sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Capítulo 8 – 8. O corpo como meio ou fim


1. Atitudes dirigidas ao corpo são atitudes dirigidas para atacar. As definições egóticas para qualquer coisa são infantis e sempre se baseiam naquilo que ele acredita que seja a função para a qual ela serve. Isso é assim porque o ego é incapaz de generalizações verdadeiras, e igualiza o que vê com a função que designou para isso. Ele não igualiza o que vê com o que a coisa é. Para o ego, o corpo é algo com que atacar. Igualizar-te ao corpo te ensina que o que tu és serve para atacar. O corpo não é, então, a fonte da própria saúde. A condição do corpo depende apenas da tua interpretação da sua função. As funções são parte do ser, pois surgem dele, mas o relacionamento não é recíproco. O todo define a parte, mas a parte não define o todo. No entanto, conhecer em parte é conhecer inteiramente, devido à diferença fundamental entre conhecimento e percepção. Na percepção o todo é construído de partes que podem se separar e reunir outra vez em diferentes constelações. Mas o conhecimento nunca muda, de modo que a sua constelação é permanente. A idéia dos relacionamentos entre a parte e o todo só tem significado ao nível da percepção, onde a mudança é possível. De outro modo, não há nenhuma diferença entre a parte e o todo.

2. O corpo existe em um mundo que parece conter duas vozes que lutam pela sua posse. Sendo essa a constelação que é percebida, o corpo é visto como capaz de deslocar a sua aliança de uma para outra, fazendo com que tanto os conceitos da saúde quanto os da doença sejam significativos. O ego faz uma confusão fundamental entre meio e fim, como sempre faz. Considerando o corpo como um fim, o ego não tem uma utilidade real para ele, porque ele não é um fim. Tens que ter notado uma característica marcante de todos os objetivos que o ego tem aceito para si mesmo. Quando o alcançaste, ele não te satisfez. E por isso que o ego é forçado a se deslocar incessantemente de uma meta para outra, de forma que continues a esperar que ele ainda possa te oferecer alguma coisa.

3. Tem sido particularmente difícil vencer a crença do ego no corpo enquanto fim, porque ela é sinônima à crença no ataque enquanto fim. O ego tem um profundo investimento na doença. Se estás doente, como podes fazer objeções à firme crença do ego segundo a qual não és invulnerável? Esse é um argumento atraente do ponto de vista do ego, porque obscurece o ataque óbvio que está por trás da doença. Se reconhecesses isso e também se decidisses contra o ataque, não poderias dar esse falso testemunho à postura do ego.

4.É duro perceber a doença como um testemunho falso porque não reconheces que ele está inteiramente à margem daquilo que tu queres. Esse testemunho, então, parece ser inocente e digno de confiança porque não o examinaste com seriedade em todos os seus aspectos. Se o tivesses feito, não considerarias a doença um testemunho tão forte a favor dos pontos de vista do ego. Uma declaração mais honesta seria a de que aqueles que querem o ego estão predispostos a defendê-lo. Portanto, sua escolha de testemunhas deveria ser suspeita desde o início. O ego não apela para testemunhas que iriam discordar do seu caso, assim como também o Espírito Santo não o faz. Eu tenho dito que o julgamento é a função do Espírito Santo, função essa que Ele está perfeitamente equipado para cumprir. O ego, enquanto juiz, faz qualquer coisa, exceto um julgamento imparcial. Quando o ego apela para uma testemunha, ele já fez da testemunha uma aliada.


5. Ainda assim é verdade que o corpo não tem função em si mesmo, pois não é um fim. No entanto, o ego o estabelece como um fim, pois dessa forma a sua função verdadeira é obscurecida. Esse é o propósito de tudo o que o ego faz. Seu único objetivo é perder de vista a função de todas as coisas. Um corpo doente não faz nenhum sentido. Não poderia fazer nenhum sentido, porque a doença não é a função do corpo. A doença só tem significado se as duas premissas básicas nas quais se baseia a interpretação que o ego faz do corpo forem verdadeiras: que o corpo existe para o ataque e que tu és um corpo. Sem essas premissas, a doença é inconcebível.

6. A doença é um modo de demonstrar que podes ser ferido. É um testemunho da tua fragilidade, da tua vulnerabilidade e da tua extrema necessidade de depender de orientação externa. O ego usa isso como seu melhor argumento para a tua necessidade da sua orientação. Ele dita receitas sem fim para evitar resultados catastróficos. O Espírito Santo, perfeitamente ciente da mesma situação, não se preocupa absolutamente em analisá-la. Se os dados são sem significado, não faz sentido analisá-los. A função da verdade é coletar informações que sejam verdadeiras. Qualquer forma que uses para lidar com o erro não resulta em nada. Quanto mais complicados os resultados, mais duro vem a ser o reconhecimento de que nada são, mas não é necessário examinar todos os resultados possíveis aos quais as premissas dão lugar para julgá-los verdadeiramente.

7. Um instrumento de aprendizado não é um professor. Ele não pode te dizer como te sentes. Não sabes como te sentes porque tens aceito a confusão do ego e acreditas, por conseguinte, que um instrumento de aprendizado pode te dizer como te sentes. A doença é meramente um outro exemplo da tua insistência em pedir a orientação de um professor que não sabe a resposta. O ego é incapaz de saber como te sentes. Quando eu disse que o ego não sabe nada, disse a única coisa a respeito do ego que é totalmente verdadeira. Mas há um corolário: se apenas o conhecimento é e se o ego não tem conhecimento, então o ego não é.

8. Tu bem poderias perguntar como a voz de alguma coisa que não existe pode ser tão insistente. Já pensaste no poder de distorção de algo que queres, mesmo se não é real? Existem muitos exemplos de como o que queres distorce a percepção. Ninguém pode duvidar da competência do ego em construir casos falsos. E nem ninguém pode duvidar da tua disponibilidade em escutar, enquanto não escolhes não aceitar coisa alguma exceto a verdade. Quando deixares o ego de lado, ela desaparecerá. A Voz do Espírito Santo é tão alta quanto a tua disponibilidade em ouvi-la. Não pode ser mais alta sem violar a tua liberdade de escolha, que o Espírito Santo busca restaurar e nunca minar.

9. O Espírito Santo te ensina a usar o teu corpo só para alcançar os teus irmãos, de forma que Ele possa ensinar a Sua mensagem através de ti. Isso irá curá-los e por conseguinte curará a ti. Tudo o que é usado de acordo com a sua função assim como o Espírito Santo a vê, não pode ser doente. Tudo o que é usado de outro modo, o é. Não permitas que o corpo seja um espelho de uma mente dividida. Não permitas que ele seja uma imagem da tua própria percepção da pequenez. Não permitas que ele reflita a tua decisão de atacar. A saúde é vista como o estado natural de todas as coisas quando a interpretação fica a cargo do Espírito Santo, Que não percebe nenhum ataque em coisa alguma. A saúde é o resultado do abandono de todas as tentativas de se usar o corpo sem amor. A saúde é o início da perspectiva adequada da vida sob a orientação do único Professor Que conhece o que é a vida, sendo a Voz pela própria Vida. 

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Capítulo 8 – 7. O corpo como um meio de comunicação


1. O ataque é sempre físico. Quando qualquer forma de ataque entra na tua mente, estás te igualando a um corpo, já que é essa a interpretação que o ego faz do corpo. Não é preciso que ataques fisicamente para aceitares essa interpretação. Tu a estás aceitando simplesmente por acreditares que o ataque pode te conseguir algo que queres. Se não acreditasses nisso, a idéia do ataque não teria nenhum apelo para ti. Quando te igualas a um corpo, sempre experimentas depressão. Quando um Filho de Deus pensa em si mesmo desse modo, está se diminuindo e vendo seus irmãos igualmente diminuídos. Uma vez que ele só pode se achar neles, se excluiu da salvação.

2. Lembra-te que o Espírito Santo interpreta o corpo só como um meio de comunicação. Sendo o elo de comunicação entre Deus e Seus Filhos separados o Espírito Santo interpreta tudo o que tens feito à luz do que Ele é. O ego separa através do corpo. E o Espírito Santo alcança os outros através dele. Tu não percebes os teus irmãos como o Espírito Santo os percebe, porque não consideras os corpos somente como meios de juntar as mentes e uni-las com a tua e a minha. Essa interpretação do corpo vai mudar a tua mente por completo a respeito do valor que ele tem. Por si mesmo, ele não tem nenhum.

3. Se usas o corpo para o ataque, isso te causa dano. Se tu o usas só para alcançar as mentes daqueles que acreditam que são corpos e ensiná-los através do corpo que isso não é assim, vais compreender o poder da mente que está em ti. Se usas o corpo para isso, e só para isso, não podes usá-lo para o ataque. A serviço da união, ele vem a ser uma bela lição de comunhão, que tem valor até que haja comunhão. Esse é o modo de Deus fazer com que seja ilimitado o que tu tens limitado. O Espírito Santo não vê o corpo como tu o vês, porque Ele sabe que a única realidade de qualquer coisa é o serviço que rende a Deus em nome da função que Ele lhe dá.

4. A comunicação acaba com a separação. O ataque a promove. O corpo é feio ou bonito, pacífico ou selvagem, útil ou danoso, de acordo com o uso que lhe é conferido. E no corpo de outra pessoa verás o uso que tens conferido ao teu. Se o corpo vem a ser um meio que dás ao Espírito Santo, de forma que Ele o use em favor da união da Filiação, tu não verás coisa alguma que seja física exceto como ela é. Usa-o para a verdade e o verás verdadeiramente. Usa-o equivocadamente e tu o compreenderás equivocadamente, porque já o terás feito por usá-lo de forma equivocada. Interpreta qualquer coisa à parte do Espírito Santo e desconfiarás dela. Isso te conduzirá ao ódio, ao ataque e à perda da paz.

5. No entanto, toda a perda vem somente da tua própria compreensão equivocada. Qualquer tipo de perda é impossível. Mas quando olhas para um irmão como uma entidade física, o seu poder e glória estão “perdidos” para ti, assim como os teus. Atacaste o teu irmão, mas em primeiro lugar, tens que ter atacado a ti mesmo. Não o vejas desse modo pela tua própria salvação, que não pode deixar de trazer ao teu irmão a sua. Não permitas que ele se diminua em tua mente, mas liberta-o da sua crença na pequenez e assim escapa da tua. Como parte de ti, ele é santo. Como parte de mim, tu és. Comunicar-te com parte do próprio Deus é ir além do Reino até o seu Criador, através da Sua Voz Que Ele estabeleceu como parte de ti.

6. Regozija-te, pois, pelo fato de que por ti mesmo nada podes fazer. Tu não és de ti mesmo. Aquele, de Quem tu és, determinou que o teu poder e a tua glória sejam teus, com os quais podes perfeitamente realizar a Sua santa Vontade para ti quando a aceitas para ti mesmo. Ele não retirou de ti as Suas dádivas, mas tu acreditas que as retiraste Dele. Em Nome de Deus, não deixes que nenhum Filho de Deus permaneça escondido, porque o Seu Nome é o teu.

7. A Bíblia diz: “E o Verbo (ou pensamento) se fez carne.” Estritamente falando isso é impossível, já que parece envolver a translação de uma ordem de realidade para outra. Diferentes ordens de realidade meramente aparentam existir, assim como diferentes ordens de milagres. O pensamento não pode ser feito carne exceto pela crença, já que o pensamento não é físico. No entanto, o pensamento é comunicação, para a qual o corpo pode ser usado. Esse é o único uso natural que lhe pode ser conferido. Usar o corpo de maneira não-natural é perder de vista o propósito do Espírito Santo e assim confundir a meta do Seu currículo.

8. Não há nada tão frustrante para um aprendiz do que um currículo que ele não pode aprender. O seu sentimento de adequação sofre e ele não pode deixar de ficar deprimido. Confrontar-se com uma situação de aprendizado impossível é a coisa mais deprimente do mundo. De fato, em última instância, é por esse motivo que o próprio mundo é deprimente. O currículo do Espírito Santo nunca é deprimente porque é um currículo de alegria. Sempre que a reação ao aprendizado é a depressão, isso acontece porque se perdeu de vista a verdadeira meta do currículo.

9. Nesse mundo, nem mesmo o corpo é percebido como íntegro. Seu propósito é visto como fragmentado em muitas funções com pouca ou nenhuma relação uma com a outra, de modo que parece ser regido pelo caos. Guiado pelo ego, ele é. Guiado pelo Espírito Santo, não é. Vem a ser um meio através do qual a par- te da mente que tentaste separar do espírito pode ir além das suas distorções e voltar para o espírito. O temo do ego assim vem a ser o templo do Espírito Santo, onde a devoção a Ele substitui a devoção ao ego. Nesse sentido, o corpo, de fato, vem a ser um templo para Deus; a Sua Voz o habita, dirigindo o uso que lhe é conferido.

10. A cura é o resultado de usar o corpo somente para a comunicação. Como isso é natural, cura fazendo com que ele seja integro, o que é também natural. Toda mente é íntegra e a crença em que parte dela é física, ou não é mental, é uma interpretação fragmentada ou doentia. Não é possível se fazer com que a mente seja física, mas ela pode ser manifestada através do físico, se usa o corpo para ir além de si mesma. Tentando alcançar o que está fora, a mente se estende. Ela não pára no corpo, pois se o faz, é bloqueada em seu propósito. Uma mente que foi bloqueada permitiu a si mesma ser vulnerável ao ataque, porque voltou-se contra si mesma.

11. A remoção dos bloqueios é, então, o único modo de garantir ajuda e cura. Ajuda e cura são as expressões normais de uma mente que está trabalhando através do corpo, mas não no corpo. Se a mente acredita que o corpo é a sua meta, vai distorcer a sua percepção do corpo e, bloqueando a própria extensão para além dele, vai induzir à doença fomentando a separação. Perceber o corpo como uma entidade separada não pode senão fomentar a doença, porque não é verdadeiro. Um meio de comunicação perde a sua utilidade se é usado para qualquer outra coisa. Usar um meio de comunicação como um meio de ataque é uma óbvia confusão de propósito.

12. Comunicar é unir e atacar é separar. Como podes fazer ambos ao mesmo tempo com a mesma coisa e não sofrer? A percepção do corpo só pode ser unificada por um propósito único. Isso libera a mente da tentação de ver o corpo sob muitas luzes e o entrega por inteiro à Única Luz na Qual ele pode ser realmente compreendido. Confundir um instrumento de aprendizado com uma meta do currículo é uma confusão fundamental que bloqueia a compreensão de ambos. O aprendizado tem que conduzir para o que está além do corpo até o reestabelecimento do poder da mente nele. Isso só pode ser realizado se a mente se estende a outras mentes e não se detém na sua extensão. Essa detenção é a causa de toda enfermidade, porque só a extensão é a função da mente.

13. O oposto da alegria é depressão. Quando o teu aprendizado promove depressão em vez de alegria, não podes estar escutando o Professor alegre de Deus nem aprendendo Suas lições. Ver um corpo como qualquer outra coisa, exceto um meio de comunicação, é limitar a tua mente e ferir a ti mesmo. A saúde, portanto, nada mais é do que o propósito unificado. Se o corpo é submetido ao propósito da mente, ele vem a ser íntegro porque o propósito da mente é um só. O ataque só pode ser um suposto propósito do corpo, porque à parte da mente o corpo não tem propósito algum.

14. Tu não és limitado pelo corpo e o pensamento não pode se fazer carne. Entretanto, a mente pode ser manifestada através do corpo se vai além dele e não o interpreta como limitação. Sempre que vês outra pessoa como limitada ao corpo ou pelo corpo, estás impondo esse limite a ti mesmo. Estás disposto a aceitar isso, quando todo o propósito do teu aprendizado deveria ser escapar das limitações? Conceber o corpo como um meio de ataque e acreditar que a alegria poderia resultar daí é uma indicação clara de um aprendiz deficiente. Ele aceitou uma meta de aprendizado em óbvia contradição com o propósito unificado do currículo, meta essa que interfere com a sua capacidade de aceitar o propósito do currículo como o seu próprio. 

15. A alegria é propósito unificado e o único propósito unificado é o de Deus. Quando o teu é unificado, ele é o Seu. Acredita que podes interferir com o Seu propósito e estás precisando de salvação. Tu tens condenado a ti mesmo, mas a condenação não é de Deus. Portanto, não é verdadeira. Nem o são quaisquer dos seus resultados aparentes. Quando vês um irmão como um corpo, tu o estás condenando porque condenaste a ti mesmo. No entanto, se toda condenação é irreal e tem que ser irreal já que é uma forma de ataque, ela não pode ter nenhum resultado.

16. Não permitas que tu mesmo sofras os resultados imaginários do que não é verdadeiro. Liberta a tua mente da crença segundo a qual isso é possível. Na completa impossibilidade disso está a tua única esperança de liberação. Mas que outra esperança poderias querer? A libertação das ilusões está apenas em não se acreditar nelas. Não há nenhum ataque, mas há comunicação ilimitada e, portanto, poder e integridade ilimitados. O poder da integridade é extensão. Não detenhas o teu pensamento nesse mundo e assim abrirás a tua mente para a criação em Deus. 

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Capítulo 8 – 6. O tesouro de Deus


1. Nós somos a vontade conjunta da Filiação, cuja integridade é para todos nós. Damos início à jornada de volta ao partirmos juntos e nos reunimos aos nossos irmãos na medida em que continuamos juntos. Cada ganho em nossa força é oferecido a todos, de modo que também eles possam deixar de lado suas fraquezas e adicionar suas forças a nós. As boas-vindas de Deus nos esperam a todos e Ele vai nos dar boas-vindas assim como eu as dou a ti. Não esqueças do Reino de Deus por coisa alguma que o mundo tenha a oferecer.

2. O mundo nada pode adicionar ao poder e a gloria de Deus e de Seus Filhos santos, mas pode cegar os Filhos em relação ao Pai, se eles contemplam o mundo. Não podes contemplar o mundo e conhecer a Deus. Só um é verdadeiro. Eu vim para te dizer que não cabe a ti escolher qual dos dois é verdadeiro. Se fosse assim, terias te destruído. Entretanto, a destruição das Suas criações não foi a Vontade de Deus, tendo-as criado para a eternidade. A Sua Vontade tem salvo a ti, não de ti mesmo, mas da tua ilusão de ti mesmo. Ele te tem salvo para ti.

3. Vamos glorificar Aquele a Quem o mundo nega, pois sobre o Seu Reino o mundo não tem poder. Ninguém que tenha sido criado por Deus pode achar alegria em coisa alguma exceto o eterno; não porque esteja privado de qualquer outra coisa, mas porque nenhuma outra coisa é digna dele. O que Deus e Seus Filhos criam é eterno e nisso, e apenas nisso, está a alegria para eles.

4. Escuta a história do filho pródigo e aprende o que é o tesouro de Deus e o teu: esse filho de um pai amoroso deixou a sua casa e pensou que tinha dissipado tudo em troca de nada de valor, embora na época não tenha compreendido essa falta de valor. Ele tinha vergonha de retornar para seu pai, porque pensava que o tinha ferido. No entanto, quando veio para casa, o pai lhe deu as boas-vindas com alegria, porque o próprio filho era o tesouro de seu pai. Ele não queria nada mais.

5. Deus só quer Seu Filho, porque Seu Filho é Seu único tesouro. Tu queres as tuas criações assim como Ele quer as Dele. As tuas criações são a tua dádiva à Santíssima Trindade, criadas em gratidão pela tua criação. Elas não te deixam, do mesmo modo como não deixaste o teu Criador, mas estendem a tua criação assim como o próprio Deus Se estendeu a ti. É possível que as criações do próprio Deus tenham alegria naquilo que não é real? E o que e real, exceto as criações de Deus e aquelas que são criadas como as Dele? As tuas criações te amam como tu amas o teu Pai pela dádiva da criação. Não há nenhuma outra dádiva que seja eterna e, portanto, não há nenhuma outra dádiva que seja verdadeira. Como, então, podes aceitar qualquer outra coisa ou dar qualquer outra coisa e esperar alegria em troca? E o que mais, além de alegria, poderias querer? Tu não fizeste a ti mesmo e nem a tua função. Fizeste apenas a decisão de seres indigno de ambos. No entanto, não podes tornar-te indigno porque tu és o tesouro de Deus e o que Ele valoriza tem valor. Não pode haver nenhum questionamento acerca deste valor, porque ele está no fato de que Deus compartilha a Si Mesmo com ele, estabelecendo-o para sempre.

6. A tua função é adicionar ao tesouro de Deus por criar o teu. A Sua Vontade para ti é a Sua Vontade por ti. Ele não iria manter a criação afastada de ti porque é nisso que está a Sua alegria. Não podes achar alegria exceto como Deus o faz. A Sua alegria está em criar-te e Ele te estende a Sua própria Paternidade de modo que possas te estender como Ele fez. Não compreendes isso porque não O compreendes. Ninguém que não aceite a própria função pode compreender qual ela é e ninguém pode aceitar a própria função a não ser que conheça o que ele próprio é. A criação é a Vontade de Deus. A Sua Vontade te criou para criar. A tua vontade não foi criada separadamente e assim tens que ter a mesma vontade que Ele.

7. Uma “vontade de má vontade” não significa coisa alguma, sendo uma contradição em termos que, de fato, não significa nada. Quando pensas que não estás disposto a ter a Vontade de Deus, não estás pensando. A Vontade de Deus é pensamento. Não pode ser contradita pelo pensamento. Deus não contradiz a Si Mesmo e Seus Filhos, que são como Ele, não podem contradizer a si mesmos ou a Ele. No entanto, o seu pensamento é tão poderoso que podem até mesmo aprisionar a mente do Filho de Deus, se assim escolherem. Essa escolha, de fato, faz com que a função do Filho seja desconhecida para ele, mas nunca para o seu Criador. E porque não é desconhecida para o seu Criador, é para sempre passível de ser conhecida por ele.

8. Não há nenhum questionamento que devas jamais colocar para ti mesmo, a não ser um: “Quero conhecer a Vontade de meu Pai para mim?” Ele não a esconderá. Ele a revelou a mim porque eu a pedi a Ele e aprendi com o que Ele já havia dado. Nossa função é trabalharmos juntos porque à parte um do outro não podemos funcionar de forma alguma. Todo o poder do Filho de Deus está em todos nós, mas não em nenhum de nós sozinho. Deus não nos quer sozinhos, porque Ele não tem vontade de ser sozinho. E por isso que criou Seu Filho e deu-lhe o poder de criar com Ele. Nossas criações são tão santas quanto nos somos e nós somos os Filhos do próprio Deus, tão santos quanto Ele. Através das nossas criações nós estendemos o nosso amor e assim aumentamos a alegria da Santíssima Trindade. Não compreendes isso, porque tu, que és o tesouro do próprio Deus, não te consideras algo de valor. Dada essa crença, não podes compreender coisa alguma.

9. Eu compartilho com Deus o conhecimento do valor que Ele confere a ti. Minha devoção a ti procede Dele, tendo nascido do meu conhecimento de mim mesmo e Dele. Nós não podemos ser separados. Quem Deus uniu não pode ser separado e Deus uniu todos os Seus Filhos a Si Mesmo. E possível estares separado da tua vida e do teu ser? A jornada a Deus é meramente o re-despertar do conhecimento acerca de onde tu sempre estás e do que és para sempre. E uma jornada sem distância para uma meta que nunca mudou. A verdade só pode ser experimentada. Não pode ser descrita e não pode ser explicada. Eu posso fazer com que estejas ciente das condições da verdade, mas a experiência é de Deus. Juntos, podemos satisfazer estas condições, mas a verdade despontará sobre ti por si mesma.

10. O que tem sido a Vontade de Deus para ti é teu. Ele tem dado a Sua Vontade ao Seu tesouro, de quem ela é o tesouro. O teu coração está lá onde está o teu tesouro, assim como o Dele. Tu, que és o bem-amado de Deus, és totalmente bem-aventurado. Aprende isso comigo e liberta a santa vontade de todos aqueles que são tão bem-aventurados quanto tu és. 

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Capítulo 8 – 5. A vontade sem divisão da Filiação


1. É possível estares separado da tua identificação e estares em paz? A dissociação não é uma solução, é uma delusão. Aqueles que estão presos em delusões acreditam que a verdade vai assalta-los e eles não a reconhecerão porque preferem a delusão. Julgando a verdade como algo que não querem, o que percebem são as suas ilusões, as quais bloqueiam o conhecimento. Ajuda-os oferecendo-lhes a tua mente unificada a favor deles, assim como eu te ofereço a minha a favor da tua. Sozinhos, nós não podemos fazer nada, mas juntos, nossas mentes se fundem em algo cujo poder está muito além do poder de suas partes separadas. Por não ser separada, a Mente de Deus está estabelecida nas nossas mentes como nossa. Essa Mente é invencível porque é sem divisão.

2. A vontade sem divisão da Filiação, que é a Vontade de Deus, é o criador perfeito, sendo totalmente à semelhança de Deus. Não podes estar isento disso se queres compreender o que ela é e o que tu és. Por acreditares que a tua vontade está separada da minha, estás te isentando da Vontade de Deus, que é o que tu és. Entretanto, curar ainda é tornar íntegro. Por conseguinte, curar é unir-se àqueles que são como tu, porque perceber essa semelhança é reconhecer o Pai. Se a tua perfeição está Nele e somente Nele, como é que podes conhecê-la sem reconhecê-lo? O reconhecimento de Deus é o reconhecimento de ti mesmo. Não há separação entre Deus e a Sua criação. Vais te dar conta disso quando compreenderes que não há separação entre a tua vontade e a minha. Deixa o Amor de Deus brilhar sobre ti pela tua aceitação de mim. A minha realidade é a tua e a Dele. Ao unir a tua mente à minha, dás significado à tua consciência de que a Vontade de Deus é uma só.

3. A Unicidade de Deus e a nossa não são separadas, porque a Sua Unicidade abrange a nossa. Unir-te a mim é restaurar o Seu poder para ti porque nós o estamos compartilhando. Eu te ofereço só o reconhecimento do Seu poder em ti, mas nisso está toda a verdade. Na medida em que nos unimos, nos unimos a Ele. Glória seja dada a união de Deus e de Seus Filhos santos! Toda a glória está neles porque são unidos. Os milagres que fazemos dão testemunho da Vontade do Pai para o Seu Filho e da nossa alegria em nos unir com a Sua Vontade para nós.

4. Quando te unes a mim, estás te unindo sem o ego, porque eu renunciei ao ego em mim mesmo e portanto não posso me unir ao teu. Nossa união é, assim, o caminho para renunciares ao ego em ti. A verdade em nós dois está além do ego. Nosso sucesso em transcendê-lo é garantido por Deus e eu compartilho essa confiança por nós dois e por todos nós. Eu trago de volta a paz de Deus para todas as Suas crianças porque eu a recebi Dele para todos nós. Nada pode prevalecer contra as nossas vontades unidas pois nada pode prevalecer contra a Vontade de Deus.

5. Queres conhecer a Vontade de Deus para ti? Pergunta a mim, que a conheço por ti e a acharás. Nada te negarei, assim como Deus não me nega nada. A nossa jornada é simplesmente a jornada de volta a Deus, que é a nossa casa. Sempre que o medo se introduzir em qualquer lugar ao longo da estrada para a paz, isso se deve ao ego ter tentado unir-se a nós nessa jornada, e não poder fazê-lo. Sentindo a derrota e enraivecido por isso, o ego se considera rejeitado e vem a ser vingativo. Es invulnerável à vingança do ego porque eu estou contigo. Nesta jornada, me escolheste como teu companheiro, em vez do ego. Não tentes apegar-te aos dois, ou estarás tentando ir em direções diferentes e perderás o caminho.

6. O caminho do ego não é o meu, mas também não é o teu. O Espírito Santo tem uma direção para todas as mentes e aquela que Ele me ensinou é a tua. Não percamos de vista a Sua direção por meio de ilusões, pois apenas as ilusões de outra direção podem obscurecer aquela pela qual a Voz de Deus fala em todos nós. Nunca conceda ao ego o poder de interferir com a jornada. Ele não tem nenhum, porque a jornada é o caminho para o que é verdadeiro. Deixa para trás todas as ilusões e vai além de todas as tentativas do ego de deter-te. Eu vou à tua frente, porque estou além do ego. Alcança, pois, a minha mão porque queres transcender o ego. A minha força nunca será insuficiente e se escolheres compartilhá-la, tu o farás. Eu a dou com disponibilidade e contentamento porque preciso de ti tanto quanto precisas de mim.

  

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Capítulo 8 – 4. A dádiva da liberdade


1. Se a Vontade de Deus para ti é a paz e a alegria completas, a menos que vivencies só isso, tens que estar te recusando a reconhecer a Sua Vontade. A Sua Vontade não vacila, sendo imutável para sempre. Quando tu não estás em paz só pode ser porque não acreditas que estás Nele. Entretanto, Ele é Tudo em todos. A Sua paz é completa e tens que estar incluído nela. As Suas leis te governam porque governam tudo. Não podes te isentar das Suas leis, embora possas desobedecê-las. Mas se o fizeres e só se o fizeres, sentir-te-ás solitário e impotente, porque estarás negando tudo a ti mesmo.

2. Eu vim como uma luz a um mundo que, de fato, nega tudo a si mesmo. Faz isso simplesmente por dissociar-se de tudo. Ele é, portanto, uma ilusão de isolamento mantida pelo medo da mesma solidão que é a ilusão do mundo. Eu disse que estou contigo sempre, até o fim do mundo. E por isso que eu sou a luz do mundo. Se eu estou contigo na solidão do mundo, a solidão desaparece. Não podes manter a ilusão da solidão se não estás só. Meu propósito, então, ainda é o de vencer o mundo. Eu não o ataco, mas a minha luz necessariamente o dissipa, devido ao que ela é. A luz não ataca a escuridão, mas a ilumina e ela desaparece. Se a minha luz vai contigo a todo lugar, tu a iluminas comigo fazendo com que ela desapareça. A luz vem a ser nossa e não podes habitar na escuridão, assim como a escuridão não pode habitar aonde fores. A memória de mim é a memória de ti mesmo e Daquele Que me enviou a ti.

3. Tu estavas na escuridão até que a Vontade de Deus fosse feita completamente por qualquer parte da Filiação. Quando isso foi feito, foi perfeitamente realizado por todos. De que outra forma poderia ser perfeitamente realizado? Minha missão simplesmente foi a de unir a vontade da Filiação à Vontade do Pai, por estar eu próprio ciente da Vontade do Pai. Essa é a consciência que eu vim te dar e o teu problema de aceitá-la é o problema desse mundo. Dissipá-lo é a salvação e nesse sentido eu sou a salvação do mundo. O mundo, portanto, tem que desprezar-me e rejeitar-me, porque o mundo é a crença em que o amor é impossível. Se aceitares o fato de que eu estou contigo, estás negando o mundo e aceitando a Deus. Minha vontade é a Sua e a tua decisão de me ouvir é a decisão de ouvir a Sua Voz e habitar na Sua Vontade. Assim como Deus me enviou a ti, eu te enviarei a outros. E irei a eles contigo, para que nós possamos ensinar-lhes a paz e a união.

4. Não pensas que o mundo necessita de paz tanto quanto tu?
Não queres dar ao mundo essa paz tanto quanto queres recebê-la? Pois a não ser que a dês, não irás recebê-la. Se queres tê-la de mim, tens que dá-la. A cura não vem de nenhuma outra pessoa. Tens que aceitar a orientação que vem de dentro. A orientação tem que ser aquilo que queres, ou será sem significado para ti. É por isso que a cura é um empreendimento de colaboração. Eu posso te dizer o que fazer, mas precisas colaborar acreditando que eu sei o que deves fazer. Só então a tua mente escolherá me seguir. Sem essa escolha não poderias ser curado, porque terias te decidido contra a cura e essa rejeição da minha decisão por ti faz com que a cura seja impossível.

5. A cura reflete a nossa vontade conjunta. Isso é óbvio quando consideras para que serve a cura. A cura é o caminho no qual se vence a separação. A separação é vencida pela união. Não pode ser vencida pelo ato de separar-se. A decisão de unir tem que ser inequívoca ou a própria mente está dividida e não íntegra. A tua mente é o meio através do qual determinas a tua própria condição, porque a mente é o mecanismo de decisão. E o poder através do qual separas ou unes e correspondentemente experimentas dor ou alegria. A minha decisão não pode vencer a tua, porque a tua é tão poderosa quanto a minha. Se não fosse assim, os Filhos de Deus seriam desiguais. Todas as coisas são possíveis através da nossa decisão conjunta, mas só a minha não pode ajudar-te. A tua vontade é tão livre quanto a minha e o próprio Deus não iria contra ela. Eu não posso ter uma vontade que não seja a Vontade de Deus. Eu posso oferecer a minha força para fazer com que a tua seja invencível, mas não posso me opor à tua decisão sem competir com ela e com isso violar a Vontade de Deus para ti.





6. Nada do que Deus criou pode se opor à tua decisão assim como nada do que Deus criou pode se opor à Sua Vontade. Deus deu à tua vontade o poder que ela tem, que eu só posso reconhecer em honra à Sua. Se queres ser como eu, eu te ajudarei, sabendo que somos iguais. Se queres ser diferente, eu esperarei até que mudes a tua mente. Eu posso ensinar-te, mas só tu podes escolher escutar o meu ensinamento. Co- mo pode ser senão assim, se o Reino de Deus é liberdade? A liberdade não pode ser aprendida por qual- quer tipo de tirania e a igualdade perfeita de todos os Filhos de Deus não pode ser reconhecida através do domínio de uma mente sobre outra. Os Filhos de Deus são iguais em vontade, sendo todos a Vontade de seu Pai. Essa é a única lição que eu vim ensinar.

7. Se a tua vontade não fosse a minha, não seria a de nosso Pai. Isso significaria que aprisionaste a tua e não a tens deixado ser livre. Por ti mesmo, nada podes fazer, porque por ti mesmo não és nada. Eu não sou nada sem o Pai, e tu não és nada sem mim, pois ao negar o Pai, negas a ti mesmo. Eu sempre me lembrarei de ti e na minha memória de ti está a tua memória de ti mesmo. Em nossa memória um do outro está a nossa memória de Deus.
E nesta memória está a tua liberdade, porque a tua liberdade está Nele. Une-te, então, a mim em louvor a Ele e a ti, a Quem Ele criou. Essa é a nossa dádiva de gratidão a Ele, que Ele compartilhará com todas as Suas criações às quais dá igualmente tudo aquilo que é aceitável para Ele. Por ser aceitável para Ele, essa é a dádiva da liberdade, que é a Sua Vontade para todos os Seus Filhos. Oferecendo liberdade, tu serás livre. 


8. Liberdade é a única dádiva que podes oferecer aos Filhos de Deus, sendo um reconhecimento do que eles são e do que Ele é. Liberdade é criação, porque é amor. Aquele que buscas aprisionar, tu não amas. Por conseguinte, quando buscas aprisionar alguém, incluindo a ti mesmo, não o amas e não podes identificar-te com ele. Quando tu te aprisionas, estás perdendo de vista a tua verdadeira identificação comigo e com o Pai. A tua identificação é com o Pai e com o Filho. Não pode ser com um e não com o outro. Se és parte de um, tens que ser parte do outro porque eles são um. A Santíssima Trindade é santa porque é Una. Se te excluis dessa união, estás percebendo a Santíssima Trindade como separada. Tens que estar incluído Nela, porque Ela é tudo. A não ser que ocupes o teu lugar Nela e realizes a tua função como parte Dela, a Santíssima Trindade fica tão destituída quanto tu. Nenhuma parte Dela pode estar aprisionada se se quiser conhecer a Sua verdade. 

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Capítulo 8 – 3. O encontro santo


1. Glória a Deus nas alturas e a ti, porque essa é a Vontade de Deus. Pede e te será dado, porque já te foi dado. Pede luz e aprende que és luz. Se queres compreensão e iluminação, tu as aprenderás porque a tua decisão de aprendê-las é a decisão de escutar o Professor Que conhece a luz e pode, portanto, ensiná-la a ti. Não há limite para o teu aprendizado porque não há limite para a tua mente. Não há nenhum limite para o Seu ensinamento porque Ele foi criado para ensinar. Compreendendo a Sua função perfeitamente, Ele a cumpre perfeitamente porque essa é a Sua alegria e a tua.

2. Cumprir a Vontade de Deus de forma perfeita é a única alegria e a única paz que se pode conhecer inteiramente, porque é a única função que pode ser vivenciada inteiramente. Assim sendo, quando isso é conseguido não existe nenhuma outra experiência. Entretanto, o desejo por outra experiência vai bloque- ar a realização disso, porque a Vontade de Deus não pode ser imposta a ti, sendo uma experiência que depende da tua total disponibilidade. O Espírito Santo compreende como ensinar isso, mas não tu. É por isso que precisas Dele e é por isso que Deus O deu a ti. Só o Seu ensinamento vai liberar a tua vontade na Vontade de Deus, unindo-a ao poder e à glória de Deus e estabelecendo-os como teus. Tu os compartilhas como Deus os compartilha, porque esse é o resultado natural do que eles são.

3. A Vontade do Pai e a do Filho são uma só, por Sua extensão. A Sua extensão é o resultado da Sua unicidade, e a Sua unidade é mantida pela extensão da Sua Vontade conjunta. Isso é criação perfeita pelos que são perfeitamente criados, em união com o Criador Perfeito. O Pai tem que dar paternidade a Seu Filho, porque a Sua própria Paternidade tem que ser estendida para fora. Tu, cujo lugar é em Deus, tens a função santa de estender a Sua Paternidade não impondo limites a ela. Deixa o Espírito Santo te ensinar como fazer isso, pois só podes ter o conhecimento do que isso significa do próprio Deus.

4. Quando te encontras com qualquer um, lembra-te de que é um encontro santo. Assim como tu o vires, verás a ti mesmo. Assim como o tratares, tratarás a ti mesmo. Assim como pensares dele, pensarás de ti mesmo. Nunca te esqueças disso, pois nele acharás a ti mesmo ou te perderás. Sempre que dois Filhos de Deus se encontram, lhes é dada mais uma chance de salvação. Não deixes ninguém sem lhe dar a salvação e sem recebê-la tu mesmo. Pois eu estou aí contigo todos os dias, em tua memória.

5. A meta do currículo, independentemente do professor que escolheres é: “Conhece-te a ti mesmo.” Não há nada além disso a buscar. Todos estão buscando a si mesmos e ao poder e à glória que pensam ter perdido. Sempre que estás com alguém, tens uma outra oportunidade de achá-los. O teu poder e a tua glória estão nele, porque são teus. O ego tenta achá-los exclusivamente em ti, porque não sabe onde procurar. O Espírito Santo te ensina que se olhares só para ti mesmo, não poderás te achar, porque não é isso o que és. Toda vez que estás com um irmão, estás aprendendo o que és, porque estás ensinando o que és. Ele vai responder com dor ou alegria, dependendo de qual é o professor que tu estás seguindo. Ele será aprisionado ou liberado de acordo com a tua decisão e tu também. Nunca te esqueças da tua responsabilidade para com ele, porque é a tua responsabilidade para contigo mesmo. Dá-lhe o lugar que pertence a ele no Reino e terás o teu.

6. O Reino não pode ser achado sozinho e tu, que és o Reino, não podes achar a ti mesmo sozinho. Conseqüentemente, para conseguires a meta do currículo não podes escutar o ego, cujo propósito é derrotar a própria meta. O ego não sabe disso, porque não sabe de coisa alguma. Mas tu podes saber disso e saberás se estiveres disposto a olhar para o que o ego quer fazer de ti. Essa é a tua responsabilidade, pois uma vez que tiveres realmente olhado para isso, vais aceitar a Expiação para ti mesmo. Que outra escolha poderias fazer? Tendo feito essa escolha, vais compreender porque antigamente acreditavas que, quando te encontravas com uma outra pessoa, pensavas que ela era outra pessoa. E cada encontro santo no qual entrares inteiramente vai te ensinar que isso não é assim.

7. Podes encontrar somente aquilo que é parte de ti, porque tu és parte de Deus Que é tudo. O poder e a glória de Deus estão em todos os lugares e tu não podes ser excluído deles. O ego ensina que a tua força está só em ti. O Espírito Santo ensina que toda a força está em Deus e, portanto, em ti. A Vontade de Deus é que ninguém sofra. Não é Sua Vontade que qualquer um sofra em função de uma decisão errada, e tu estás incluído. É por isso que Ele te deu os meios de desfazê-la. Através do Seu poder e da Sua glória, todas as tuas decisões erradas são completamente desfeitas, liberando a ti e ao teu irmão de qualquer pensamento aprisionador que qualquer parte da Filiação mantenha. As decisões erradas não têm nenhum poder porque não são verdadeiras. O aprisionamento que parecem produzir não é mais verdadeiro do que elas.

8. A glória e o poder pertencem só a Deus. E tu também. Deus dá qualquer coisa que Lhe pertença, porque dá de Si Mesmo e todas as coisas pertencem a Ele. Dar de ti mesmo é a função que Ele te deu. Cumpri-la perfeitamente permitirá que te lembres do que tens Dele e através disso, lembrar-te-ás também do que és Nele. Não podes ser impotente para fazer isso porque esse é o teu poder. A glória é a dádiva de Deus a ti porque é isso o que Ele é. Vê essa glória em toda parte para lembrar-te do que tu és. 


quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Capítulo 8 – 2. A diferença entre aprisionamento e liberdade


1. Há uma referência racional para a escolha. Só um Professor sabe qual é a tua realidade. Se aprender a remover os obstáculos a esse conhecimento é o propósito do currículo, tens que aprender isso com Ele. O ego não sabe o que está tentando ensinar. Está tentando te ensinar o que tu és sem saber o que és. Só é perito em confusão. Não entende de nenhuma outra coisa. Como professor, então, o ego é totalmente confuso e confunde totalmente. Mesmo que pudesses desconsiderar inteiramente o Espírito Santo, o que é impossível, ainda assim não poderias aprender nada do ego porque o ego nada conhece.

2. Há alguma razão possível para se escolher um professor assim? Não é verdade que a desconsideração total de qualquer coisa que ele ensine não pode deixar de ter sentido? É esse o professor ao qual um Filho de Deus deve se voltar para achar a si mesmo? O ego nunca te deu uma resposta razoável para coisa alguma. Baseando-te apenas na tua própria experiência do seu ensinamento, só isso não deveria bastar para desqualificá-lo como teu futuro professor? No entanto, não é só nisso que o ego tem causado danos ao teu aprendizado. Aprender traz alegria se te conduz ao longo do teu rumo natural e facilita o desenvolvimento do que tens. Porém, quando recebes um ensinamento contra a tua natureza, perderás com o teu aprendizado, porque o teu aprendizado vai aprisionar-te. A tua vontade está na tua natureza e, portanto, não podes ir contra ela.

3. O ego não pode te ensinar coisa alguma desde que a tua vontade seja livre, porque não o escutarás. Não é tua vontade ser aprisionado porque a tua vontade é livre. E por isso que o ego é a negação da vontade livre. Nunca é Deus Quem te coage, porque Ele compartilha a Sua Vontade contigo. A Sua Voz só ensina de acordo com a Sua Vontade, mas não é essa a lição do Espírito Santo, porque isso é o que tu és. A lição é que a tua vontade e a de Deus não podem discordar, porque são uma só. Isso é o desfazer de todas as coisas que o ego tenta ensinar. Não é, então, apenas a direção do currículo que tem que estar livre de conflitos, mas também o conteúdo.

4. O ego tenta ensinar que queres te opor à Vontade de Deus. Essa lição, que não é natural, não pode ser aprendida e a tentativa de aprendê-la é uma violação da tua própria liberdade, fazendo com que tenhas medo da tua vontade porque ela é livre. O Espírito Santo se opõe a qualquer aprisionamento da vontade de um Filho de Deus, sabendo que a vontade do Filho é a do Pai. O Espírito Santo te conduz consistentemente pelo caminho da liberdade, ensinando-te como desconsiderar ou olhar para o que está além de tudo o que poderia deter-te.

5. Nós dissemos que o Espírito Santo te ensina a diferença entre dor e alegria. Isso é o mesmo que dizer que Ele te ensina a diferença entre prisão e liberdade. Não podes fazer essa distinção sem Ele porque tens ensinado a ti mesmo que prisão é liberdade. Acreditando que as duas coisas sejam a mesma, como é que podes fazer a distinção entre elas? É possível pedires à parte da tua mente que te ensinou a acreditar que elas são a mesma para ensinar-te como são diferentes?

6. O ensinamento do Espírito Santo toma apenas uma direção e tem apenas uma meta. A Sua direção é a liberdade e a Sua meta é Deus. No entanto, Ele não pode conceber Deus sem ti, porque não é a Vontade de Deus ser sem ti. Quando tiveres aprendido que a tua vontade é a de Deus, não mais poderás ter vontade de ser sem Ele, assim como Ele não poderia ter Vontade de ser sem ti. Isso é liberdade e isso é alegria. Nega isso a ti mesmo e estarás negando a Deus o Seu Reino porque Ele te criou para isso.

7. Quando eu disse “Todo poder e toda glória são teus porque o Reino é Dele”, o significado é esse: a Vontade de Deus é sem limites e todo poder e toda glória estão dentro dela. É infinita em força, em amor e em paz. Não tem fronteiras porque a sua extensão é ilimitada, e ela abrange todas as coisas porque criou todas as coisas. Tendo criado todas as coisas, fez com que fossem parte de si mesma. Tu és a Vontade de Deus porque foi assim que foste criado. Porque o teu Criador só cria como Ele próprio, tu és como Ele. Tu és parte Dele, Que é todo o poder e toda a glória e és, portanto, tão ilimitado quanto Ele.

8. A que outra coisa, além de todo o poder e de toda a glória, pode o Espírito Santo apelar para restaurar o Reino de Deus? Assim sendo, o Seu apelo dirige-se meramente ao que é o Reino, para que o próprio Reino reconheça o que é. Quando reconheces isso, trazes automaticamente esse reconhecimento a todos, porque reconheceste a todos. Pelo teu reconhecimento, despertas o deles e através do deles, o teu é estendido. O despertar corre com facilidade e contentamento pelo Reino em resposta ao Chamado Daquele que fala por Deus. Essa é a resposta natural de cada Filho de Deus à Voz pelo seu Criador porque Essa é a Voz pelas suas criações e pela sua própria extensão. 




http://viagemparaluz.blogspot.ch/2013/11/liberdade-felicidade.html

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Capítulo 8 – A JORNADA DE VOLTA 1. A direção do currículo


1. O conhecimento não é a motivação para se aprender esse curso. A paz sim. Esse é o pré-requisito para o conhecimento somente porque aqueles que estão em conflito não estão em paz, e a paz é a condição do conhecimento porque é a condição do Reino. O conhecimento só pode ser restaurado quando satisfazes as suas condições. Isso não é uma barganha feita por Deus, Que não faz barganhas. É simplesmente o resultado do teu mau uso das Suas leis em função de uma vontade imaginária que não é a Sua. O conhecimento é a Sua Vontade. Se estás te opondo à Sua Vontade, como podes ter conhecimento? Eu te disse o que o conhecimento te oferece, mas talvez ainda não consideres isso totalmente desejável. Se considerasses, não estarias tão pronto para jogá-lo fora quando o ego pede a tua aliança.

2. As distrações do ego podem parecer interferir com o teu aprendizado, mas o ego não tem nenhum poder para distrair-te, a não ser que lhe dês o poder de fazê-lo. A voz do ego é uma alucinação. Não podes esperar que ela diga: “Eu não sou real.” Entretanto, não te é pedido que dissipes sozinho as tuas alucinações. Meramente és solicitado a avaliá-las em termos dos seus resultados para ti. Se não as queres com base na perda da paz, elas serão removidas da tua mente para ti.

3. Cada resposta ao ego é um chamado para a guerra e a guerra, de fato, priva-te da paz. No entanto, nessa guerra não há oponente. Essa é a re-interpretação da realidade que tens que fazer para garantir a paz e a única que jamais precisas fazer. Aqueles que percebes como oponentes são parte da tua paz, da qual estás desistindo por atacá-los. Como é possível ter algo do qual desististe? Compartilhas para ter, mas não desistes da paz para ti mesmo. Quando desistes da paz, estás te excluindo dela. Essa é uma condição tão alheia ao Reino que não podes compreender o estado que prevalece dentro dele.

4. O teu aprendizado passado não pode deixar de ter te ensinado coisas erradas simplesmente porque não te fez feliz. Com base nisso apenas, o seu valor deve ser questionado. Se o aprendizado almeja a mudança e é sempre esse o seu propósito, estás satisfeito com as mudanças que teu aprendizado te trouxe? A insatisfação com os resultados do aprendizado é um sinal do fracasso do dito aprendizado, pois significa que não conseguiste o que querias.

5. O currículo da Expiação é o oposto do currículo que estabeleceste para ti mesmo, mas assim também é o seu resultado. Se o resultado do teu te tem feito infeliz e se queres outro diferente, obviamente é necessário uma mudança de currículo. A primeira mudança a ser introduzida é uma mudança de direção. Um currículo significativo não pode ser inconsistente. Se é planejado por dois professores, cada um acreditando em idéias diametralmente opostas, não pode ser integrado. Se é desenvolvido por esses dois professores simultaneamente, cada um apenas interfere com o outro. Isso conduz à flutuação, mas não à mudança. Os voláteis não têm direção. Não podem escolher uma direção porque não podem abandonar a outra, mesmo que essa não exista. Seu currículo conflitado lhes ensina que todas as direções existem e não lhes dá uma referência racional para a escolha.

6. A total falta de sentido de tal currículo tem que ser inteiramente reconhecida antes que uma mudança real de direção venha a ser possível. Não podes aprender simultaneamente de dois professores que estão em total discordância a respeito de tudo. O currículo conjunto dos dois apresenta uma tarefa de aprendizado impossível. Eles estão te ensinando coisas inteiramente diferentes, de formas inteiramente diferentes, o que poderia ser possível, exceto que ambos estão te ensinando sobre ti mesmo. A tua realidade não é afetada por nenhum dos dois, mas se escutares os dois, a tua mente ficará dividida em relação ao que é a tua realidade. 





http://blog.marciafernandes.com.br/?p=4791

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Capítulo 7 – 11. O estado de graça


1. O Espírito Santo sempre te guiará verdadeiramente porque a tua alegria é a Sua. Essa é a Sua Vontade para todos porque Ele fala pelo Reino de Deus, que é alegria. Segui-Lo é, portanto, a coisa mais fácil no mundo e a única coisa que é fácil, porque não é do mundo. É, portanto, natural. O mundo vai contra a tua natureza, estando em desacordo com as leis de Deus. O mundo percebe ordens de dificuldades em todas as coisas. Isso é assim porque o ego não percebe nada como totalmente desejável. Demonstrando a ti mesmo que não há nenhuma ordem de dificuldades em milagres, vais te convencer de que, em teu estado natural, não há dificuldade alguma porque é um estado de graça.

2. A graça é o estado natural de todo Filho de Deus. Quando ele não está em estado de graça, está fora de seu ambiente natural e não funciona bem. Tudo o que faz passa a ser uma tensão, pois ele não foi criado para o ambiente que tem feito. Portanto, não é capaz de se adaptar a ele e nem de adaptá-lo a si. Não há sentido em tentar. Um Filho de Deus só é feliz quando sabe que está com Deus. Esse é o único ambiente em que ele não vivenciará tensão, porque é o seu lugar. É também o único ambiente digno dele, porque seu próprio valor está além de qualquer coisa que ele possa fazer.

3. Considera o reino que tens feito e julga o seu valor de forma justa. Ele é digno de ser um lar para uma criança de Deus? Protege a sua paz e irradia amor sobre ela? Mantém seu coração intocado pelo medo e lhe permite dar sempre sem qualquer senso de perda? Ele lhe ensina que dar é a sua alegria, e que o próprio Deus lhe agradece pelo que dá? Esse é o único ambiente no qual podes ser feliz. Tu não podes fazê-lo, assim como não podes fazer a ti mesmo. Ele foi criado para ti, como tu foste criado para ele. Deus cuida das Suas crianças e não lhes nega nada. Entretanto, quando O negam não sabem disso, porque negam tudo a si mesmas.Tu, que poderias dar o Amor de Deus a tudo o que vês, tocas e relembras, estás literalmente negando o Céu a ti mesmo.

4. Peço-te que te lembres que eu te escolhi para ensinar o Reino ao Reino. Não há exceções nesta lição, pois a ausência de exceções é a lição. Todo Filho que retorna ao Reino com essa lição no seu coração curou a Filiação e deu graças a Deus. Cada pessoa que aprende essa lição vem a ser o professor perfeito porque a aprendeu do Espírito Santo.

5. Quando uma mente tem só luz, ela só conhece luz. A sua própria radiância brilha em tudo à sua volta e se estende até a escuridão de outras mentes, transformando-as em majestade. A Majestade de Deus está lá, para que a reconheças e a aprecies e a conheças. Reconhecer a Majestade de Deus como o teu irmão é aceitar a tua própria herança. Deus só dá com igualdade. Se reconheceres a Sua dádiva em qualquer pessoa, terás admitido o que Ele tem dado a ti. Nada é tão fácil de reconhecer como a verdade. Esse é o reconhecimento que é imediato, claro e natural. Tu te treinaste para não reconhecê-lo e isso tem sido muito difícil para ti.

6. Fora do teu ambiente natural, bem podes perguntar: “O que é a verdade?” já que a verdade é o ambiente pelo qual e para o qual tu foste criado. Não conheces a ti mesmo porque não conheces o teu Criador. Não conheces as tuas criações porque não conheces os teus irmãos, que as criaram contigo. Eu já disse que só toda a Filiação é digna de ser co-criadora com Deus, porque só toda a Filiação pode criar como Ele. Sempre que curas um irmão por reconhecer o seu valor, estás reconhecendo o seu poder de criar e o teu. Ele não pode ter perdido aquilo que reconheces e tu tens que ter a glória que vês nele. Ele é um co-criador com Deus e contigo. Nega o seu poder criativo e estás negando o teu e o de Deus Que te criou.

7. Não podes negar parte da verdade. Tu não conheces as tuas criações porque não conheces o seu criador. 3Não conheces a ti mesmo porque não conheces o teu Criador. As tuas criações não podem estabelecer a tua realidade, tanto quanto não podes estabelecer a de Deus. Mas podes conhecer ambas. O que é tem que ser conhecido pelo compartilhar. Porque Deus compartilhou o Que Ele É contigo, podes conhecê-lo. Mas é necessário que também conheças tudo o que Ele criou para ter o conhecimento do que compartilharam. Sem o teu Pai, não vais conhecer a tua paternidade. O Reino de Deus inclui todos os Seus Filhos e as suas crianças, que são como os Filhos assim como eles são como o Pai. Conhece, então, os Filhos de Deus e conhecerás toda a criação. 


segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Capítulo 7 – 10. A confusão entre dor e alegria


1. O Reino é o resultado de premissas, assim como esse mundo. Podes ter levado o raciocínio do ego à sua conclusão lógica que é confusão total a respeito de tudo. Se realmente visses esse resultado, não poderias querer isso. A única razão pela qual poderias talvez querer qualquer parte disso, seria não estares vendo o todo. Tu estás disposto a olhar para as premissas do ego, mas não para o seu resultado lógico. Não é possivel que tenhas feito a mesma coisa com as premissas de Deus? As tuas criações são o resultado lógico das Suas premissas. O pensamento de Deus as estabeleceu para ti. Elas estão exatamente onde devem estar. Pertencem à tua mente como parte da tua identificação com a Sua Mente, mas o estado da tua mente e o teu reconhecimento do que está nela dependem do que acreditas em relação à tua mente.Sejam quais forem essas crenças, elas são as premissas que vão determinar o que aceitas em tua mente.

2. Com certeza está claro que podes fazer duas coisas: aceitar na tua mente o que não está lá e negar o que está. Entretanto, a função que o próprio Deus deu à tua mente através da Sua, podes negar mas não podes impedir. É o resultado lógico do que tu és. A capacidade de ver um resultado lógico depende da tua disponibilidade para vê-lo, mas a verdade nada tem a ver com a tua vontade. A verdade é a Vontade de Deus. Compartilha a Sua Vontade e compartilhas o que Ele conhece. Nega a Sua Vontade enquanto tua e estarás negando o Seu Reino e o teu.

3. O Espírito Santo vai dirigir-te só para evitar a dor. Com certeza, ninguém faria objeções a essa meta se a reconhecesse. O problema não é saber se o que o Espírito Santo diz é verdadeiro, mas se queres ouvir o que Ele diz. Tu és tão incapaz de reconhecer o que é doloroso quanto de saber o que é alegre e estás, de fato, muito propenso a confundir os dois. A principal função do Espírito Santo é ensinar-te a fazer a distinção entre eles. O que te dá alegria é doloroso para o ego, e enquanto estiveres em dúvida a respeito do que és, estarás confuso em relação à dor e à alegria. Essa confusão é a causa de toda a idéia de sacrifício. Obedece ao Espírito Santo e estarás desistindo do ego. Mas não estarás sacrificando nada. Ao contrário, estarás ganhando tudo. Se acreditasses nisso, não haveria nenhum conflito.

4. É por isso que necessitas demonstrar o óbvio a ti mesmo. Não é óbvio para ti. Acreditas que fazer o oposto à Vontade de Deus pode ser melhor para ti. Também acreditas que é possível fazer o oposto da Vontade de Deus. Portanto, acreditas que uma escolha impossível esteja aberta para ti, escolha essa que é ao mesmo tempo amedrontadora e desejável. No entanto, Deus exerce a própria Vontade. Ele não deseja. A tua vontade é tão poderosa quanto a Sua porque é a Sua. Os desejos do ego não significam coisa alguma, porque o ego deseja o impossível. Podes desejar o impossível, mas só podes exercer a tua vontade com Deus. Essa é a fraqueza do ego e a tua força.

5. O Espírito Santo sempre está ao teu lado e ao lado da tua força. Enquanto evitares a Sua orientação de qualquer forma, queres ser fraco. Todavia, a fraqueza é assustadora. Que outra coisa, então, pode significar essa decisão a não ser que queres estar amedrontado? O Espírito Santo nunca pede sacrifícios, mas o ego sempre o faz. Quando estás confuso acerca dessa distinção na motivação, isso só pode ser devido à projeção. A projeção é uma confusão na motivação e dada essa confusão, a confiança vem a ser impossível. Ninguém obedece de boa vontade a um guia em quem não confia, mas isso não significa que o guia não seja confiável. Nesse caso, sempre significa que o seguidor não é confiável. Contudo, isso também é apenas uma questão da própria crença que ele tem. Acreditando que ele é capaz de trair, acredita que tudo pode traí-lo. Porém, tudo isso acontece apenas porque ele escolheu seguir uma orientação falsa. Incapaz de seguir essa orientação sem medo, associa medo com orientação e se recusa a seguir qualquer orientação que seja. Se o resultado dessa decisão é a confusão, não é surpreendente.

6. O Espírito Santo é perfeitamente confiável, como tu o és. O próprio Deus confia em ti e, portanto, a tua confiabilidade está além do que é questionável. Ela sempre estará além do questionável, por mais que possas questioná-la. Eu já disse que és a Vontade de Deus. A Sua Vontade não é um desejo vão e a tua identificação com a Sua Vontade não é opcional, já que ela é o que tu és. Compartilhar a Sua Vontade comigo, na realidade, não é uma escolha que esteja aberta, embora possa parecer estar. Toda a separação está nesse erro. A única saída do erro é decidir que tu não tens que decidir coisa alguma. Tudo te foi dado por decisão de Deus. Essa é a Sua Vontade e tu não podes desfazê-la.

7. Mesmo o abandono da tua falsa prerrogativa de tomar decisões, que o ego guarda tão zelosamente, não é realizado através do teu desejo. Foi realizado para ti através da Vontade de Deus, Que não te deixou sem consolo. A Sua Voz vai te ensinar como distinguir entre dor e alegria e te conduzirá para fora da confusão que tens feito. Não há confusão na mente de um Filho de Deus, cuja vontade tem que ser a Vontade do Pai, porque a Vontade do Pai é Seu Filho.

8. Milagres estão de acordo com a Vontade de Deus, Vontade essa que tu não conheces porque estás confuso em relação à qual é a tua vontade. Isso significa que estás confuso em relação ao que tu és. Se tu és a Vontade de Deus e não aceitas a Sua Vontade, estás negando a alegria. O milagre é, portanto, uma lição acerca do que é a alegria. Sendo uma lição acerca do compartilhar, uma lição de amor que é alegria. Todo milagre é, então, uma lição sobre a verdade e por oferecer a verdade, estás aprendendo a diferença entre dor e alegria. 



sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Capítulo 7 – 9. A extensão do Reino


1. Só tu podes limitar o teu poder criativo, mas a Vontade de Deus é liberar-te. A Vontade de Deus não te privaria das tuas criações assim como Ele não privar-Se-ia das Suas. Não negues as tuas dádivas à Filiação, ou estás te negando a Deus! O egoísmo é do ego, mas a plenitude do Ser é do espírito, porque é assim que Deus o criou. O Espírito Santo está na parte da mente que fica entre o ego e o espírito, sendo mediador entre eles sempre em favor do espírito. 6Para o ego, isso é parcialidade e ele responde como se algo estivesse se colocando contra ele. Para o espírito, isso é verdade porque ele conhece a própria plenitude e não pode conceber que haja parte alguma da qual esteja excluído.

2. O espírito sabe que a consciência de todos os seus irmãos está incluída na sua própria, assim como está incluída em Deus. O poder de toda a Filiação e de seu Criador é, portanto, a própria plenitude do espírito, tornando as criações do espírito igualmente íntegras e iguais em perfeição. O ego não pode prevalecer contra uma totalidade que inclui a Deus e qualquer totalidade necessariamente inclui a Deus. A tudo o que Deus criou é dado todo o Seu poder porque é parte Dele e compartilha com Ele O Que Ele E. Criar é o oposto de perder, como a bênção é o oposto do sacrifício. O que é tem que ser estendido. E deste modo que retém o conhecimento de si mesmo. O espírito anseia por compartilhar o que ele é assim como fez o seu Criador. Criado pelo compartilhar, sua vontade é criar. Não deseja conter a Deus, mas sua vontade é estender o Que Ele É.

3. A extensão do Que é Deus é a única função do espírito. A plenitude do espírito não pode ser contida, assim como a plenitude do seu Criador. Plenitude é extensão. Todo o sistema de pensamento do ego bloqueia a extensão e assim bloqueia a tua única função. Bloqueia, portanto, a tua alegria, de tal modo que tu te percebes como não sendo pleno. A não ser que cries, não serás pleno, mas Deus não conhece o que não é pleno, portanto, não podes deixar de criar. Podes não conhecer as tuas próprias criações, mas isso não pode interferir com a sua realidade, assim como o fato de não estares ciente do teu espírito não interfere com o que ele é.

4. O Reino está se estendendo para sempre porque está na Mente de Deus. Tu não conheces a tua alegria porque não conheces a plenitude do Teu próprio Ser. Exclui qualquer parte do Reino de ti mesmo e não és íntegro. Uma mente dividida não pode perceber sua plenitude e necessita que o milagre da sua integridade desponte sobre ela para curá-la. Isso re-desperta a integridade nela e a devolve ao Reino devido à sua aceitação da integridade. A plena apreciação da plenitude do Ser, que é mental, faz com que o egoísmo seja impossível e a extensão inevitável. É por isso que há perfeita paz no Reino. O espírito está realizando a sua função e só a realização completa é paz.

5. As tuas criações são protegidas para ti porque o Espírito Santo, Que está em tua mente, tem conhecimento delas e pode trazê-las à tua consciência sempre que permitires que Ele o faça. Elas estão aí como parte do que tu és, porque a tua plenitude as inclui. As criações de cada Filho de Deus são tuas já que cada criação pertence a todos, tendo sido criada para a Filiação como um todo.

6. Tu não falhaste em aumentar a herança dos Filhos de Deus, portanto, não falhaste em garanti-la para ti mesmo. Como foi Vontade de Deus dá-la a ti, Ele a deu para sempre. Como foi Sua Vontade que tu a tivesses para sempre, Ele te deu os meios de mantê-la. E assim tens feito. Desobedecer a Vontade de Deus só tem significado para o insano. Na verdade é impossível. A plenitude do teu Ser é tão ilimitada quanto a de Deus. Como a Sua, Ela se estende para sempre e em perfeita paz. Sua radiância é tão intensa que Ela cria em alegria perfeita e só o que é íntegro pode nascer da Sua integridade.

7. Sê confiante em que nunca perdeste a tua Identidade e as extensões que A mantém na integridade e na paz. Milagres são uma expressão dessa confiança. Eles são reflexos tanto da tua identificação apropriada com os teus irmãos quanto da tua consciência de que a tua identificação é mantida pela extensão. O milagre é uma lição de percepção total. Ao incluir qualquer parte da totalidade na lição, tu incluíste o todo. 





quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Capítulo 7 – 8. A crença inacreditável


1. Nós dissemos que sem projeção não pode haver raiva, mas também é verdade que sem extensão não pode haver amor. Estas afirmações refletem uma lei fundamental da mente e, portanto, uma lei que está sempre em operação. E a lei pela qual crias e foste criado. É a lei que unifica o Reino e o mantém na Mente de Deus. Para o ego, a lei é percebida como um meio de se livrar de algo que ele não quer. Para o Espírito Santo, é a lei fundamental do compartilhar pela qual dás aquilo que valorizas de modo a conservá-lo na tua mente. Para o Espírito Santo, é a lei da extensão. Para o ego, é a lei da privação. Ela produz, portanto, abundância ou escassez, dependendo de como tu escolhes aplicá-la. Essa escolha cabe a ti, mas não cabe a ti decidir se vais ou não usar a lei. Todas as mentes necessariamente projetam ou estendem, porque é assim que vivem e toda mente é vida.

2. O uso que o ego faz da projeção tem que ser inteiramente compreendido antes que a associação inevitável que se faz entre projeção e raiva possa ser finalmente desfeita. O ego sempre tenta preservar o conflito. Ele é muito engenhoso em inventar formas que pareçam diminuir o conflito, porque não quer que aches o conflito tão intolerável a ponto de vires a insistir em desistir dele. O ego tenta, então, persuadir-te de que ele pode libertar-te do conflito, contanto que não desistas dele e te libertes. Usando a sua própria versão distorcida das leis de Deus, o ego usa o poder da mente apenas para derrotar o propósito real da mente. Projeta o conflito da tua mente para outras mentes em uma tentativa de persuadir-te de que tu te livraste do problema.

3. Existem dois erros principais envolvidos nessa tentativa. Primeiro, estritamente falando, o conflito não pode ser projetado porque não pode ser compartilhado. Qualquer tentativa de manter parte dele e livrar- te de outra parte não significa realmente nada. Lembra-te que um professor conflitado é mau professor e mau aprendiz. As suas lições são confusas e o valor de transferência que elas têm é limitado pela sua confusão. O segundo erro é a idéia de que podes te livrar de alguma coisa que não queres, dando-a a outro. Dando-a tu a manténs, pois essa é a forma de mantê-la. O fato de acreditares que vendo-a do lado de fora tu a excluíste do que está dentro é uma completa distorção do que seja o poder da extensão. E por isso que aqueles que projetam são vigilantes em favor de sua própria segurança. Eles têm medo de que suas projeções retornem e os firam. Acreditando que apagaram as suas projeções de suas próprias mentes, acreditam também que as suas projeções estão tentando voltar a introduzirem-se nelas de modo furtivo. Uma vez que as projeções não deixaram as suas mentes, eles são forçados a engajarem-se em uma atividade constante de forma a não reconhecer isso.

4. Tu não podes perpetuar uma ilusão acerca de um outro sem perpetuá-la acerca de ti mesmo. Para isso não há saída, porque é impossível fragmentar a mente. Fragmentar é quebrar em pedaços e a mente não pode atacar nem ser atacada. A crença em que ela pode, um erro que o ego sempre comete, está por trás de todo o seu uso da projeção. Ele não entende o que é a mente, e portanto não entende o que tu és. Apesar disso, a existência do ego depende da tua mente, porque o ego é crença tua. O ego é uma confusão na identificação. Não tendo nunca tido um modelo consistente, ele nunca se desenvolveu de maneira consistente. É o produto da aplicação indevida das leis de Deus por mentes distorcidas que estão usando o seu poder de forma equivocada.

5. Não tenhas medo do ego. Ele depende da tua mente e como tu o fizeste por acreditares nele, da mesma forma podes dissipá-lo retirando a tua crença nele. Não projetes a responsabilidade pela tua crença nele em mais ninguém, ou preservarás a crença. Quando estiveres disposto a aceitar sozinho a responsabilidade pela existência do ego, terás deixado de lado toda a raiva e todo o ataque, pois esses vêm de uma tentativa de projetar a responsabilidade pelos teus próprios erros. Mas tendo aceito esses erros como teus, não os mantenhas. Entrega-os rapidamente ao Espírito Santo de modo que possam ser completamente desfeitos, de tal modo que todos os seus efeitos desapareçam da tua mente e da Filiação como um todo.

6. O Espírito Santo vai ensinar-te a perceber o que está além da tua crença porque a verdade está além da crença e a Sua percepção é verdadeira. O ego pode ser completamente esquecido a qualquer momento porque é uma crença totalmente inacreditável e ninguém pode manter uma crença que tenha julgado inacreditável. Quanto mais aprendes sobre o ego, mais reconheces que não se pode acreditar nele. Aquilo em que não se pode crer não pode ser compreendido porque é inacreditável. A falta de significado da percepção baseada no inacreditável é evidente, mas pode não ser reconhecida como estando além da crença, pois é feita pela crença.

7. Todo o propósito deste curso é ensinar-te que o ego é e será para sempre inacreditável. Tu que fizeste o ego acreditando no inacreditável não podes fazer esse julgamento sozinho. Ao aceitares a Expiação para ti mesmo, estás te decidindo contra a crença em que podes ser sozinho, assim dissipando a idéia da separação e afirmando a tua verdadeira identificação com todo o Reino literalmente como parte de ti. Essa identificação está além da dúvida assim como está além da crença. A tua integridade não tem limites porque o que é tem que ser infinito. 



Foto fonte: www.duchwe.pl

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Capítulo 7 – 7. A totalidade do Reino





1. Sempre que negares uma bênção a um irmão, tu te sentirás privado, porque a negação é tão total quanto o amor. É tão impossível negar parte da Filiação quanto amá-la em parte. Também não é possível amá-la totalmente às vezes. Não podes estar totalmente comprometido apenas às vezes. A negação não tem poder em si mesma, mas tu podes dar a ela o poder da tua mente, poder esse que é sem limites. Se a usas para negar a realidade, a realidade se vai para ti. A realidade não pode ser apreciada parcialmente. É por isso que negar qualquer parte dela significa que tu perdeste a consciência de toda a realidade. Entretanto, a negação é uma defesa e assim pode ser usada positivamente bem como negativamente. Usada de forma negativa, ela será destrutiva porque será usada para o ataque.Mas a serviço do Espírito Santo, pode ajudar-te a reconhecer parte da realidade e assim apreciá-la toda. A mente é por demais poderosa para estar sujeita à exclusão. Tu jamais serás capaz de te excluir dos teus pensamentos.

2. Quando um irmão age insanamente, ele está te oferecendo uma oportunidade de abençoá-lo. A sua necessidade é a tua. Necessitas da bênção que podes oferecer a ele. Não há nenhum outro modo de tê-la, a não ser dando-a. Essa é a lei de Deus e ela não tem exceções. O que tu negas te falta, não porque esteja faltando, mas porque o tens negado em outro e não estás, portanto, ciente disso em ti mesmo. Toda resposta que dás é determinada pelo que pensas que és e o que queres ser é o que pensas que és. Assim sendo, o que queres ser determina necessariamente toda resposta que dás.

3. Não precisas da bênção de Deus porque isso tens para sempre, mas precisas da tua. O retrato que o ego faz de ti é de privação, desamor e vulnerabilidade. Não podes amar isso. No entanto, podes muito facilmente escapar dessa imagem deixando-a para trás. Tu não estás lá e aquilo não é o que tu és. Não vejas esse retrato em ninguém ou o terás aceito como o que tu és. Todas as ilusões acerca da Filiação são dissipadas conjuntamente, assim como foram feitas conjuntamente. Não ensines a ninguém que ele é o que tu não queres ser. O teu irmão é o espelho no qual vês a imagem de ti mesmo enquanto durar a percepção. E a percepção vai durar até que a Filiação se conheça como um todo. Tu fizeste a percepção e ela tem que durar enquanto a quiseres.

4. As ilusões são investimentos. Elas durarão enquanto tu as valorizares. Os valores são relativos, mas são poderosos porque são julgamentos mentais. A única maneira de dissipar ilusões é retirar delas todo o investimento e deixarão de ter vida para ti, pois as terás colocado fora da tua mente. Enquanto as incluis em tua mente, tu lhes dás vida. No entanto, nelas não há nada para receber a tua dádiva.

5. A dádiva da vida é tua para ser dada, porque te foi dada. Não és ciente da tua dádiva porque não a dás. Não podes fazer com que o nada viva, já que o nada não pode ser vivificado. Por conseguinte, não estás estendendo a dádiva que tu ao mesmo tempo tens e és e assim não conheces o que és. Toda a confusão vem de não estenderes a vida, porque não é essa a Vontade do teu Criador. Tu não podes fazer nada à parte Dele, e efetivamente nada fazes à parte Dele. Segue o Seu caminho para lembrar-te de ti e ensina o Seu caminho para que tu mesmo não o esqueças. Dá só honra aos Filhos do Deus vivo e incluete no meio deles com contentamento.

6. Só a honra é dádiva adequada para aqueles que o próprio Deus criou dignos de honra e a quem Ele honra. Dá a eles a apreciação que Deus sempre lhes reserva, porque são os Seus amados Filhos, nos quais Ele Se compraz. Tu não podes estar à parte deles porque não estás à parte Dele. Descansa no Seu Amor e protege o teu descanso amando. Mas ames tudo o que Ele criou, do que tu és uma parte ou não podes aprender sobre a Sua paz e aceitar a Sua dádiva para ti mesmo e como tu mesmo. Não podes conhecer a tua própria perfeição enquanto não tiveres honrado todos aqueles que foram criados como tu.

7. Uma criança de Deus é o único professor suficientemente digno de ensinar a outra. Um único Profes-or está em todas as mentes e Ele ensina a mesma lição a todos. Ele sempre te ensina o valor inestimável de cada Filho de Deus, ensinando isso com paciência infinita, nascida do Amor infinito pelo qual Ele fala. Todo ataque é um chamado à Sua paciência, já que a Sua paciência é capaz de traduzir ataque em bênção. Aqueles que atacam não sabem que são abençoados. Atacam porque acreditam que são destituídos. Dá, então, da tua abundância e ensina aos teus irmãos a deles. Não compartilhes as suas ilusões sobre a escassez, ou perceber-te-ás como se algo estivesse te faltando.

8. O ataque jamais poderia promover ataque a não ser que tu o tenhas percebido como um meio de privar-te de alguma coisa que queres. No entanto, não podes perder coisa alguma a não ser que não a valorizes e, portanto, não a queiras. Isso te faz sentir-te privado dessa coisa e através da projeção da tua própria rejeição, acreditas então que os outros estão tirando-a de ti. Tens que estar amedrontado se acreditas que o teu irmão está te atacando com o fim de arrancar-te o Reino do Céu. Essa é a base fundamental para toda a projeção do ego.

9. Sendo a parte da tua mente que não acredita que é responsável por si mesma e sem aliança com Deus, o ego é incapaz de confiança. Ao projetar sua crença insana em que tu foste traidor para com o teu Criador, ele acredita que os teus irmãos, que são tão incapazes disso quanto tu, estão empenhados em tirar Deus de ti. Sempre que um irmão ataca outro, é nisso que ele acredita. A projeção sempre vê os seus desejos em outros. Se escolhes separar-te de Deus, é isso o que pensarás que os outros estão fazendo contigo.

10. Tu és a Vontade de Deus. Não aceites nada mais como a tua vontade, ou estás negando o que tu és. Nega isso e atacarás, acreditando que foste atacado. Mas vê o Amor de Deus em ti e tu o verás em toda a parte, porque ele está em toda a parte. Vê Sua abundância em todos e saberás que estás Nele com eles. Eles são parte de ti assim como tu és parte de Deus. Sem a compreensão disso, tu és tão solitário quanto o próprio Deus quando os Seus Filhos não O conhecem. A paz de Deus é essa compreensão. Só existe um caminho para sair do pensamento do mundo, assim como só existiu um caminho para entrar nele. Compreende totalmente compreendendo a totalidade.

11. Percebe qualquer parte do sistema de pensamento do ego como totalmente insano, totalmente delusório e totalmente indesejável e terás avaliado todo ele de forma correta. Essa correção te permite perceber qualquer parte da criação como totalmente real, totalmente perfeita e totalmente desejável. Querendo só isso terás só isso e dando só isso, serás só isso. As dádivas que ofereces ao ego são sempre vivenciadas como sacrifícios, mas as dádivas que ofereces ao Reino são dádivas para ti. Elas sempre serão guardadas como tesouros por Deus porque pertencem aos Seus Filhos amados que pertencem a Ele. Todo poder e toda glória são teus porque o Reino é Dele. 




http:\\portaldosanjos.blogspot.com\