ao pensar que é necessário preparar-te para Ele. É impossível fazer preparativos arrogantes para a santidade e não acreditar que depende de ti estabelecer as condições para a paz. Deus as estabeleceu. Elas não aguardam a tua disponibilidade para serem o que são. A tua disponibilidade só é necessária para possibilitar que te seja ensinado quais são elas. Se insistes em seres indigno de aprender isso, estás interferindo com alição, por acreditares que tens que fazer com que o aprendiz seja diferente. Não fizeste o aprendiz e nem podes fazê-lo diferente. Queres em primeiro lugar fazer um milagre por tua própria conta e depois esperar que um seja feito para ti?

5. Tu meramente fazes a pergunta. A resposta é dada. Não busques responder, mas apenas receber a resposta assim como é dada. Ao preparar-te para o instante santo, não tentes fazer-te santo para estar pronto para recebê-lo. Isso é apenas confundir o teu papel com o de Deus. A Expiação não pode vir para aqueles que pensam que, em primeiro lugar precisam expiar, mas só para aqueles que nada mais oferecem senão a simples disponibilidade de abrir caminho para ela. A purificação é só de Deus e, portanto, é para ti. Ao invés de buscar preparar-te para Ele, tenta pensar deste modo: 

Eu, qué sou anfitrião dé Deus, sou digno Dele.
Ele, Qué estabeleceu em mim a Sua morada, criou-a como Elé queria qué fosse.
Não é preciso qué eu a apronté para Ele, mas apenas qué eu não interfira no Seu plano
para restituir-mé a minha própria consciência dé estar pronto, qué é eterna.
Eu nada tenho qué adicionar ao piano dé Deus.
Mas para recebê-lo, tenho qué estar disposto a não substituí-lo pelo meu.

6. E isso é tudo. Adiciona mais e estarás simplesmente retirando o pouco que te é pedido. Lembra-te de que fizeste a culpa e que o teu plano para escapar da culpa tem sido o de trazer a ela a Expiação e fazer com que a salvação seja amedrontadora. E é apenas medo o que adicionaras ao preparar-te para o amor. A preparação para o instante santo pertence Àquele Que o dá. Libera-te para Ele, Cuja função é a liberação. Não assumas por Ele a Sua função. Dá-Lhe apenas o que Ele pede, de modo que possas aprender como é pequena a tua parte e como é grande a Sua.

7. É isso o que faz com que o instante santo seja tão fácil e tão natural. Tu o tornas difícil, porque insistes que tem que haver mais coisas que precisas fazer. Achas difícil aceitar a idéia de que precisas dar tão pouco para receber tanto. E é muito difícil para ti reconhecer que não é um insulto pessoal que a tua contribuição e a do Espírito Santo sejam tão extremamente desproporcionais. Ainda estás convencido de que a tua compreensão é uma contribuição poderosa para a verdade e faz dela o que ela é. Entretanto, nós já enfatizamos que nada precisas compreender. A salvação é fácil exatamente porqué nada pede que não possas dar agora mesmo.

8. Não te esqueças de que foi decisão tua fazer com que tudo o que é natural e fácil para ti seja impossível. Se acreditas que o instante santo é difícil para ti, é porque te tomaste o árbitro do que é possível e permaneces sem vontade de ceder o lugar Àquele Que tem o conhecimento. Toda a crença em ordens de dificuldades em milagres está centrada nisso. Tudo aquilo que é Vontade de Deus não só é possível como já aconteceu. E é por isso que o passado se foi. Ele nunca aconteceu na realidade. Só na tua mente, que pensou que tudo isso aconteceu, é necessário desfazê-lo.

domingo, 9 de agosto de 2015

Capítulo 18 - A PASSAGEM DO SONHO 3. Luz no sonho

1. Tu, que tens gasto a tua vida trazendo verdade a ilusões, realidade a fantasias, tens andado pelo caminho dos sonhos. Pois passaste do despertar ao sono e penetraste cada vez mais em um sono ainda mais profundo. Cada sonho levou a outros sonhos e cada fantasia que parecia trazer uma luz à escuridão só fez com que as trevas fossem mais profundas. A tua meta era a escuridão onde nenhum raio de luz pudesse entrar. E buscaste uma negrura completa para que pudesses nela esconder-te da verdade para sempre, em completa insanidade. O que esqueceste foi simplesmente que Deus não pode destruir a Si mesmo. A luz está em ti. As trevas podem encobri-Ia, mas não podem apagá-la.

2. À medida que a luz vem para mais perto, correrás para a escuridão encolhendo-te com medo da verdade, às vezes recuando para as formas menos intensas do medo e às vezes para o terror mais absoluto. Mas avançarás, porque a tua meta e avançar do medo à verdade. A meta que aceitaste é a meta do conhecimento, para a qual manifestaste a tua disponibilidade. O medo parece viver na escuridão e, quando sentes medo, deste um passo para trás. Vamos, então, unir-nos rapidamente em um instante de luz e isso será o suficiente para lembrar-te que a tua meta é a luz.

3. A verdade tem corrido ao teu encontro desde que a chamaste. Se conhecesses Quem caminha a teu lado no caminho que escolheste, o medo seria impossível. Não conheces porque a jornada para a scuridão foi longa e cruel e entraste profundamente nela. Um leve piscar dos teus olhos, há tanto tempo fechados, ainda não foi suficiente para te dar confiança em ti mesmo, há tanto tempo desprezado. Vais ao encontro do amor ainda odiando-o e terrivelmente temeroso do seu julgamento sobre ti. E não reconheces que não tens medo do amor, mas apenas do que fizeste do amor. Estás avançando rumo ao significado do amor e te distanciando de todas as ilusões com as quais o cercaste. Quando recuas para a ilusão o teu medo aumenta, pois lá há poucas dúvidas de que o que pensas que ele significa é amedrontador. No entanto, o que é isso para nós que viajamos em segurança e velozmente para longe do medo?

4. Tu, que seguras a mão do teu irmão, seguras também a minha, pois quando vos unistes não estáveis sozinhos. Acreditas que eu te deixaria na escuridão, que tu concordaste em deixar comigo? No teu relacionamento está a luz do mundo. E o medo tem que desaparecer diante de ti agora. Não sejas tentado a arrancar a dádiva da fé que ofereceste ao teu irmão. Terás sucesso em assustar a ti mesmo. A dádiva é dada para sempre, pois o próprio Deus a recebeu. Tu não podes tomá-la de volta. Aceitaste a Deus. A santidade do teu relacionamento está estabelecida no Céu. Não compreendes o que aceitaste, mas lembra- te de que a tua compreensão não é necessária. Tudo o que foi necessário foi simplesmente o desejo de compreender. Esse desejo era o desejo de ser santo. A Vontade de Deus te foi concedida. Pois desejas a única coisa que sempre tiveste ou sempre foste.

5. Cada instante que passamos juntos vai te ensinar que essa meta é possível e fortalecerá o teu desejo de alcançá-la. E no teu desejo está a sua realização. O teu desejo está agora em completo acordo com todo o poder da Vontade do Espírito Santo. Nenhum dos pequenos passos em falso que possas dar é capaz de separar o teu desejo da Sua Vontade e da Sua força. Eu seguro a tua mão com tanta segurança quanto tu concordaste em tomar a mão do teu irmão. Vós não vos separareis, pois eu estou convosco e caminho convosco em vosso progresso rumo à verdade. E aonde nós vamos carregamos Deus conosco.

6. No teu relacionamento tu te uniste a mim trazendo o Céu ao Filho de Deus, que se escondia na escuridão. Tens estado disposto a trazer a escuridão à luz e essa tua disponibilidade tem dado força a todos os que queriam permanecer na escuridão. Aqueles que querem ver verão. E se unirão a mim transportando a sua luz à escuridão, quando a escuridão dentro deles for oferecida à luz e removida para sempre. A minha necessidade de ti, unido a mim na luz santa do teu relacionamento, é a tua necessidade da salvação. Não te daria eu o que deste a mim? Pois quando te uniste ao teu irmão, respondeste a mim.

7. Tu que és agora o portador da salvação, tens a função de trazer a luz à escuridão. A escuridão em ti foi trazida à luz. Transporta-a de volta à escuridão, partindo do instante santo ao qual a trouxeste. Nós nos tomamos íntegros no nosso desejo de tornar íntegro. Não permitas que o tempo te preocupe, pois todo o medo que tu e teu irmão experimentam é realmente passado. O tempo foi reajustado para nos ajudar a fazer juntos aquilo que os vossos passados separados impediriam. Vós ultrapassastes o medo, pois duas mentes não se podem unir no desejo do amor sem que O amor se una a elas.

8. Não há no Céu nem uma única luz que não vá convosco. Nem um único Raio que brilhe para sempre na Mente de Deus deixa de vos iluminar. O Céu está unido a vós no vosso avanço rumo ao Céu. Quando grandes luzes tais como estas estão unidas a vós para dar a pequena centelha do vosso desejo o poder do próprio Deus, será possível permanecerdes nas trevas? Tu e o teu irmão estão voltando ao lar juntos, após uma longa jornada sem significado que empreenderam um à parte do outro e que não levou a lugar nenhum. Tu achaste o teu irmão e vos iluminareis o caminho um para o outro. E a partir dessa Luz, os Grandes Raios estender-se-ão para trás em direção às trevas e para frente em direção a Deus, para desvanecer o passado com seu resplendor e assim abrir espaço para a Sua Presença eterna, na qual todas as coisas são radiantes na luz.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Capítulo 18 - A PASSAGEM DO SONHO 2. A base do sonho

1. Não é fato que nos sonhos surge um mundo que parece ser bastante real? Entretanto, pensa sobre o que é esse mundo. Claramente não é o mundo que viste antes de dormir. É mais uma distorção do mundo planejada somente em torno daquilo que terias preferido. Aqui estás “livre” para refazer qualquer coisa que aparentemente te tenha atacado e fazer dela um tributo ao teu ego, que foi ultrajado pelo “ataque”. A não ser que tenhas visto a ti mesmo como se fosses um com o ego, que sempre olha para si próprio e, portanto, para ti como alvo de ataque e altamente vulnerável a esse ataque, tal não seria o teu desejo.

2. Os sonhos são caóticos porque são governados pelos teus desejos conflitantes e não têm, portanto, qualquer preocupação com o que é verdadeiro. Eles são o melhor exemplo que poderias ter de como a percepção pode ser usada para substituir a verdade por ilusões. Não os levas a sério quando acordas, porque o fato da realidade neles ser violada de forma tão ultrajante passa a ser evidente. No entanto, são uma maneira de olhar para o mundo e de mudá-lo para agradar mais ao ego. Eles provêem exemplos gritantes tanto da incapacidade do ego de tolerar a realidade, quanto da tua disponibilidade para mudar a realidade a favor dele.

3. Não achas perturbadoras as diferenças entre o que vês durante o sono e ao despertares. Reconheces que o que vês quando acordas é obliterado nos sonhos. Entretanto, ao acordares, não esperas que tenha desaparecido. Nos sonhos, tu arranjas tudo. As pessoas vêm a ser o que queres que sejam e o que fazem é o que tu ordenas. Nenhum limite em termos das substituições que podes fazer te é imposto. Durante um certo tempo, é como se o mundo te fosse dado para que faças dele o que desejas. Não reconheces que o estás atacando, tentando triunfar sobre ele e fazer com que sirva a ti.

4. Os sonhos são cenas temperamentais da percepção, nos quais literalmente gritas: “Quero que seja assim!” E assim parece ser. E, no entanto, o sonho não pode fugir da sua origem. A raiva e o medo o perpassam e, em um instante, a ilusão de satisfação é invadida pela ilusão do terror. Pois o sonho de que tens a capacidade de controlar a realidade substituindo-a por um mundo que preferes é aterrador. As tuas tentativas de obliterar a realidade são muito amedrontadoras, mas isso não estás disposto a aceitar. E assim as substituis pela fantasia de que é a realidade que é amedrontadora e não o que queres fazer dela. E desse modo a culpa se faz real.

5. Os sonhos te mostram que tens o poder de fazer o mundo conforme queres que ele seja e, porque o queres, tu o vês. E enquanto o vês, não duvidas de que ele seja real. Contudo, aqui está um mundo, é óbvio que ele está dentro da tua mente, mas aparenta estar do lado de fora. Não respondes a ele como se o tivesses feito e nem reconheces que as emoções que o sonho produz necessariamente vêm de ti. São as figuras no sonho e o que fazem que parecem fazer o sonho. Tu não reconheces que estás fazendo com que representem para ti, pois se reconhecesses, a culpa não seria delas e a ilusão de satisfação desapareceria. Nos sonhos, essas características não são obscuras. Pareces despertar e o sonho se foi.
Entretanto, o que falhas em reconhecer e que aquilo que causou o sonho não se foi com ele. O teu desejo de fazer um outro mundo que não é real permanece contigo. E aquilo para o qual pareces despertar, não é senão uma outra forma desse mesmo mundo que vês nos sonhos. Todo o teu tempo é gasto em sonhar. Os teus sonhos, quando estás dormindo, e os teus sonhos, quando estás acordado, têm formas diferentes e isso é tudo. Seu conteúdo é o mesmo. Eles são o teu protesto contra a realidade e a tua idéia fixa e insana de que podes mudá-la. Nos teus sonhos quando estás acordado, o relacionamento especial tem um lugar especial. Ele é o meio pelo qual tentas fazer com que os teus sonhos, enquanto estás dormindo, venham a ser verdadeiros. Disso, tu não despertas. O relacionamento especial é a tua determinação de manter-te apegado à irrealidade e impedir a ti mesmo de despertar. E enquanto deres maior valor ao sono do que ao despertar, não abrirás mão dele.

6. O Espírito Santo, sempre prático em Seu juízo, aceita os teus sonhos e os usa como um meio de fazer com que despertes. Tu os terias usado para permaneceres adormecido. Eu disse anteriormente que a primeira mudança, antes dos sonhos desaparecerem, é que os teus sonhos de medo são transformados em sonhos felizes. É isso o que o Espírito Santo faz no relacionamento especial. Ele não o destrói, nem o arranca de ti. Mas Ele o usa de um modo diferente, como uma ajuda para fazer com que o Seu propósito seja real para ti. O relacionamento especial permanecerá, não como uma fonte de dor e culpa, mas como uma fonte de alegria e liberdade. Ele não será apenas para ti, pois é aí que está a sua miséria. Assim como a sua não-santidade o manteve como uma coisa a parte, a sua santidade virá a ser um oferecimento para todas as pessoas.

7. O teu relacionamento especial será um meio de desfazer a culpa em todas as pessoas abençoadas através do teu relacionamento santo. Será um sonho feliz e um sonho que irás compartilhar com todos aqueles que vierem a estar diante da tua vista. Através dele, a benção que o Espírito Santo derramou sobre ele será estendida. Não penses que Ele se esqueceu de pessoa alguma no propósito que te deu. E não penses que Ele se esqueceu de ti, a quem deu a dádiva. Ele usa todas as pessoas que O chamam como meios para a salvação de todos. E Ele despertará a todos através de ti, que ofereceste o teu relacionamento a Ele. Se apenas reconhecesses a Sua gratidão! Ou a minha através da Sua! Pois nós estamos unidos em um único propósito, sendo uma só mente com Ele.

8. Não permitas que o sonho assuma o controle a ponto de te fechar os olhos. Não é estranho que os sonhos possam fazer um mundo que não é real. É o desejo de faze-lo que é inacreditável. O teu relacionamento com o teu irmão agora veio a ser um relacionamento no qual esse desejo foi removido, porque o seu propósito foi mudado de um propósito de sonhos para um propósito de verdade. Não estás certo disso, porque pensas que talvez esse seja o sonho. Estás tão habituado a escolher entre sonhos, que não vês que finalmente fizeste a escolha entre a verdade e todas as ilusões.

9. No entanto, o Céu é garantido. Isso não é um sonho. Que ele tenha vindo significa que escolheste a verdade e ela veio porque tens estado disposto a deixar que o teu relacionamento especial satisfaça as suas condições. No teu relacionamento, o Espírito Santo gentilmente colocou o mundo real, o mundo dos sonhos felizes, dos quais o despertar é tão fácil e tão natural. Pois, assim como os teus sonhos, quando estás dormindo, e os teus sonhos, quando estás acordado, representam os mesmos desejos em tua mente, também assim o mundo real e a verdade do Céu se unem na Vontade de Deus. O sonho do despertar é facilmente transferido para a realidade de estares desperto. Pois esse sonho reflete a tua vontade unida à Vontade de Deus. E o que essa Vontade quer que se realize nunca deixou de estar feito.